Exposição individual "Jogo da Memória", de Geraldo de Barros
Exposição

Exposição individual "Jogo da Memória", de Geraldo de Barros

Exposição

  • Nome: Exposição individual "Jogo da Memória", de Geraldo de Barros
  • Abertura: 25 de outubro 2025
  • Visitação: até 20 de dezembro 2025
  • Galeria: Luciana Brito Galeria

Local

  • Local: Luciana Brito Galeria
  • Evento Online: Não
  • Endereço: Av. Nove de Julho, 5162 – São Paulo, SP

Jogo da Memória

Geraldo de Barros



A Luciana Brito Galeria apresenta Jogo da Memória, mostra inédita de Geraldo de Barros (1923–1998), organizada pelo Arquivo Geraldo de Barros (Fabiana de Barros e Michel Favre). A exposição reúne, pela primeira vez na história, a coleção completa da série Sobras (1996–1998 / 2024), a derradeira pesquisa do artista brasileiro, considerada um marco experimental em sua trajetória. O conjunto completo abrange 281 peças, cuja disposição no espaço expositivo convida a uma leitura expandida da complexidade da prática fotográfica de Geraldo de Barros.


Geraldo de Barros é figura fundamental para a compreensão da história contemporânea da arte brasileira. Foi o responsável pela ruptura que aproximou a técnica da fotografia à linguagem artística, por meio da série Fotoformas (1948 – 1953), quando introduziu intervenções abstratas e geométricas nos registros fotográficos. Essa incursão experimental o posiciona como o pioneiro dessa prática como uma linguagem visual autônoma, descortinando para as possibilidades que alicerçam o cenário atual e, mesmo décadas mais tarde, servindo de base também para as Sobras, sua pesquisa de maior impacto poético. A série Sobras, última realizada por Geraldo de Barros antes do seu falecimento, em 1998, com 75 anos, traz a impressão gestual e urgente do artista, que a essa altura já demonstrava grande dificuldade motora devido às isquemias cerebrais. Trata-se, sobretudo, de uma investigação que representa o auge da maturidade sensível, criativa e poética do artista, ou seja, um testamento artístico que resgata suas memórias, além de condensar os principais aspectos da sua obra, como racionalidade construtiva e subjetividade, fotografia documental e criatividade visual, por meio do experimentalismo.


Essa dimensão múltipla da série é realçada em Jogo da Memória, apresentação inédita concebida como uma linha do tempo construída a partir de relações temáticas, formais e estéticas. O percurso expositivo propõe um diálogo à distância com as etapas originais de sua realização, permitindo ao visitante mergulhar na riqueza e na vitalidade da obra de Geraldo de Barros e revelando a continuidade de seu pensamento visual. As Sobras foram produzidas entre os anos de 1996 e 1998 por Geraldo de Barros, que recorreu aos negativos de diferentes períodos de sua vida — entre eles, registros de viagens em família, imagens dos anos 1940 e outras encontradas em gavetas e envelopes guardados ao longo dos anos. Com a ajuda, em momentos distintos, de uma assistente e da filha, a artista Fabiana de Barros, ele recortou e recombinou esses negativos em 249 composições visuais, coladas em lâminas de vidro. Nesse processo, o artista dá corpo a uma ideia que havia formulado anos antes de realizar as Sobras: “Um negativo achado, todo riscado e empoeirado, se fornecer um bom resultado fotográfico, a fotografia é de quem a realiza e não de quem expôs o negativo.”


Quase três décadas mais tarde, essa concepção ganha nova dimensão na exposição Jogo da Memória, que apresenta pela primeira vez o conjunto completo da série. A mostra decorre de um projeto que foi estruturado a partir de uma iniciativa conjunta entre a família do artista e o Instituto Moreira Salles (IMS), que tem sob sua guarda as composições visuais originais da série Sobras e, por meio de sua área de Fotografia e de seu Laboratório especializado em impressões fotográficas analógicas, coordenado por Ailton Silva, realizou um meticuloso trabalho de recuperação e produção das impressões, respeitando integralmente as instruções deixadas pelo artista. O resultado desse intenso trabalho de releitura do processo fotográfico é este conjunto de ampliações, agora em exposição, realizadas no formato originalmente desejado por Geraldo de Barros, preservando uma ampla borda branca como parte da obra. Uma das séries agora produzidas integra o acervo do IMS.


No pavilhão da galeria, sob a direção do Arquivo Geraldo de Barros, organizado por Fabiana de Barros e pelo cineasta suíço Michel Favre, a instalação de Jogo da Memória convida o visitante a uma viagem pela prática do artista, projetando novas relações entre as Sobras, os vazios dos recortes e as múltiplas camadas de tempo e lembrança que atravessam sua obra. O jogo proposto é também um convite à imaginação — um exercício de reconstrução em que o olhar do público se torna parte ativa do processo criativo, prolongando a vida das imagens e, com elas, a memória do próprio artista.




Serviço

Jogo da Memória, Geraldo de Barros


25/10/25 à 20/12/25

Abertura: 25/10/25 às 11:00h


Terça-feira, Quarta-feira, Quinta-feira, Sexta-feira das 10:00h às 19:00h

Segundas, das 10h às 18h. Sábados, das 11h às 17h


Luciana Brito Galeria

Av. Nove de Julho, 5162

São Paulo

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