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Exposição Filmes e Vídeos de Artista na Coleção Itaú Cultural – Virtual
Exposição

Exposição Filmes e Vídeos de Artista na Coleção Itaú Cultural – Virtual

Exposição

  • Nome: Exposição Filmes e Vídeos de Artista na Coleção Itaú Cultural – Virtual
  • Abertura: 16 de dezembro 2021
  • Visitação: até 16 de janeiro 2022

Local

  • Local:
  • Evento Online: Não

Obras da coleção de filmes e vídeos de artista do Itaú Cultural

são apresentadas pela primeira vez em exposição virtual

 

Depois de recortes expostos presencialmente em 10 diferentes cidades brasileiras,

a mostra Filmes e Vídeos de Artista na Coleção Itaú Cultural ganha, agora, o universo digital. Reunindo 21 trabalhos de caráter experimental, produzidos entre a década

de 1970 e os anos 2000, aborda memórias e temáticas sociopolíticas do país

A partir do dia 16 de dezembro (quinta-feira) o Itaú Cultural apresenta a exposição Filmes e Vídeos de Artista na Coleção Itaú Cultural - Virtual, disponibilizada na plataforma Superviz e com acesso pelo site do Itaú Cultural www.itaucultural.org.br. A mostra traz uma seleção de obras de arte audiovisual produzidas no país nas últimas seis décadas e integrantes do acervo permanente da instituição. Pela primeira vez em formato virtual, um recorte dessa produção experimental iniciada nos anos de 1970, e que ficou à margem por cerca de duas décadas até ganhar destaque em grandes exposições e galerias, é apresentado em núcleos temáticos, compostos por obras de artistas como Regina Silveira, Cao Guimarães, Lia Chaia, Nelson Leirner e Eder Santos.

Com curadoria de Roberto Moreira Cruz e da equipe do Itaú Cultural, a exposição explora, ainda, as possibilidades da tecnologia para expandir o conteúdo disponibilizado. Além de algumas oferecerem acessibilidade em Libras, as obras contam com ficha técnica, depoimentos em áudio e conectam o visitante à Enciclopédia Itaú Cultural, a qual contém mais informações sobre os trabalhos e os artistas.

O público pode conferir, ainda, outra mostra virtual disponibilizada pelo Itaú Cultural no Google Arts & Culture. Trata-se de Fotografia modernista brasileira, acervo fotográfico que a instituição migrou para este universo em 2020 e pode ser acessado em https://artsandculture.google.com/exhibit/fotografia-modernista-brasileira/3gJSVcF9SyfOKg.

 

Recortes

O passeio on-line pode ser feito pelo computador e pelo celular para seguir um percurso formado por quatro núcleos temáticos, ambientados em salas virtuais de diferentes cores, de acordo com o tema.

Em O corpo como metáfora, marcado pela ambientação lilás, seis obras refletem a ideia do audiovisual como um meio para descobertas e ampliação do repertório. Passagens #1 (1974), de Anna Bella Geiger, mostra a expressividade de uma ação feita repetidas vezes. Em M 3x3, realizado por Analivia Cordeiro em 1973, bailarinas executam uma coreografia criada com base no método Laban e em diretrizes geradas por computador.

De 1980, A arte de desenhar, de Regina Silveira, apresenta um jogo de mãos que tenta imitar a silhueta de outra mão. Do mesmo ano, a animação Xeroperformance é composta por fotocópias feitas pelo artista Paulo Bruscky de seu próprio rosto por meio da máquina copiadora. Mais recentes, Translado, de 2008 e assinado por Sara Ramo, desloca objetos retirados de uma mala de viagem dos lugares de origem, e, de 2019, Mil olhos, uma criação de Lia Chaia, mostra olhos decorativos dispostos em torno da cabeça da artista se movimentando freneticamente.

O núcleo Poética da visualidade, em uma tonalidade azul, abriga, na maioria, trabalhos criados nos últimos 20 anos, em uma reunião de obras em que a imagem e o som são construídos a partir do potencial poético e onírico da representação. É o caso de Poupatempo, de Aline Motta, em 2015, que discute questões de invisibilidade no mundo contemporâneo, e El pintor tira el cine a la basura, realizado por Cao Guimarães em 2008, no qual uma imagem projetada e uma pintura se misturam em uma única superfície e se transformam em um objeto.

