Exposição individual “A Olho Nu”, de Vik Muniz
Exposição

Exposição individual “A Olho Nu”, de Vik Muniz

Exposição

  • Nome: Exposição individual “A Olho Nu”, de Vik Muniz
  • Abertura: 13 de dezembro 2025
  • Visitação: até 29 de março 2026

Local

  • Local: MAC Bahia
  • Evento Online: Não
  • Endereço: Rua da Graça, 284, Graça – Salvador, BA

“A Olho Nu”, maior retrospectiva de Vik Muniz, chega a Salvador com cinco obras feitas especialmente para a exposição


Com curadoria de Daniel Rangel e realização do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), a mostra ficará em cartaz no Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC_Bahia) de 13 de dezembro de 2025 a 29 de março de 2026. Com mais de 200 obras, “A Olho Nu” propõe um diálogo entre as obras do artista e a cultura popular. Vik Muniz nasceu em 1961 em São Paulo, e tem ateliês no Rio de Janeiro, Nova York e em Salvador. 



O Centro Cultural Banco do Brasil e o Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC_Bahia) têm o prazer de convidar para a exposição “A Olho Nu”, de 13 de dezembro de 2025 a 29 de março de 2026, a maior e mais abrangente retrospectiva do artista Vik Muniz. Com curadoria de Daniel Rangel, “A Olho Nu” reúne mais de 200 obras, de 37 diferentes séries, com quatro esculturas feitas recentemente, especialmente para esta mostra em Salvador. O patrocínio é do BB Asset, com a Lei de Incentivo Federal à Cultura, do Ministério da Cultura, e produção é da N+1 Arte Cultura.


De junho a agosto “A Olho Nu” esteve no Instituto Ricardo Brennand, em Recife, onde recebeu mais de 70 mil visitantes.


Vik Muniz tem uma relação de décadas com a Bahia, e tem casa e ateliê em Salvador, além de Nova York e Rio de Janeiro. Em 2021, inaugurou “Lugar Comum”, uma galeria de arte na Feira de São Joaquim, em Água de Meninos, onde paralelamente à exposição “A Olho Nu” exibirá uma instalação inédita, feita a partir da obra “Nail Fetish” (“Fetiche de Pregos”), de 2010, da série “Relicário”.


No MAC_Bahia, o público verá obras fundamentais do artista, de diferentes fases de sua trajetória, desde os anos 1980 até os dias de hoje. Especialmente para esta exposição em Salvador ele criou as esculturas “Queijo” (“Cheese”), “Patins” (“Skates”), “Ninho de ouro” (“Golden nest”) e “Suvenir #18”, todas da série “Relicário”. 


“Essa é a primeira grande retrospectiva dedicada ao trabalho de Vik Muniz, com um recorte pensado para criar um diálogo entre suas obras e a cultura da região”, destaca o curador Daniel Rangel. Ele explica que a mostra segue uma linha do tempo que revela a evolução de sua criação artística: das esculturas iniciais à transição para a fotografia, chegando às séries atuais. 


VIRADA

Logo na entrada do MAC_Bahia, o visitante será recebido pelas esculturas – ponto de partida da exposição e núcleo essencial para compreender o processo criativo do artista. 


A maior parte dessas peças pertence à série “Relicário” (1989–2025), não exibida desde 2014 e decisiva para entender a passagem do artista do objeto para a fotografia. O recorte curatorial privilegia montagens feitas para serem fotografadas, e revela como o uso de objetos cotidianos aproxima sua obra da arte pop e popular.


Daniel Rangel observa que, ao iniciar sua carreira com esculturas, Vik Muniz passou a explorar massa, volume, volatilidade e suas relações com a percepção. A necessidade de fotografar esses trabalhos para registro despertou seu interesse pela fotografia – inicialmente por insatisfação com imagens produzidas por terceiros. Ao assumir a câmera, percebeu que podia construir cenas pensadas exclusivamente para serem fotografadas, marco que definiu um novo rumo para sua criação. Essa virada – a fotografia como registro à tridimensionalidade concebida para a lente – é um dos eixos centrais da exposição.


O curador também destaca a definição do artista canadense Jeff Wall sobre dois tipos de fotógrafos: o “caçador”, que espera o momento ideal, e o “agricultor”, que constrói a situação que deseja registrar. “Vik Muniz é um fotógrafo agricultor”, afirma Rangel. Um exemplo emblemático desse método é a série “Crianças de açúcar” (1996), marco conceitual de sua obra. Nela, o artista fotografou crianças caribenhas que trabalhavam em plantações de cana e depois recriou suas imagens usando apenas grãos de açúcar.


OBRAS RARAS

A mostra apresenta também as obras “Oklahoma”, “Menino 2” e “Neurônios 2”, só vistas anteriormente em uma exposição do artista em Nova York, em 2022, e recentemente no Instituto Ricardo Brennand. O percurso expositivo se encerra com a série “Dinheiro vivo” (2023), criada em parceria com a Casa da Moeda do Brasil a partir de fragmentos de papel-moeda.


