Exposição individual “Ser Ilha”, de Felipe Góes
Exposição

Exposição individual “Ser Ilha”, de Felipe Góes

Exposição

  • Nome: Exposição individual “Ser Ilha”, de Felipe Góes
  • Abertura: 14 de junho 2025
  • Visitação: até 19 de julho 2025
  • Galeria: Zipper Galeria

Local

  • Local: Zipper Galeria
  • Evento Online: Não
  • Endereço: Rua Estados Unidos, 1494

Ser Ilha


Felipe Góes



A Zipper Galeria apresenta “Ser Ilha”, exposição individual de Felipe Góes com curadoria de Renata Rocco. A mostra reúne um novo conjunto de pinturas que evocam paisagens em constante formação, erosão e reinvenção.

 

O ponto de partida conceitual da exposição emerge do encontro entre a obra do poeta Manoel de Barros (1916-2014) e o fenômeno natural que originou Surtsey — ilha formada no Atlântico sul da Islândia em decorrência de uma erupção vulcânica entre 1963 e 1967. 

 

Desde a erupção, Surtsey vem sendo moldada pela erosão dos ventos e do mar, que já reduziu a ilha a quase metade de suas dimensões, em um ciclo contínuo de feitura e desfazimento. Esse processo ressoa diretamente no gesto pictórico de Góes: camadas sucessivas de tinta cobrem parcialmente tentativas anteriores de forma, revelando e ocultando memórias, fantasias e construções imagéticas.

 

Nesse sentido, a exposição dialoga com a poética de Manoel de Barros, poeta brasileiro do século XX cuja obra se debruça sobre a reinvenção do olhar para o mundo ordinário. Inspirado pelo Pantanal, Barros transformava coisas mínimas em matéria filosófica, celebrando o “desimportante” com lirismo e humor. Seus termos — como “ser”, “transver” e “desformar” — oferecem chaves sensíveis para pensar a lógica interna das pinturas de Góes, marcadas por camadas, apagamentos e reconstruções.

 

Em suas telas, Góes sobrepõe camadas de tinta para criar imagens que não se fixam completamente. Suas pinturas evocam formas que emergem e se desfazem, como se estivessem em fluxo, como se fossem fragmentos de um mundo em lenta deriva.

 

A curadoria de Renata Rocco traz leituras que ampliam os sentidos da obra, articulando questões telúricas e poéticas. “Ser Ilha” propõe uma experiência em que a paisagem se torna metáfora de um estado de transição — entre o visível e o intuído, entre o gesto e o apagamento. Assim, o processo pictórico espelha os próprios ciclos de criação, transformação e desaparecimento do mundo natural.



Serviço


Ser Ilha

Felipe Góes


Abertura: sábado, 14 de junho de 2025, das 11h às 17h

Período expositivo: até 19 de julho


Zipper Galeria

Rua Estados Unidos, 1494

São Paulo SP Brasil 




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