Ainda nesse recorte, em 2009 o artista Thiago Rocha Pitta recriou, em Planeta fóssil, a narrativa dos documentários científicos exibidos na televisão por meio de enquadramentos e planos-detalhe. No mesmo ano, Eder Santos explorava o tempo próprio de uma série de objetos e situações registradas no interior de Minas Gerais em Cinema. Mais antigo, de 1972, em Triunfo hermético Rubens Gerchman teceu um poema visual em movimento, elaborado por meio da linguagem do cinema, da narrativa não linear e de recursos de animação e de alteração de velocidade.

Posicionamento e memória

A cor verde guia o núcleo Cultura e política: identidades, composto por obras nas quais os artistas se posicionam sobre temáticas sócio-políticas brasileiras em um discurso audiovisual.

Entre os trabalhos está Ordinário, de 2014, onde Berna Reale recolhe ossadas do chão em um carrinho de mão empurrado pelas ruas de uma periferia de Belém do Pará. Esse grupo de obras conta, também, com o olhar para as tradições dos povos indígenas brasileiros em Ymá nhandehetama, 2009, de Armando Queiroz, e para a crítica à sociedade de consumo em Homenagem a Steinberg – variações sobre um tema de Steinberg: as máscaras nº 1, assinado por Nelson Leirner em 1975. Em Cine África e Cine Brasil (2012-2013), Paulo Nazareth rememora ritual de esquecimento feito por escravizados africanos.

Por fim, o núcleo Memória e subjetividade, marcado pela cor rosa, reúne produções audiovisuais que têm como substratos da criação temas como lembranças, sonho, afeto e fantasia. Domingo, de 2010, é uma produção de Rivane Neuenschwander e Sergio Neuenschwander realizada em torno de um ambiente doméstico, familiar, um domingo tipicamente brasileiro. Em Partida, de 2005, Alberto Bittar constrói uma narrativa visual a partir de uma foto antiga com pessoas em uma estação de trem no Rio de Janeiro.

Ainda integram o núcleo Amoahiki, em que, em 2008, Gisela Motta e Leandro Lima, elaboraram uma interpretação holística da natureza. After a deep sleep (getting out), de 1985, na qual Rafael França desconstrói o tempo da representação naturalista a partir de um exercício de edição e de cortes descontínuos. Ainda, Mentiras e humilhações na qual, em 1988, Eder Santos deu forma ao poema Liquidação, de Carlos Drummond de Andrade.

Produção Itaú Cultural

Em Filmes e Vídeos de Artista na Coleção Itaú Cultural - Virtual, o visitante é convidado, ainda, a acessar vídeos produzidos pelo Itaú Cultural com artistas e pesquisadores sobre temas correlatos aos propostos na exposição.  Entre eles estão a linguagem do vídeo e do filme de artista, sua origem e amplitude semântica nos campos da representação e das formas de expressão artística. Também é abordado o viés político impresso no conceito das obras.

Sobre filmes e vídeos e a coleção

No Brasil, a produção de filmes e vídeos teve início nos anos 1970, seguindo uma produção internacional. Pela falta de mercado para esse segmento e pela censura à cultura no período da ditadura civil-militar, essa produção experimental manteve-se à margem por décadas.

Só por volta dos anos 1990, parte dela passou a ser reconhecida. Com a inserção de obras audiovisuais no meio da arte contemporânea, passou a estar presente em galerias e exposições de amplitude internacional

A coleção de filmes e vídeos do Itaú Cultural é uma contribuição pioneira na cultura brasileira. Por meio da aquisição, conservação e restauro, a instituição criou um acervo permanente de obras audiovisuais, produzidas no país nas últimas seis décadas.

Até hoje, 10 cidades brasileiras já receberam recortes deste acervo, entre elas São Paulo, onde pôde ser visitado na sede do Itaú Cultural. Agora, dando continuidade à proposta de democratizar o acesso à coleção, o Itaú Cultural faz a primeira montagem dele em um ambiente digital, criado especialmente para receber as obras.

 

SERVIÇO:

Exposição Filmes e Vídeos de Artista na Coleção Itaú Cultural – Virtual

Disponível a partir de 16 de dezembro (quinta-feira)

No site do Itaú Cultural www.itaucultural.org.br

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