Giardino al confine

Obra: Giardino al confine. Nos caminhos do rio encontramos jardins, flores, perfumes, paisagens. 

Pesquisa:

Sobre um rio, sobre uma margem. 

A pesquisa busca contemplar a complexidade inerente às margens de um rio que não cessa de se transformar. Margens que se modificam com a degradação ambiental, a seca, os alagados, com a variação na luz do sol ao longo do dia, com a chuva ou com a noite. São estados impermanentes, intempéries que espelham modulações subjetivas.

Minha construção visual se ancora em pinceladas que sugerem uma vegetação selvagem e o crescimento arbitrário da natureza, característicos das matas ciliares. De perto são camadas de tintas, formas irregulares, ora encobertas por velaturas, ora protagonistas da composição que vai se formando. A cada obra, uma nova imagem residual, um convite à contemplação e à pausa, no contra-fluxo dos dias atuais.