Exposição individual "É preciso sair da ilha para ver a ilha ", de Jorge Mayet
Exposição
- Nome: Exposição individual "É preciso sair da ilha para ver a ilha ", de Jorge Mayet
- Abertura: 27 de novembro 2025
- Visitação: até 12 de fevereiro 2026
Local
- Local: Casa Seva
- Evento Online: Não
- Endereço: Al. Lorena, 1257, Casa 1 – São Paulo, SP
Casa Seva apresenta “É preciso sair da ilha para ver a ilha”, primeira exposição individual de Jorge Mayet em São Paulo
Mostra reúne pinturas e esculturas que dialogam entre paisagem, espiritualidade e memória, revelando ilhas suspensas onde raízes expostas contam o que permanece
A Casa Seva, espaço dedicado à arte contemporânea e ao diálogo entre cultura e sustentabilidade em São Paulo, apresenta em parceria com a Galeria Inox, partir de 27 de novembro, a primeira exposição individual de Jorge Mayet na cidade: “É preciso sair da ilha para ver a ilha”, com texto feito por Paula Borghi. A mostra reúne pinturas e esculturas que articulam paisagem, deslocamento e pertencimento, criando um território poético entre lembrança, história e imaginação.
Nascido em Havana, Mayet deixou Cuba nos anos 1990, mudando-se inicialmente para a Itália e, depois, para a ilha de Maiorca, onde viveu por mais de três décadas antes de se estabelecer no Rio de Janeiro. Esse trânsito entre territórios como o Caribe, Mediterrâneo e a América Latina, tornou-se eixo central de sua obra, que revisita suas memórias cubanas a partir da distância. Árvores que flutuam, fragmentos de terra suspensos e casas que se transformam em seres híbridos surgem como metáforas de uma ilha que nunca o abandona, mesmo quando ele a deixa para trás.
Reconhecido por seu rigor técnico, o artista desenvolveu uma prática que se desdobra entre pintura, escultura e instalação. Suas imagens, por vezes tomadas como fotografias, revelam precisão minuciosa, mas também um campo simbólico impregnado de espiritualidade. Entre seus signos recorrentes estão o flamboyant, árvore associada a rituais afro-caribenhos; a palmeira-real-de-cuba, presente no escudo nacional; e o bohío, casa camponesa vernacular que Mayet reinventa em múltiplas moradas possíveis, como se sua arquitetura fosse também organismo vivo.
Essa fusão entre natureza e cultura constitui a espinha dorsal de sua pesquisa. Nas obras, raízes expostas revelam aquilo que nos ancora, ilhas pairam no ar como territórios afetivos, árvores solitárias se tornam portais entre mundos. Ao recriar a paisagem de sua terra natal como corpo espiritual, o artista anuncia a natureza como força divina, origem e sustentação de tudo aquilo que chamamos de cultura.
Em “É preciso sair da ilha para ver a ilha”, Mayet reafirma a potência de criar, pela arte, o lugar onde se habita, um espaço que não é geográfico, mas sensível. Suas obras funcionam como pequenas terras possíveis, flutuantes, móveis, capazes de carregar consigo o gesto ancestral de quem vive entre mundos e reinventa suas raízes.
Com trajetória internacional que inclui exposições em cidades como Londres, Hong Kong, Nova York, Rio de Janeiro, Palma de Mallorca e Moscou, além de presença em coleções como a Saatchi Gallery e o MAD Museum, Jorge Mayet apresenta na Casa Seva um recorte maduro e profundamente simbólico de sua produção. Um convite a olhar para a ilha, real, imaginada, lembrada e ao entender que ela, de algum modo, sempre nos olha de volta.
SOBRE A CASA SEVA
A Casa Seva, o espaço expositivo dedicado à sustentabilidade, arte e cultura, foi criada para gerar impacto positivo no meio de arte e design, estimular uma rede mais sustentável por parte dos artistas, galeristas e inspirar ações e escolhas sustentáveis no dia a dia de seus visitantes, parceiros e colaboradores. A Casa Seva acredita na arte como uma ferramenta de transformação e conscientização da potência da natureza em suas diversas formas. Por meio de exposições, eventos, palestras e workshops, a Casa Seva busca expressar beleza, provocar reflexão e inspirar ação.
SOBRE JORGE MAYET
Jorge Mayet (Havana, Cuba, 1962) é bacharel em Pintura (1993) e Mestre em Artes Visuais (1995) pela Academia Nacional de Bellas Artes San Alejandro, em Havana. Atualmente divide-se entre Palma de Mallorca, na Espanha, e o Brasil. As memórias das paisagens de sua terra natal são parte fundamental de sua pesquisa artística. Suas obras se desdobram em pinturas, esculturas e instalações que misturam imagens realísticas com a poesia do imaginário do artista.
Mayet já realizou individuais em importantes galerias e instituições como: RFT Fine Art (Miami, Estados Unidos); Saatchi Gallery (Londres, Inglaterra); Leo Gallery (Hong Kong, China); Galería Horrach Moyà (Palma de Mallorca, Espanha); Galeria Inox (Rio de Janeiro); Hong Kong Art Center e Leo Gallery (Hong Kong, China); Olivier Houg Galerie (França); Museu de Art Modern i Contemporani Es Baluard (Palma de Mallorca, Espanha); MC Gallery (Seoul, Coreia); Triumph Gallery (Moscou, Rússia); Mario Mauroner Galerie (Salzburgo, Áustria); Galería Lluçia Homs (Barcelona, Espanha); entre outras.
Participou de coletivas no Rio de Janeiro, Bogotá, Mexico D.C., Holbox, Havana, Miami, Nova York, Barcelona, Ibiza, Palma de Mallorca, Veneza, Bruxelas, Berlim, Viena, Salzburgo, Moscou, Nova Délhi, Mumbai, Dubai, Xangai, Taipei e Sidney, entre outras cidades. Seus trabalhos fazem parte de importantes coleções como a da Saatchi Gallery (Londres), do MAD Museum (Nova York), da Leo Gallery (Xangai), entre outras.
SERVIÇO
Jorge Mayet: É preciso sair da ilha para ver a ilha
Abertura: 27 de novembro — das 18h às 21h
Local: Al. Lorena, 1257 — Casa 1
Período de visitação: 27 de novembro
Terça a Sexta, das 11h às 18h
Sábado, das 11h às 15h Entrada gratuita www.casaseva.com
Telefone: +55 (11) 94445-9595