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Exposição "Rio: a medida da terra”
Exposição

Exposição "Rio: a medida da terra”

Exposição

  • Nome: Exposição "Rio: a medida da terra”
  • Abertura: 11 de maio 2024
  • Visitação: até 11 de julho 2024

Local

  • Local: Flexa Galeria
  • Evento Online: Não
  • Endereço: Rua Dias Ferreira, 175 - Rio Comprido, Rio de Janeiro - RJ

Rio de Janeiro ganha em maio nova galeria de arte, a Flexa, com exposição que tem a cidade como tema

Galeria abre as portas na rua Dias Ferreira, no Leblon, para atuar no mercado secundário; mostra coletiva inaugural, "Rio: a medida da terra”, reúne obras de cerca de 40 nomes, cobrindo um período de mais de um século de produção artística no Brasil.

O Rio de Janeiro ganha no dia 11 de maio uma nova galeria de arte: a Flexa. O nome, derivado do adjetivo flexo, denota a natureza flexível, adaptável do espaço, que vai atuar no mercado secundário de arte, mas com um olhar contemporâneo, realizando diálogos entre distintas gerações, promovendo resgates históricos, apoiando instituições e fomentando a formação de coleções. Para isso, conta com a expertise e o acesso ao acervo de uma galeria consolidada no setor: a paulistana Almeida & Dale, de onde vêm dois de seus cinco sócios: Antônio Almeida e Carlos Dale. Completam o time os cariocas Pedro Buarque, diretor executivo, Luisa Duarte, diretora artística, e Maria Ferro, diretora comercial da casa. A reforma do projeto arquitetônico do prédio na Rua Dias Ferreira, no Leblon, é do escritório paulistano Vão, responsável pela expografia da última Bienal de São Paulo. Já a identidade visual da galeria é assinada pelo renomado diretor de arte Giovanni Bianco.


"O Rio foi por décadas o polo mais importante do mercado de arte, mas perdeu protagonismo ao longo dos últimos anos, enquanto São Paulo se tornou efervescente. Acho que podemos contribuir para fortalecer o Rio e dar representatividade à cidade nesta cena", diz Pedro Buarque, que tem uma longa história de proximidade com as artes. Seu pai, o advogado e colecionador Luiz Buarque de Hollanda, foi sócio da galeria Luiz Buarque de Hollanda & Paulo Bittencourt, atuante no Rio nas décadas de 1970 e 80. "Minha infância foi cercada de artistas, tudo isso é bem familiar: Cildo (Meirelles), Tunga, Lygia (Clark)... Bateu o DNA", comenta ele, explicando por que aceitou o convite dos sócios da Almeida & Dale.


Pedro enfatiza a visão do grupo que vai gerir a Flexa: "Arte pra gente é arte boa, isso é muito importante. Pode ser neoconcreta, moderna, contemporânea. Temos uma curadoria para trabalhar com obras e artistas em cujo potencial a gente acredite", diz ele. A abordagem artística e curatorial que norteia o funcionamento da galeria a diferencia de outras casas do mercado secundário – aquele em que são comercializadas obras que já estão circulando, num momento posterior ao da relação direta (mercado primário) entre o artista e seu galerista.


O convite de Pedro a Luisa Duarte para ser diretora artística reflete esta visão. Luisa, que também cresceu cercada de artistas – é filha do crítico e professor de história da arte Paulo Sergio Duarte – atua como crítica de arte e curadora há vinte anos, com importantes curadorias de exposições em sua trajetória, como "Tunga – o rigor da distração", no Museu de Arte do Rio de Janeiro, MAR, 2018 (em parceria com Evandro Salles) e "Adriana Varejão – por uma retórica canibal", Museu de Arte Moderna da Bahia, Salvador e Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães, Recife, 2019, entre muitos outros projetos. "Temos acesso a um acervo amplo, muito rico para se traçar diálogos entre diferentes capítulos da história da arte brasileira. A nossa primeira exposição, que cobre um arco temporal de mais de 100 anos, tendo o Rio de Janeiro como tema, traduz tal amplitude e variedade”, diz Luisa.


Maria Ferro, diretora comercial da galeria, explica que, além de poderem contar com o acervo da Almeida & Dale, a Flexa vai atuar captando obras novas de artistas com potencial de colecionismo no Rio. "Cada mercado tem suas particularidades, e é importante poder atender a elas", diz. Maria cita como exemplo o artista baiano Rubem Valentim, com obras presentes na atual Bienal de Veneza, como um nome que tem aceitação na cidade, e que terá alguns trabalhos oferecidos pela galeria. “Além disso, será importante para nós atender tanto aos novos modos de colecionismo quanto aos colecionadores mais experientes, que buscam enriquecer ou girar suas coleções, por exemplo."


A Flexa vai também atuar representando espólios e realizando parcerias com outras galerias associadas ao grupo Almeida & Dale: Cerrado, em Goiânia e Brasília, e a Marco Zero, em Recife.


Sobre a exposição coletiva que abre a galeria, curada por Luisa Duarte:


"Rio: a medida da terra"

O Rio de Janeiro se constituiu como cidade a partir do encontro singular entre sua exuberante geografia natural e o seu tortuoso desenvolvimento urbano. Conhecida como “Metrópole à Beira-mar”, a antiga capital brasileira pode ser vista como um palco vivo da disputa entre a ortogonalidade do traçado urbano que caracteriza as cidades modernas e uma paisagem capaz de desafiar tal intento racional que visa domesticar a natureza. Tal disputa, por sua vez, encontra uma ressonância em um importante capítulo da história da arte carioca – o neoconcretismo. Iniciado em 1959 por nomes hoje consagrados como Hélio Oiticica, Lygia Pape, Lygia Clark, o movimento foi responsável por desconstruir as bases do projeto construtivo europeu –segundo o qual a arte deveria emular uma abstração geométrica ideal, pura e organizada. Os artistas neoconcretos instauraram, por sua vez, uma subversão desse projeto construtivo, retirando-o do plano idealizado ao estabelecer um atrito entre a assepsia característica da geometria e o registro do que é vivo, pulsante, pois parte do corpo, da natureza, da rua, do cotidiano.


