

Exposição "Uruhu Mehinaku e arte Mehinaku"
Exposição
- Nome: Exposição "Uruhu Mehinaku e arte Mehinaku"
- Abertura: 23 de março 2024
- Visitação: até 20 de abril 2024
Local
- Local: Hanger Herança Cultural
- Evento Online: Não
- Endereço: Rua do Curtume, 274 - Lapa de Baixo, São Paulo - SP
Herança Cultural apresenta a primeira mostra individual de Uruhu Mehinaku: a galeria passa a representar comercialmente o artista indígena
Uma seleção de bancos em diferentes dimensões. Com idealização de Katia D'Avillez, curadoria de Marisa Moreira Salles, Tomas Alvim e Danilo Garcia, a mostra procura quebrar estereótipos, promover a compreensão intercultural e o valor artístico desta produção. A galeria Herança Cultural assume o compromisso de criar uma plataforma comercial poderosa e respeitosa, que mostre a perspectiva, a cultura e a expressão artística únicas de Uruhu Mehinaku.
"Eu sonho e penso durante a noite e depois vou trabalhar." Uruhu Mehinaku
Uruhu Mehinaku é um dos grandes artistas do povo Mehinaku. Vive na aldeia Kaupüna, na Terra Indígena do Xingu no Mato Grosso. Suas obras já estão espalhadas pelo mundo. Em 2015 recebeu a maior condecoração da cultura brasileira, a Ordem do Mérito Cultural (OMC). Cada banco é único e esculpido a mão. A madeira ganha forma e traz com ela a ancestralidade, a tradição, a visão do artista e o modo de vida deste povo. Seus bancos ampliam o conceito de função para a dimensão simbólica abrindo novos horizontes de reflexão sobre as complexas inter-relações entre as artes tradicionais e a cultura contemporânea.
Tradicionalmente, Xepí é como são chamados os bancos esculpidos em formas de animais pelos artesãos do povo Mehinaku. Esculpir bancos de madeira é uma prática artística antiga entre os povos indígenas no Brasil, utilizados historicamente para fins cerimoniais e para uso diário nas comunidades. Alguns são zoomórficos, representando animais da fauna brasileira e entidades espirituais, enquanto outros assumem formato de assentos mais geométricos, pintados com pigmentos naturais ou esculpidos em desenhos distintos.
Uruhu Mehinaku através da Coleção BEĨ, que pesquisa e documenta os bancos indígenas do Brasil, está presente em circuito expositivo museológico nacional e internacional. Em destaque a exposição Indigenous Peoples: Human Imagination and Wildlife, no Metropolitan Teien Art Museum emTokyo entre 2018 e 2019, com duração de um ano e que resultou no documentário 'Xingu a Tóquio - Uma Conexão Ancestral' com lançamento previsto para março deste ano no Espaço Itaú de Cinema em São Paulo. A exposição - Benches of Brazil na Casa de América em Madrid, a exposição Bancos Indígenas do Brasil - Grafismos em Goiânia e em Belém com abertura prevista para 15/3.
"Os indígenas são os primeiros designers do Brasil. É natural que esses artistas pudessem chegar em galerias de arte e design. A ausência de mercado impacta esta produção e por isso é um componente importante no processo de resgate e fortalecimento da tradição"destaca Tomas Alvim. O projeto de representação e comercialização a partir da Herança Cultural relaciona os bancos com os maiores nomes do design brasileiro - uma mostra individual com expografia de Danilo Garcia, um programa cultural e educativo e a venda das peças de forma recorrente para colecionadores nacionais e internacionais.
"O nosso objetivo é não apenas mostrar o talento do artista, mas também promover uma apreciação mais profunda da arte e da cultura indígena amazônica e da necessidade urgente de compreensão do valor deste patrimônio, como propor paralelos entre este trabalho e criações de artistas como Zanine, Tenreiro e Zalszupin." Pablo Casas
Sobre a Coleção BEĨ
Coleção BEĨ atualmente tem mais de 1200 peças, provenientes de diversas regiões do país e de 85 etnias. Exposta em museus e espaços de arte no Brasil e no exterior, ela tem colaborado para o reconhecimento do papel central da arte indígena no panorama da arte brasileira, consolidando-se como um espaço de diálogo e troca com os povos originários.
SERVIÇO
Mostra Uruhu Mehinaku e arte Mehinaku
Galeria Herança Cultural
Abertura: 23 de março
11h30 - conversa entre o artista, curadores e o público - estarão presentes também o artista Waxamani, a designer Claudia Moreira Salles e o CEO da Mazô Maná, Marcelo Salazar.
Período expositivo: 23 de março a 20 de abril de 2024
Segunda a sexta das 10h às 17h
Rua do Curtume, 274 - Lapa de Baixo
São Paulo - SP
Sábado: Das 10h às 14h
Curadoria: Marisa Moreira Salles, Tomas Alvim e Danilo Garcia
Idealização: Katia D'Avillez
Expografia: Danilo Garcia e Herança Cultural
Educativo: Coleção BEĨ
Produção: Herança Cultural
herancacultural.com