Exposição "LUIZ ZERBINI: A MESMA HISTÓRIA NUNCA É A MESMA"
Exposição
- Nome: Exposição "LUIZ ZERBINI: A MESMA HISTÓRIA NUNCA É A MESMA"
- Abertura: 01 de abril 2022
- Visitação: até 31 de julho 2022
Local
- Local: MASP - Avenida Paulista, 1578, São Paulo, SP
- Evento Online: Não
MASP APRESENTA PRIMEIRA MOSTRA INDIVIDUAL DE
LUIZ ZERBINI EM UM MUSEU EM SÃO PAULOArtista se apropria de clássico dispositivo expográfico
de Lina Bo Bardi para criar uma experiência imersiva
O MASP — Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand apresenta, de 1o de abril a 5 de junho de 2022, a mostra Luiz Zerbini: a mesma história nunca é a mesma, que ocupa o espaço expositivo do 2o subsolo do museu. Com curadoria de Adriano Pedrosa, diretor artístico, e Guilherme Giufrida, curador assistente no MASP, a exposição traz um conjunto de cerca de 50 trabalhos, entre pinturas, monotipias, gravuras e desenhos, em sua grande maioria inéditos, distribuídos em uma expografia-obra projetada em diálogo com a arquitetura do espaço. Trata-se da primeira exposição individual de Zerbini, um dos principais nomes da arte contemporânea brasileira, em um museu em São Paulo, sua cidade natal. Ressaltando o interesse do artista pelos aspectos da botânica, as obras retomam narrativas apagadas das histórias brasileiras com o intuito de reconstruí-las a partir de novas imagens e protagonistas.
Sua mostra individual parte de uma pintura do artista realizada em 2014, denominada A primeira missa, comissionada para a coletiva Histórias mestiças, realizada no mesmo ano no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo. Nessa obra, “Zerbini questiona o imaginário produzido pela célebre pintura Primeira missa no Brasil (1860), de Victor Meirelles (1832-1903), reinventando a imagem e a própria narrativa dos primeiros dias do famigerado encontro entre invasores e indígenas no início do processo colonial brasileiro”, comenta o curador Guilherme Giufrida. O sentido de reconstrução da história é, nesse caso, o deslocamento do ponto de vista: agora, pretende-se enxergar por meio de outros sujeitos, sejam humanos, vegetais ou animais, a cena dessa invasão de mundos provocada pela chegada dos portugueses.
Como descreve Giufrida, “o artista assume o gesto de agenciar imagens que se solidificaram como ilustração de fatos que foram, na verdade, inventados por elas. Trata-se assim de reimaginar as histórias, atribuindo-lhes novas representações, fazendo emergir outras ideias e protagonistas”. A exposição, portanto, pretende se valer desse procedimento para abordar momentos e embates da história do país. Exemplo disso são as quatro novas pinturas de grande dimensão, elaboradas especialmente para a mostra: Massacre de Haximu (2020), Paisagem inútil (2020), Rio das Mortes (2021) e Canudos não se rendeu (2021).
Ao conjunto de pinturas vem se somar uma seleção de dezenas de monotipias da série Macunaíma (2017), concebidas para uma edição do romance Macunaíma: o herói sem nenhum caráter (1928), de Mário de Andrade (1893-1945). Nelas, Zerbini traduz a narrativa do livro de Andrade — que conta a história de vida de um sujeito indígena e suas intensas transformações — a partir da apropriação da vegetação nativa do cenário do protagonista, evidente nos suportes em papel.
SERVIÇO
LUIZ ZERBINI: A MESMA HISTÓRIA NUNCA É A MESMA
1.04 — 5.06.22
MASP — Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand
Avenida Paulista, 1578 — Bela Vista
01310-200 São Paulo, SP
Telefone: (11) 3149-5959
Horários: terça grátis Qualicorp, das 10h às 20h (entrada até as 19h); quarta a domingo, das 10h às
18h (entrada até as 17h); fechado às segundas
Agendamento online obrigatório pelo link masp.org.br/ingressos
Ingressos: R$ 50 (entrada); R$ 25 (meia-entrada)