

Exposição individual “Pós-concreto”, de ROFFA
Exposição
- Nome: Exposição individual “Pós-concreto”, de ROFFA
- Abertura: 25 de setembro 2025
- Visitação: até 18 de outubro 2025
Local
- Local: Galeria 18
- Evento Online: Não
- Endereço: Rua Simpatia 23, Vila Madalena – São Paulo
ROFFA inaugura mostra individual na Galeria 18 com texto crítico de Baixo Ribeiro. Abertura em 24 de setembro reúne obras inéditas que reinventam elementos urbanos e propõem reflexão sobre a relação com a cidade
No dia 24 de setembro, a Galeria 18 inaugura a mostra individual “Pós-concreto” do artista visual ROFFA, com texto crítico assinado por Baixo Ribeiro. A exposição apresenta trabalhos de suportes e dimensões variadas, reafirmando a poética concisa já presente em suas intervenções urbanas. O conjunto propõe ao público uma reflexão crítica e autônoma sobre os códigos que estruturam a vida nas cidades.
ROFFA explora a transformação de elementos gráficos da paisagem urbana – setas, linhas, tipografias funcionais – em composições visuais de grande impacto. Sua obra emerge como um exercício de reinvenção: em vez de apenas representar o espaço urbano, o artista destila seus signos, reorganiza-os e cria uma linguagem própria, ao mesmo tempo nova e estranhamente familiar.
“Em vez de representar o urbano, ROFFA o reinventa. Há em suas obras uma espécie de cartografia emocional das ruas — onde cada sinal é memória, ruído, presença”, escreve Baixo Ribeiro em seu texto crítico para a mostra.
A exposição abrange diferentes fases da trajetória do artista. Durante seu período de produção na Holanda, ROFFA desenvolveu uma abordagem minimalista, marcada pela síntese formal e pelo rigor cromático, em busca de equilíbrio e harmonia percebidos no urbanismo europeu. Já em sua produção brasileira, o artista aprofunda a complexidade visual das cidades locais, explorando sobreposições, contrastes e camadas que refletem a pluralidade e a densidade do ambiente urbano nacional.
Os suportes escolhidos pelo artista também fazem parte dessa pesquisa. Placas de trânsito, telhas, pedaços de madeira, mesas de pingue-pongue abandonadas e até recortes de mesas infantis descartadas são ressignificados como superfícies de criação. Cada objeto, coletado nas ruas, carrega consigo memórias de uso e marcas do cotidiano, transformando-se em matéria-prima de uma linguagem visual que oscila entre o reconhecimento imediato e a opacidade.
A mostra deriva ainda da investigação de ROFFA no campo expandido da arte urbana, em especial de sua pesquisa sobre a rua como dispositivo pedagógico e cultural. Para o artista, a cidade é mais do que cenário: é arquivo, professor e laboratório. Assim, o público é convidado a uma escuta ativa dos sinais e ruídos urbanos, compreendendo-os como possibilidade de aprendizado e de ressignificação dos espaços que habita.
Sobre o artista
Kjell van Ginkel Siqueira‚ conhecido como ROFFA‚ nasceu na Holanda e atualmente reside em Jundiaí, São Paulo. Com amplo estudo do campo das artes, o artista possui mestrado em educação pela UNICAMP, com ênfase em arte de rua, com bacharelado e licenciatura em artes visuais e pós-graduação em “Artistas profissionais em sala de aula”, ambos pela Willem de Kooning Academie, em Rotterdam, e uma segunda graduação em design gráfico na ArtEZ Institute of the Arts, além de um curso técnico em design de publicidade e propaganda na Nimeto, Utrecht.
Filho de pai marceneiro e mestre de obras, ROFFA cresceu no mundo dos materiais industriais‚ das tintas e dos entulhos. Enquanto ajudava na loja do pai‚ o artista fascinou-se pela máquina de misturar tintas, com a promessa de poder criar “todas as cores possíveis do mundo”, e pelo potencial das latas de spray usadas na loja. Esse ambiente moldou sua paixão pela arte‚ que o acompanhou ao longo de toda sua jornada artística, iniciada em 2005, juntamente com a carreira como professor de artes, na qual atua há mais de treze anos.
ROFFA encontra poética na essência da cidade, em transformar o ordinário urbano em arte e na disrupção dos seus significados. Entulho e lixo, antes nada além de descarte, transformam-se em instalações e inspiração para formas; placas de sinalização, que comumente representam a lei e a ordem, tornam-se o suporte para as pinturas ou matéria-prima para construir novos objetos.
A cultura do lugar onde o artista está é a principal fonte de inspiração para suas obras. Na Holanda, ROFFA tinha uma abordagem minimalista nas formas, buscando nas composições a perfeição e harmonia que ele considera típica da cultura holandesa. Ao chegar no Brasil, ROFFA se depara com a pluralidade visual da cultura brasileira, levando-o a composições mais desequilibradas e com camadas sobrepostas.
Suas cores e seu modo de pintar são profundamente inspirados no universo do hip-hop e no grafite. Nas composições abstratas pode-se perceber a forte presença da arte concreta e, as cores sólidas e protagonistas, trazem a essência do movimento Color Field.
ROFFA já participou de várias exposições coletivas e individuais além de ter publicado dois livros, “DISRUPTIONS” e “O Meu ABC da Rua”.
Sobre a 18
A 18 é uma galeria de arte contemporânea com uma seleção de artistas renomados e em ascensão, de diferentes vertentes, estilos e suportes.
Desde seu início, preocupa-se em criar e expandir relações dentro do mundo da arte, seja com os artistas, clientes ou espectadores, que encontram na 18 um ambiente receptivo, diferente da hostilidade hermética vista em outras galerias.
Seu time, com diversos artistas representados, oferece vários tipos de experimentações resultando em uma pluralidade visual e cultural que poucos locais possuem.
SERVIÇO
Local: Rua Simpatia 23, Vila Madalena – São Paulo/SP
Vernissage: 24/09/2025, 19h00 as 22h00
Período: 25/09 a 18/10 de 2025
Visitação: Terça a Sexta | 11h às 20h.
Sábado | 10h às 18h
ENTRADA GRATUITA
Para acessar estas e outras imagens das obras e do artista acesse: