Exposições “um salto - dos anos 80 aos dias de hoje” e “da curva, a reta”

Galeria Raquel Arnaud destaca artistas mulheres nas exposições “um salto - dos anos 80 aos dias de hoje” e “da curva, a reta” 

A mostra coletiva, com curadoria de Ana Carolina Ralston, reúne obras de oito artistas que marcaram o início da arte contemporânea no Brasil, além dos trabalhos de Marina Weffort, em sua primeira exposição individual na galeria 

A partir do dia 24 de maio, a Galeria Raquel Arnaud, em São Paulo, apresenta duas exposições simultâneas que evidenciam a produção de artistas mulheres no mercado brasileiro e internacional. No andar térreo, a galeria exibirá a coletiva “um salto - dos anos 80 aos dias de hoje”, com obras de Célia Euvaldo, Ester Grinspum, Geórgia Kyriakakis e Shirley Paes Leme, de São Paulo, além Iole de Freitas e Elizabeth Jobim, que vivem no Rio de Janeiro. Completam o grupo Frida Baranek, que vive em Portugal, e Maria-Carmen Perlingeiro, na Suíça. 

Com curadoria de Ana Carolina Ralston, a exposição propõe um salto temporal da produção dessas artistas nos anos 80 até suas criações mais recentes, refletindo sobre a continuidade e o amadurecimento de suas investigações. “A evolução do pensamento crítico, convicções, suportes e materiais usados por esses nomes durante o período reforça o comprometimento com suas respectivas pesquisas. Os temas e anseios seguem sendo elaborados em formatos e mídias distintas, mas sem perder o cerne a que sempre se propuseram”, afirma a curadora. 

No andar superior, será apresentada “da curva, a reta”, exposição individual de Marina Weffort, composta por dez obras. Seu trabalho produz uma reconfiguração cinética da lógica construtiva e escultórica dos tecidos, transitando entre desenho e escultura em estruturas suaves, móveis, contornadas e geométricas. Ao desfiar os tecidos fio a fio, Marina apresenta as fibras soltas como relevos suaves e de fácil movimentação, em contraste com seus desenhos-pinturas-impressões de gesso e grafite sobre tela, também em exposição na galeria.  

Pioneira no mercado da arte contemporânea, Raquel Arnaud impulsionou a carreira de importantes artistas brasileiras, como Lygia Clark, Iole de Freitas e Anna Maria Maiolino, ampliando a representação feminina, especialmente entre as décadas de 1970 e 1980, e inspirando não apenas seu tempo, mas as gerações futuras. “Ao longo da minha trajetória, sempre construí relações de amizade com os artistas e, nessas trocas, tive muitas oportunidades de contribuir e sugerir caminhos”, comenta. 

Ambas as exibições têm entrada gratuita na galeria.

Sobre Raquel Arnaud 

Fundada em 1973, a Galeria Raquel Arnaud é referência no cenário da arte contemporânea brasileira e internacional. Com foco em arte construtiva, cinética e contemporânea, a galeria destaca-se por promover artistas cuja produção explora a relação entre espaço, forma e luz. Localizada em São Paulo, tornou-se um espaço de vanguarda no cenário das artes, além de fomentar a reflexão sobre questões estéticas e conceituais. Sob a liderança visionária de Raquel Arnaud, a galeria consolidou seu papel como um dos principais pontos de encontro para colecionadores, críticos e amantes da arte. Atualmente, sob direção de Raquel Arnaud e Myra Arnaud Babenco, o espaço entra em um novo momento, em conexão com o mercado e com a arte contemporânea.  

Serviço

“um salto - dos anos 80 aos dias de hoje” e “da curva, a reta” 

Galeria Raquel Arnaud / R. Fidalga, 125 - Vila Madalena (SP) 

De 24 de maio a 02 de agosto 

De segunda a sexta, das 11h às 19h 

Sábado, das 11h às 15h 

Abertura dia 24 de maio, das 11h às 15h www.raquelarnaud.com