Exposição "Poema a dois | Cartas queimadas"
Exposição

Exposição "Poema a dois | Cartas queimadas"

Exposição

  • Nome: Exposição "Poema a dois | Cartas queimadas"
  • Abertura: 04 de setembro 2021
  • Visitação: até

Local

  • Local: Espaço FONTE - Rua Mourato Coelho, 751 - Vila Madalena
  • Evento Online: Não

Exposição "Poema a dois | Cartas queimadas" abre em FONTE 

A partir de 04 de setembro, espaço cultural recebe obras de seus fundadores, os artistas Marcelo Amorim e Nino Cais 

Partindo da possibilidade de criação por meio do afeto, os artistas Marcelo Amorim e Nino Cais abrem exposição conjunta no FONTE, espaço independente de arte que fundaram em 2013. Com interlocução e texto da curadora Ana Roman, Poema a dois e Cartas queimadas propõem reflexões sobre o corpo masculino e suas relações de aproximação e distanciamento entre violência e amor. 

A exposição conjunta parte de inquietudes entre os artistas que construíram uma relação de amizade e colaboração há mais de 15 anos. “A complexidade desta relação é identificável tanto na convergência entre temáticas presentes nos trabalhos dos artistas, quanto em procedimentos de trabalho comuns, que envolvem se apropriar e dissecar de imagens, e enfrentar de uma espécie de pedagogia sobre o corpo masculino e sobre as masculinidades que nelas se inscrevem. Ao ser convidada para ser interlocutora dos artistas na exposição, me propus a tecer uma espécie de narrativa comum, na qual as duas poéticas se aproximam e distanciam”, afirma Roman. 

Inspirado em Canção de amor, do escritor Jean Genet, que conta a história de um romance entre dois prisioneiros que tentam se comunicar através da parede que divide suas celas, a atriz e cineasta Bárbara Paz produziu o vídeo Cartas queimadas (2021). Encenado pela dupla de artistas, o filme é uma analogia ao espaço do ateliê onde Marcelo e Nino trabalham juntos, e também ao confinamento imposto pela pandemia. O vídeo é composto por um trecho do longa-metragem ainda em processo que Paz vem desenhando coletivamente com outros artistas visuais. 

Utilizando-se de materiais apropriados, os trabalhos apresentados convergem em um certo questionamento em torno da construção e do lugar histórico do masculino. O artista Nino Cais exibe alguns dos seus objetos-esculturas inéditos e a série brincos, composta por imagens de brincos sobrepostas por fotografias de nus masculinos. Marcelo Amorim, por sua vez, apresenta a série Indefesos (2021) e Trote (2021), ambas criadas a partir de imagens em que o corpo masculino está (ou foi) submetido a situações de violência naturalizada dentro da construção de certa perspectiva sobre a masculinidade. 

Buscando criar contextos e provocações para essa nova etapa do FONTE, a exposição é parte de um projeto contínuo que coloca em destaque homoafetividades com o intuito de promover a circulação de trabalhos e pesquisas, de aproximações afetuosas e práticas sobre o tema.

Marcelo Amorim 

(Goiânia, Goiás, Brasil, 1977). 

Vive e trabalha em São Paulo. 

Sua pesquisa abrange informações históricas perdidas ou suprimidas e visa torná-las fisicamente presentes mais uma vez, a fim de revelar valores culturais e sua evolução ao longo do tempo. Realizou exposições individuais no MARP, Ribeirão Preto (2019); Sem título Arte, Fortaleza (2018); Zipper Galeria, São Paulo (2016); Paço das Artes, São Paulo (2014); Galeria Jaqueline Martins, São Paulo (2012); Galeria Oscar Cruz, São Paulo (2010) e Centro Cultural São Paulo, São Paulo (2008). Entre as exposições coletivas estão Dizer não - Ateliê397, São Paulo [2021], Against, Again: Art Under Attack in Brazil, Anya and Andrew Shiva Gallery, Johnfoy College, Nova Iorque, EUA [2020]; Memória seletiva - Galeria Aymoré, Rio de Janeiro [2019]; 3:1- Marcelo Amorim, Nino Cais e Simone Moraes - Instituto Leo Romano, Goiânia [2019]; Pieces of landscape. Profoundation, Nova York, EUA [2018]; Ação e reação - Arte contemporáneo brasileño. Casa do Brasil, Madri, Espanha [2018]; Scapeland: território de trânsito livre. Galeria Marta Traba - Memorial da América Latina, São Paulo, Brasil [2018]; Habita-me. Palacete 1922, Ribeirão Preto [2018]; Que barra! Ateliê397, São Paulo [2018]; São Paulo não é uma cidade: invenções do centro. Sesc 24 de Maio, São Paulo [2018]; A luz que vela o corpo é a mesma que revela a tela. CAIXA Cultural Rio de Janeiro [2017]; synchroniCITIES: BXL / SP. Casa do Brasil, Bruxelas, Bélgica [2017]; Library of love. Contemporary Arts Center, Cincinnati, EUA [2017]; Cura 2015. Galeria Artes Solar Santo Antônio, Porto, Portugal [2015]. Premiado no Salão Nacional de Artes de Itajaí (2012), seu trabalho integra coleções institucionais como as da Fundação Cultural de Itajaí, Santa Catarina; Museu de Arte de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto; Instituto de Cultura Contemporânea, São Paulo; Instituto Figueiredo Ferraz, Ribeirão Preto, entre outras. 

