Exposição "Sobre aquilo que permanece invisível", de José Manuel Ballester
Exposição

Exposição "Sobre aquilo que permanece invisível", de José Manuel Ballester

Exposição

  • Nome: Exposição "Sobre aquilo que permanece invisível", de José Manuel Ballester
  • Abertura: 14 de junho 2025
  • Visitação: até 14 de agosto 2025

Local

  • Local: DAN Galeria Contemporânea
  • Evento Online: Não
  • Endereço: Rua Amauri, 73 Jardim Europa

"Sobre aquilo que permanece invisível" primeira individual de José Manuel Ballester



DAN Galeria Contemporânea inaugura no próximo sábado, 14 de junho, a exposição "Sobre aquilo que permanece invisível", do artista espanhol José Manuel Ballester, com curadoria de Luiz Armando Bagolin. A mostra reúne uma seleção de obras que retomam a longa pesquisa do artista sobre o apagamento de figuras humanas em obras-primas da história da arte ocidental, propondo uma revisão crítica e sensorial do modo como vemos, recordamos e projetamos sentido nas imagens.


Ballester, vencedor do Prêmio Nacional de Gravura (1999), o Goya de Pintura da cidade de Madri (2006) e o Prêmio Nacional de Fotografia da Espanha (2010), apropria-se de pinturas canônicas como A Última Ceia, de Leonardo da Vinci, O Nascimento de Vênus, de Botticelli, e os afrescos de


Giotto, eliminando digitalmente seus personagens centrais. O que resta são cenários vazios, espaços desabitados, prontos a serem repovoados pela memória do espectador.


Ao esvaziar o campo narrativo das obras e deixar à vista apenas seus planos de fundo — a mesa posta, os bosques, as arquiteturas — Ballester inscreve sua poética num território próximo ao que Aristóteles e Borges descreveram como o intervalo entre percepção e linguagem. A exposição se constrói, assim, como um jogo entre presença e ausência, onde a contemplação se desloca do motivo alegórico para a superfície, para o que antes era apenas suporte ou bastidor.


Em um dos núcleos da mostra, obras como Lugar para nacimiento e Primavera fazem desaparecer as figuras centrais de Botticelli, restando apenas a paisagem. Em outro, como em La Ciudad, Navidad, El fuego, os cenários religiosos de Giotto se tornam cidades vazias, como maquetes de papel, despovoadas de milagre e fé. Já em Jardín del Arte, Ballester reintroduz personagens de diferentes obras numa cena de Bosch, criando um grande jogo de referências e camadas.


Em sua série inspirada no suprematismo de Malevich (Variaciones a partir de Malevich), o artista liberta os elementos geométricos do rigor utópico modernista, devolvendo-os ao campo da brincadeira visual e da dança ótica, nesse gesto, aproxima-se menos do idealismo e mais da experiência crítica de nosso tempo. Filosofia, tecnologia e crítica da representação, "Sobre aquilo que permanece invisível", coloca em questão o próprio estatuto da imagem: o que vemos quando o essencial parece ter sido removido?


José Manuel Ballester é representado pela DAN Galeria Contemporânea, em seu percurso exposições importantes em instituições como o Reina Sofía (2005), Real Academia de Espanha em Roma (2012) e Frost Art Museum em Miami, sua obra está presente em coleções de museus pelo mundo.


"Em tempos de proliferação de imagens e apagamentos simbólicos, a exposição de Ballester oferece uma oportunidade rara de pensar o invisível — aquilo que se esconde à vista de todos." —Flavio Cohn



Serviço


"Sobre aquilo que permanece invisível"

de José Manuel Ballester

Curadoria: Luiz Armando Bagolin

Abertura: sábado, 14 de junho de 2025, às 10h

Visitação: até 14 de agosto de 2025

Local: DAN Galeria Contemporânea

Endereço: Rua Amauri, 73 Jardim Europa

Horário: segunda a sexta, das 10h às 19h; sábados, das 10h às 13h 


Entrada gratuita

Mais informações: www.dangaleria.com.br 

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