TOVARA'ANGA #3

TOVARA'ANGA #3

Termoplástico PLA, massa, resina PU e pintura acrílica

Tovara’anga é a tradução de "máscara" para Guarani.

Na sequência de pesquisas sobre identidade, fronteiras e travessias retratadas através de figuras humanas, o artista apresenta uma série de esculturas (bustos femininos pintados à mão) onde máscaras ornamentadas escondem identidades, ao mesmo tempo que não evocam claramente um significado etéreo, profano ou qualquer outra definição de ordem prática.

Dezenas de sentidos podem ser atribuídos à palavra máscara, tanto no mundo ocidental como no oriental. Muitos significados confundem-se, por vezes, com a função a ela atribuída. Em latim, a máscara recebeu o nome de persona, significando “soa através”. Partilhando uma identidade psíquica com o personagem existente no mito e no simbólico, o homem apropria-se das máscaras. O homem moderno, por sua vez, mantém essa relação simbólica com a máscara. Ainda que não a utilize como no passado, permanece no inconsciente e demarca a presença humana no mundo (Jung, 1964). No Brasil, entre grupos indígenas, as máscaras são usadas pelos sacerdotes-curandeiros que evocam o universo dos espíritos, dançando ao ritmo dos tambores e dos cantos de acordo com o ritual sagrado.

Nesta série, as máscaras bloqueiam a visão – tanto do observador quanto do observado – escondendo origens, identidades, crenças. Onde a representação de si está ligada à do outro, como um espelho no qual se busca a própria imagem.