Nino Cais 

(São Paulo, São Paulo, Brasil, 1969). 

Vive e trabalha em São Paulo. 

O artista se apropria de objetos comuns e lhes dá novo sentido em outro contexto, reapresentando seus elementos em uma nova configuração. Seus trabalhos se manifestam num tempo e espaço suspenso, reconhecível porém pouco explorado pelo espectador, propondo uma estranheza que é ao mesmo tempo acolhedora. Realizou exposições individuais na Fridman Gallery, Nova Iorque, EUA [2018]; Casa Triângulo, São Paulo, Brazil [2017]; Central Galeria, São Paulo, Brasil [2015] e Gachi Prieto Gallery, Buenos Aires, Argentina [2015]. Entre as exposições coletivas estão Against, Again: Art Under Attack in Brazil, Anya and Andrew Shiva Gallery, Johnfoy College, Nova Iorque, EUA [2020]; O que meu corpo sabe: Fotografias em fricção nas coleções EAV Parque Lage e Memória Parque Lage, EAV Parque Lage, Rio de Janeiro, Brasil [2019]; Waving and Wavering, Maryland Art Place, Baltimore, EUA [2018]; Ação e Reação, Casa do Brasil, Setor Cultural da Embaixada do Brasil, Madrid, Espanha [2018]; Queermuseu - cartografias da diferença na arte da brasileira, Santander Cultural, Porto Alegre, Brasil [2017]. Suas obras fazem parte de coleções públicas como as do Museu de Arte do Rio, Rio de Janeiro, Brasil; Museu de Arte Moderna de São Paulo, São Paulo, Brasil; Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo, Brasil; Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil, entre outras. 

Ana Roman 

Mestre em Geografia pela FFLCH-USP e doutoranda em Art History and Theory na Universidade de Essex (UK). Dedica-se atualmente a pesquisa em arte contemporânea e curadoria. Foi curadora assistente da mostra “Entre Construção e Apropriação: Antonio Dias, Geraldo de Barros e Rubens Gerchman nos anos 60” (SESC Pinheiros, 2018) e pesquisadora/assistente de curadoria das mostras “Ready Made in Brasil” (Centro Cultural Fiesp, 2017), “rever_Augusto de Campos” (Sesc Pompeia, 2016). Curou diversas mostras individuais e coletivas. 

foNTE

Fundado em 2013 pelos artistas visuais Marcelo Amorim, Nino Cais e Simone Moraes, o FONTE é uma organização com sede em São Paulo que oferece residências para artistas internacionais, estadia para artistas de outros estados do país e ateliês temporários para jovens artistas. Oferece uma programação pública e gratuita incluindo palestras, workshops, performances, projeções de videoarte e estúdios abertos. O espaço já recebeu artistas como Adrián Balseca (Equador), Nani Lamarque (Argentina), Pilar Quinteros (Chile), Sandra Gamarra (Peru), Gabrielle Goliath (África do Sul), os brasileiros Rodrigo Braga e Antonio Sobral, e realizou parcerias com as instituições Associação Cultural Videobrasil, Paço das Artes, Instituto Tomie Ohtake, entre outras. 

Serviço 

Exposição Poema a dois | Cartas queimadas Marcelo Amorim e Nino Cais interlocução e texto: Ana Roman 

Abertura: 4 de setembro das 11h às 20h. 

Visitação: 8 de setembro a 2 de outubro das 14h às 19h 

(agendamento pelo email residenciafonte@gmail.com) 

entrada: gratuita 

Rua Mourato Coelho, 751 - Vila Madalena, São Paulo 

instagram.com/@residenciafonte

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