Exposição individual “A Luz do Silêncio”, de Ismael Caldas

PRIMEIRA EXPOSIÇÃO INDIVIDUAL DO ARTISTA PERNAMBUCANO ISMAEL CALDAS CHEGA EM SÃO PAULO 

 A GALERIA BASE inaugura no próximo sábado (27) a exposição “A Luz do Silêncio”, do artista Ismael Caldas, com curadoria e texto crítico de Daniel Maranhão. Todas as obras expostas faziam parte da coleção particular do artista, falecido em 2016. A mostra só foi possível após a representação de seu espólio, celebrada entre a galeria e os herdeiros do mesmo. 

A exposição não tem a pretensão de ser uma retrospectiva do artista, mas apresenta um recorte amplo, que vai da década de 1970 a 2010. Nela se veem os múltiplos temas que compõem a obra de Caldas, em um conjunto de 20 obras inéditas, todas em pintura com tinta acrílica. 

Segundo Maranhão, “sua pintura não se alinhava a modismos. Ismael pintava os temas que lhe eram afetos, e não aqueles que o espectador ou o mercado demandava, jamais cedeu a tentação da mídia, do espetáculo, da fama, dos holofotes. Diferente da verborragia de grande parte dos artistas visuais — ainda mais nos tempos atuais, em que se discursa em demasia sobre a própria obra —, Ismael dizia que “a pintura não é uma atividade verbal”. 

Para Raul Córdula, organizador do livro “Ismael Caldas” (Editora CEPE, 2023), “A pintura de Ismael Caldas é uma expressão do insólito, isto é, do incomum, do infrequente, do anormal, pois trata-se da procura pelo outro lado da beleza. Não se trata de feiura do ponto de vista corriqueiro, mas da realidade escondida na visibilidade da figura que se apresenta despida de engodos e adornos, ou quando estes aparecem, isso acontece como um gesto de ironia, de crítica sarcástica.” 

“Com efeito, suas pinturas disformes não são apenas grotescas: trazem crítica social, ironia e o desmascaramento das aparências. Notem a série dos políticos, a começar pelo título “Corruptos, corruptos”, um flagrante ato de denúncia. Mas não foi apenas de ironias e deformidades que a obra de Ismael se formou. Na série do jazz, por exemplo, o artista retrata figuras pertencentes ao seu gênero musical preferido, numa paleta de cores mais generosa.” Afirma o curador. 

O título da exposição ressalta a invulgar técnica de Ismael no uso da luz em suas obras, assim como o seu temperamento introspectivo, ao ponto de se comunicar com os amigos mais próximos por cartas, vide as inúmeras missivas trocadas com Francisco Brennand, para quem Ismael “era o maior artista de Pernambuco”. 

Desde a fundação da galeria, há 10 anos, um dos seus pilares é o trabalho de pesquisa e resgate de artistas que, por múltiplas causas, caíram no esquecimento do mercado e Ismael Caldas é um bom exemplo. “Esperamos que esta exposição seja o primeiro passo para seu reconhecimento e reposicionamento no universo da arte brasileira”, acrescenta Maranhão. 

Exposição

“A Luz do Silêncio"  

Curadoria e texto Crítico: Daniel Maranhão 

Abertura: 27 de setembro – sábado – das 11 às 16h  

Período: de 30 de setembro a 1º de novembro de 2025  

Horário: de terça a sexta-feira, das 10hs às 19hs; sábado, das 10hs às 15hs.  

Local: GALERIA BASE  

Endereço: Rua Artur de Azevedo 493, Cerqueira César, São Paulo, SP  

Telefone: (11) 2365-6417 || WhatsApp (11) 98327 9775  

E-mail: contato@galeriabase.com.br   

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