O vasto repertório de materiais utilizados por Vik – que vai literalmente do lixo ao dinheiro – sustenta a poética da ilusão e da mimetização que marca sua produção, sempre permeada por humor, crítica social e surpresa. Elementos que, segundo o curador, “seduzem o olhar e convidam o público a despir-se de uma visão tradicional, permitindo enxergar tudo ‘a olho nu’”.


Algumas celebradas séries de Vik Muniz que estarão no MAC_Bahia são: “Crianças de açúcar”, “Imagens de terra”,“Imagens de chocolate”, dos anos 1990; “Imagens de caviar”, “Imagens de diamantes”, “Pictures of Earthworks”,“Imagens de sucata”, “Imagens de lixo”, dos anos 2000; “Dinheiro Vivo” (2022 e 2024), e obras feitas com manteiga de amendoim e geleia – “Duas vezes Mona Lisa (1999), da série “AfterWarhol”; com um prato de macarrão e molho – “Medusa Marinara” (1997); ou com feijão: “Che, a partir de Alberto Korda”(2000).


“Vik Muniz é um ilusionista”, resume Rangel. “Um mágico na construção de imagens que não existem, mas que se tornam reais, fazendo do espectador cúmplice de um fazer artístico que nos captura como em uma mágica.”


SOBRE VIK MUNIZ

A obra de Vik Muniz (1961, São Paulo) questiona e tensiona os limites da representação. Apropriando-se de matérias-primas como algodão, açúcar, chocolate e até lixo, o artista meticulosamente compõe paisagens, retratos e imagens icônicas retiradas da história da arte e do imaginário da cultura visual ocidental, propondo outros significados para esses materiais e para as representações criadas. 


Para a crítica e curadora Luisa Duarte, “sua obra abriga uma espécie de método que solicita do público um olhar retrospectivo diante do trabalho. Para ‘ler’ uma de suas fotos, é preciso indagar o processo de feitura, os materiais empregados, identificar a imagem, para que possamos, enfim, nos aproximar do seu significado. A obra coloca em jogo uma série de perguntas para o olhar, e é nessa zona de dúvida que construímos nosso entendimento”. 


Muniz também se destaca pelos projetos sociais que coordena, partindo da arte e da criatividade como fator de transformação em comunidades brasileiras carentes e criando, ainda, trabalhos que buscam dar visibilidade a grupos marginalizados na nossa sociedade.


SOBRE DANIEL RANGEL

Daniel Rangel é mestre em Artes Visuais pela USP, onde cursa o doutorado em poéticas visuais, e bacharel em Comunicação pela UCSal. Curador, pesquisador e gestor cultural com mais de duas décadas de atuação, dirige o Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC_BAHIA) e é sócio da N+1 Arte Cultura. Foi curador-chefe do Museu de Arte Moderna da Bahia (2021–2023), diretor artístico do Instituto de Cultura Contemporânea (ICCo) e diretor da Diretoria de Museus da Secult-BA.


Assina a curadoria de A olho nu – Vik Muniz, maior retrospectiva do artista; REVER_Augusto de Campos, no Sesc Pompeia, eleita Melhor Exposição Individual de Artista Brasileiro (revista Select!); Palavra em Movimento, sobre Arnaldo Antunes, vencedora do APCA 2015; e My name is Ivald Granato, premiada no Arcanjo de Cultura. Participou de bienais e festivais no Brasil e no exterior, como a 8ª Bienal de Curitiba, as Bienais de Cerveira (Portugal), o Festival Art.br em Nova York e o World Biennial Forum.


É autor e organizador de publicações como Klaxon em Revista, Making Biennials in Contemporary Times, Luzescrita, Ready Made in Brasil e Afonso Tostes: entre a cidade e a natureza. Também realizou curadorias individuais de nomes como Tunga, Waltercio Caldas, José Resende, Carlito Carvalhosa, Ayrson Heráclito e Rodrigo Braga, além de mostras coletivas como O Museu de Dona Lina, Encruzilhada, Utopias e Distopias e Poesis in Praxis. Vik Muniz é representado pela galeria Nara Roesler.


SOBRE O CENTRO CULTURAL BANCO DO BRASIL 

O Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) é uma rede de espaços culturais gerida e mantida pelo Banco do Brasil, com o objetivo de ampliar a conexão dos brasileiros com a cultura e valorizar a produção cultural nacional. Presente no Rio de Janeiro, Brasília, São Paulo e Belo Horizonte, está em avançado processo de instalação de sua nova unidade em Salvador. Na capital baiana, ocupará o Palácio da Aclamação, histórico edifício do início do século passado e que, durante mais de cinquenta anos, foi residência oficial dos governadores da Bahia. Mesmo antes de iniciar suas atividades no Palácio da Aclamação, o CCBB já realiza intervenções culturais em diversos espaços da cidade de Salvador.

Site: bb.com.br/cultura// 

Instagram:@ccbbsalvadorbahia // 

E-mail: ccbbsalvadorba@bb.com.br


Serviço

Exposição “Vik Muniz – A Olho Nu”


13 de dezembro de 2025 a 29 de março de 2026


MAC_Bahia 

Rua da Graça, 284, Graça, Salvador 


Terça a domingo, das 10h às 20h


Entrada gratuita


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