Exposição individual "TUDO PODE (perder-se)" de Tadeu Jungle
Exposição
- Nome: Exposição individual "TUDO PODE (perder-se)" de Tadeu Jungle
- Abertura: 19 de fevereiro 2025
- Visitação: até 20 de julho 2025
Local
- Local: Centro Cultural Fiesp - Espaço de Exposições
- Evento Online: Não
- Endereço: Avenida Paulista, 1313
Mostra "TUDO PODE (perder-se)" do multiartista Tadeu Jungle,
exalta o caráter transdisciplinar em exposição
no Centro Cultural Fiesp, em São Paulo
Uma das primeiras ações realizadas por Jungle foi o poema "Ora H",
que virou pichação nas ruas de São Paulo entre 1978 e 1979.
O multiartista Tadeu Jungle apresenta a mostra "TUDO PODE (perder-se)" a partir do dia 19 de fevereiro de 2025 no Centro Cultural Fiesp - Espaço de Exposições, nos Jardins, em São Paulo. Curada por Daniel Rangel, é a primeira exposição retrospectiva e prospectiva do multiartista - que completa 45 anos de produção, que é um herdeiro da poesia concreta e um dos precursores da videoarte no País. A visitação gratuita segue até o dia 20 de julho de 2025.
O espaço será ocupado por obras que se dividem em poética verbivocovisual, incluindo peças originais dos anos 80 e trabalhos, especialmente concebidos para a exposição. São instalações de suportes e técnicas variadas, relacionadas ao universo das artes visuais e da comunicação de massa e ainda uma série de vídeos, relacionada com sua produção de videoarte.
"O conjunto exposto, visualmente, ressoa como uma ópera-rock com distintos climas e nuances que variam ao longo da montagem-partitura. A densidade ruidosa das obras no espaço emana conceitos inerentes à sua produção de mais de quarenta e cinco anos, porém, sem almejar dar conta da totalidade dessa. Expansões ainda são necessárias, incluindo ações online, projeções na fachada de prédios, exibições de filmes e muitas conversas com o artista - criador-criatura - que está aqui, afinal, aqui, tudo pode.", afirma o curador Daniel Rangel no texto curatorial.
"Esta mostra é onde a poesia visual se apresenta também como arte visual. A poética vai para a parede, vira escultura, ganha moldura, textura, forma e peso, com obras feitas em papel, mas também em tapeçaria, alumínio, mármore e bronze e formatos variados como um estandarte de Carnaval e um objeto em papier machê com terra vinda do Grande Sertão de Guimarães Rosa", afirma o artista.
A imagem da exposição toma como base uma foto do artista visual Jean Cocteau (1889-1963), realizada pelo fotógrafo Philippe Halsman, em 1949, onde o caráter de multiartista é explicitado.
Ao escolher sua foto para constar na exposição, Jungle optou pelo humor e fez uma escultura triédrica intitulada "Autorretrato publicitário cara de cu", em que ironiza o comportamento do mundo publicitário, área em que atuou por anos.
A Gerente Executiva de Cultura do Sesi-SP, Débora Viana, destaca a importância para o SESI-SP promover o acesso à cultura com projetos como esse: "Reiteramos o nosso compromisso em promover no Centro Cultural Fiesp espaço para a reflexão e fruição artística, proporcionando ao público acesso a produções de qualidade, disruptivas que incentivam a reflexão e a experimentação. Tadeu Jungle é um multiartista e podemos apreciar uma mostra inédita com suas obras concentradas em nosso Espaço de Exposições. No Sesi-SP consideramos crucial a formação de novos apreciadores das artes, promovendo a difusão e o acesso à cultura de maneira gratuita. Por isso, atuamos em todas as linguagens artísticas, convidando o público a mergulhar de cabeça no universo do conhecimento e da expressão artística".
Sobre o artista
Tadeu Jungle é um artista multidisciplinar atuando como roteirista e diretor de cinema, TV e Realidade Virtual e com um sólido trabalho como poeta visual, videoartista e fotógrafo. É palestrante do TEDxSãoPaulo.
Jungle é formado em Audiovisual pela ECA-USP, com passagem pela San Francisco State University e é herdeiro da Poesia Concreta. Vem publicando poemas visuais desde os anos 80 em várias revistas e plataformas digitais, além de participar de exposições em galerias e museus.
No final dos anos 70 e começo dos 80 foi ativo participante do movimento de arte-postal incentivado pelo professor-curador Walter Zanini. Suas primeiras publicações foram feitas através de pequenos poemas em forma de adesivos. Realizou pichações poéticas em muros paulistanos (ORA H, ÉDIFICIL) completando a sua gênese com participações em mostras organizadas por Paulo Bruscky.