A exposição coletiva “Rio: a medida da terra” aborda tais tensões, apresentando paisagens históricas e atuais da cidade, obras neoconcretas e contemporâneas, além de abordar questões políticas e sociais, como a violência urbana e a resistência cultural, explicitando um panorama sobre as formas de vida e criação plurais na cidade. A mostra também destaca a sobrevivência das tradições culturais cariocas, como o carnaval, em meio às mudanças urbanas e temporais.


O título da exposição evoca a origem pouco lembrada da palavra geometria: o termo vem do grego e significa, grosso modo, "medida da terra". Nesse sentido, “Rio: a medida da terra” trata de recordar tanto a tensão entre paisagem natural e um processo de urbanização cujo modelo foi importado de cidades europeias, quanto as ressonâncias do neoconcretismo, movimento que abordou a geometria não como medida ideal, tal qual as correntes artísticas hegemônicas do hemisfério norte fizeram, mas sim associada ao mundo, como reconexão com o que é vital. Ou seja, como medida da terra, como medida da vida.


Entre os artistas presentes na mostra estão: Agrippina Roma Manhattan, Alair Gomes, Allan Weber, Carlos Vergara, Giovanni Castagneto, Henry Chamberlain, Glauco Rodrigues, Georg Grimm, Gustavo Dall’Lara, Heitor dos Prazeres, Hélio Oiticica, Ione Saldanha, Ivens Machado, Jonas Arrabal, Laercio Redondo, Laura Lima, Lívio Abramo, Luiz Zerbini, Lygia Pape, Marcia Falcão, Marcos Chaves, Nicolas Antoine Taunay, Nicolau Facchinetti, Oswaldo Goeldi, Panmela Castro, Raymundo Colares, Timóteo da Costa, Victor Arruda, Wanda Pimentel, Wilma Martins, Zé Tepedino.


Bios sócios:

Luisa Duarte é crítica de arte, curadora e pesquisadora. Mestre em filosofia pela PUC-SP (2011). Doutora pelo Instituto de Arte da UERJ (2019). Foi por nove anos crítica de arte do jornal O Globo (2009/2017). Foi curadora do programa Rumos Artes Visuais, Instituto Itaú Cultural (2005/ 2006). Organizadora, em dupla com Adriano Pedrosa, do livro ABC – Arte Brasileira Contemporânea, Cosac & Naify, 2014. Curadora, em dupla com Evandro Salles, da exposição Tunga – o rigor da distração, no Museu de Arte do Rio de Janeiro, MAR, 2018. Curadora da exposição Adriana Varejão – por uma retórica canibal, Museu de Arte Moderna da Bahia, Salvador. Em 2019 foi curadora, ao lado de Solange Farkas, Miguel Lopez e Gabriel Bogossian, da 21ª Bienal Sesc Vídeo Brasil – Comunidades Imaginadas, Sesc 24 de Maio, São Paulo. Em 2023 foi diretora artística da galeria Gomide & Co, São Paulo. A partir de janeiro de 2024 se torna sócia e diretora artística da Flexa, galeria baseada no Rio De Janeiro.


Maria Ferro é formada em Comunicação Visual e História da Arte na Central Saint Martins e Sothebys, respectivamente. Trabalhou previamente como art advisor, orientando colecionadores na aquisição de obras.


Pedro Buarque de Hollanda se tornou, aos 19 anos, operador do mercado de opções na distribuidora de valores mobiliários Index, na época líder em volume do mercado carioca. Aos 24 anos idealizou e foi o principal acionista do legendário clube noturno Dr Smith, em Botafogo, no Rio de Janeiro. Aos 28 anos tornou-se um dos fundadores e CEO da produtora Conspiração Filmes, que continua sendo líder do mercado independente do audiovisual brasileiro. Hoje é o Presidente do Conselho da empresa. Aos 41 anos abriu o multi family office Expresso Planejamento Financeiro. E aos 58 anos se torna sócio e diretor da Flexa, retomando uma trajetória iniciada por seu pai, Luiz Buarque de Hollanda, que foi proprietário de uma importante galeria nos anos 70 e 80, no Rio de Janeiro.


Antônio Almeida e Carlos Dale, há mais de 20 anos à frente da Almeida & Dale, uma das principais galerias de mercado secundário da América Latina.


SERVIÇO
Exposição "Rio: a medida da terra”

Flexa Galeria
Rua Dias Ferreira 175, Leblon
Abertura: dia 11/05 (sábado), 17h30 às 21h
Funcionamento: Segunda a Sexta, 10h às 19h
Sábado, 11h às 17h
Entrada gratuita
@flexa.galeria
www.flexagaleria.com


IMAGENS
Oswaldo Goeldi, Eclipse - 1945, Sergio Guerini
Lívio Abramo, Rio - 1950,Sergio Guerini
Ione Saldanha, Sem titulo - DÉC. 60, Sergio Guerini

Adriana Varejao, Panorana da Guanabara - 2012, Eduardo Ortega
Lucia Laguna, Paisagem nº70 - 2014, Sergio Guerini
Heitor dos Prazeres, Sem título - 1953, Sergio Guerini








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