Nos anos 80, criou e dirigiu várias videoartes que foram premiadas e exibidas no Brasil e no exterior. Nas décadas seguintes fez videoinstalações para o MIS, MAC-USP, Museu do Futebol e para o Museu do Amanhã.
Na trilha dos anos 90 começou a fotografar e no começo dos 2000 iniciou o que viria a ser um dos mais longevos projetos na Internet: a Foto de Segunda, onde enviava por email uma foto e um título para uma lista de participantes. O projeto durou 14 anos e já antevia o que seria o FLICKR ou mesmo o INSTAGRAM.
No meio disso tudo escreveu para vários jornais e revistas sobre televisão e comunicação. Criou programas de TV para a TV Globo, Cultura, Band e Multishow. Dirigiu o longa-metragem de ficção "Amanhã Nunca Mais", com Lázaro Ramos, além de séries e filmes documentais.
Com a chegada do digital, fez poemas no computador, sem abandonar o gestual e a caligrafia. Publicou poemas nas revistas Artéria, Zero, entre outras e em 2014 o Instituto Oi Futuro realizou uma exposição retrospectiva e publicou uma coletânea de seus 30 anos de trabalho intitulada Videofotopoesia.
Já nesta última década, perseverando sempre na linha da vanguarda, fundou uma produtora de Realidade Virtual e vem fazendo filmes VR de impacto social, tendo sido premiado em vários festivais e até na ONU, onde foi convidado a falar.
Tem trabalhos nas coleções do Instituto Figueiredo Ferraz, MAM-SP e do MAC de São Paulo. Sua mais recente ação foi ocupar a empena do MAC com o poema "Você está aqui", a maior instalação de poesia visual impressa do Brasil.
Sobre o curador
Daniel Rangel é diretor do Museu de Arte Contemporânea da Bahia. Ele foi curador geral do Museu de Arte Moderna da Bahia, diretor-artístico e curador do Instituto de Cultura Contemporânea (ICCo), em São Paulo, e diretor de Museus do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia, da Secretaria de Cultura do Governo do Estado. Em curadoria, dentre os principais projetos realizados, destacam-se a mostra REVER_Augusto de Campos; as exposições Ready Made in Brasil; O Museu de Dona Lina; Encruzilhada; e Utopias e Distopias Desenvolveu projetos curatoriais para a 8ª Bienal de Curitiba, Brasil; a 16ª Bienal de Cerveira, em Portugal; e a II Trienal de Luanda, em Angola. Realizou ainda curadorias de mostras individuais de importantes artistas brasileiros, como Tunga, Waltercio Caldas, José Resende, Ana Maria Tavares, Carlito Carvalhosa, Eder Santos, Marcos Chaves, Marcelo Silveira, Rodrigo Braga, e do próprio Arnaldo Antunes, quando receberam pela mostra "Palavra em Movimento" o prêmio APCA 2015, de Melhor Exposição de Artes Gráfica.
Sobre o Centro Cultural Fiesp
É um importante equipamento de acesso à cultura mantido pela indústria paulista e administrado pelo Sesi-SP, uma referência de qualidade e apreciado patrimônio cultural dos paulistanos. Em suas dependências recebe mais de 200 mil visitantes por ano, que prestigiam suas manifestações artísticas e culturais.
A arquitetura moderna do edifício Luís Eulálio de Bueno Vidigal Filho, sede da Fiesp, que também abriga o Ciesp, o Senai-SP, o Sesi-SP e o Instituto Roberto Simonsen, o tornou ponto de referência no skyline da cidade e permite a realização de inúmeras atividades que integram o Centro Cultural Fiesp à Avenida Paulista, incluindo a livre circulação em seu interior e o uso de espaços alternativos, como a esplanada e o foyer do Teatro do Sesi-SP, para diferentes manifestações artísticas e culturais que surgem em sua ampla e diversificada programação.
Além de toda a programação cultural em cartaz, os visitantes ainda podem conhecer a Livraria da Sesi-SP Editora, com seus títulos premiados e catálogos de arte, e contemplar a fachada de concreto do lounge da Cafeteria, uma verdadeira obra de arte projetada por Roberto Burle Marx (1909-1994), assim como o visual do jardim de inverno.
https://centrocultural.fiesp.com.br
Serviço
"TUDO PODE (perder-se)" do multiartista Tadeu Jungle
curadoria: Daniel Rangel
período: 19 de fevereiro a 20 de julho de 2025 - terça a domingo, das 10h às 20h
quanto: gratuito
local: Centro Cultural Fiesp - Espaço de Exposições
Avenida Paulista, 1313
São Paulo, SP, Brazil
tel: 0800 55 1000