Exposição "DAREL – 100 anos de um artista contemporâneo"
Exposição

Exposição "DAREL – 100 anos de um artista contemporâneo"

Exposição

  • Nome: Exposição "DAREL – 100 anos de um artista contemporâneo"
  • Abertura: 10 de julho 2025
  • Visitação: até 30 de agosto 2025

Local

  • Local: Centro Cultural Correios – Rio de Janeiro
  • Evento Online: Não
  • Endereço: Rua Visconde de Itaboraí 20 – Centro

Exposição celebra os 100 anos de Darel Valença Lins


Homenagem e reencontro com um criador essencial para a arte brasileira do século XX



O centenário de nascimento do desenhista, pintor, gravador, ilustrador e professor Darel Valença Lins (Palmares, PE 1924–Rio de Janeiro, 2017) será celebrado com a exposição DAREL – 100 anos de um artista contemporâneo, no Centro Cultural Correios Rio de Janeiro, sob curadoria de Denise Mattar.


A abertura da mostra panorâmica é quarta-feira, 9 de julho, às 16h, com temporada que se estende até 30 de agosto de 2025.


Com patrocínio do Itaú Cultural, a exposição reúne cerca de 95 obras, abrangendo 70 anos de produção do artista, que marcou sua importância na história da arte do século XX pela excelência das suas litografias à cor e pinturas sensuais.


Seu legado transita entre a gravura em metal, óleo sobre tela, fotomontagem, guache, pastel, desenho e a litografia à cor – técnica da qual foi pioneiro no Brasil.


 

Percurso da exposição


A mostra está organizada por segmentos, a partir da fase mais conhecida de Darel, a dos anos 1950|60, das séries Topografias e Cidades Inventadas, seguidas dos Anjos. São gravuras, inicialmente em preto e branco, às quais o artista introduz pouco a pouco a cor.


No começo da década de 1970, ele faz uma mudança radical de técnica e começa a trabalhar com pastel e lápis de cera. É deste período a série Mulheres da Rua Concórdia. "Poéticas, patéticas, dolorosas e sensuais são as cenas que Darel retrata de um prostíbulo, instalado na casa em que ele viveu na infância", descreve a curadora.


Segue-se a este o conjunto intitulado Baixada Fluminense, no qual ele busca poesia em histórias inventadas sobre personagens reais.  Sem medo de errar, o artista usa a digigrafia [gravação de imagem por meios digitais], associando colagem, desenho, pastel e guache.


Seus últimos trabalhos são pinturas a óleo de temática floral e uma série de videoarte, realizadas em seu ateliê no bairro carioca de São Conrado nos anos 2000. Nas flores imensas transborda, mais do que nunca, a sensualidade de sua obra.


A exposição conta ainda com um curta de Allan Ribeiro, em que o artista conversa com o cinegrafista sobre Dostoievski, enquanto desenha, apresentado em loop. O longa documental, também de Allan Ribeiro, que inclui suas últimas realizações de Darel, as videoartes, terá sessões programadas, no auditório do Centro Cultural Correios Rio de Janeiro.



Quem é Darel


Criado na Usina Catende, no interior de Pernambuco, Darel começou a trabalhar muito jovem como desenhista técnico. Em 1949, já morando no Rio de Janeiro, ele começou a estudar gravura com Henrique Oswald.


Conviveu e foi amigo de Goeldi, Livio Abramo, Raymundo de Castro Maya, João Cabral de Mello Neto, Iberê Camargo, Carybé, Marcello Grassmann, Portinari, Babinski, Di Cavalcanti, Cícero Dias, Mário Cravo Jr., Djanira e Morandi (na Europa).


Sobre Darel escreveram os principais críticos de arte e luminares, como Clarice Lispector, Vinícius de Moraes, Mário Pedrosa, Roberto Pontual, Ivo Zanini, Leonor Amarante, Olívio Tavares de Araújo, Casimiro Xavier de Mendonça e Frederico Morais.


Nascido em Palmares, Pernambuco, e falecido no Rio de Janeiro, Darel manteve-se lúcido e ativo até o fim da vida. Recebeu prêmios e menções honrosas ao longo da carreira, como o de "Viagem ao Estrangeiro", do Salão de Arte Moderna do Rio de Janeiro, e o de "Melhor Desenhista Nacional" na VII Bienal de São Paulo [1963], onde também teve uma sala especial na edição seguinte. Atuou como ilustrador em editoras e veículos como a José Olympio, os jornais Última Hora e Diário de Notícias, além das revistas Senhor e Manchete.


Entre 1953 e 1966, Darel foi diretor técnico da Sociedade dos Cem Bibliófilos do Brasil, ilustrando diversas edições e seis capas de livros de Gabriel García Márquez. Foi ainda professor de gravura e litografia no MASP e na FAAP, em São Paulo, e na Escola Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro.


Além de dezenas de exposições individuais e coletivas no Brasil e no exterior, Darel tem obras nos acervos do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Museu de Arte Moderna de São Paulo, Museu Nacional de Belas Artes, Pinacoteca do Estado de São Paulo, Museu de Arte Contemporânea da USP, Museu de Arte Brasileira da Faap, Palácio Itamaraty, Museu do Senado, Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães, Museu de Arte Contemporânea do Paraná, Museu de Arte do Rio Grande do Sul, Fundação Iberê, Museu do Estado de Pernambuco.


"Apesar de sua relevância histórica, Darel é hoje pouco conhecido do grande público. Sua trajetória reflete a condição de muitos gravadores brasileiros, que enfrentam a marginalização de uma técnica erroneamente considerada 'menor' pelo mercado de arte, por sua vocação acessível e multiplicável", avalia Denise Mattar.


 

Serviço


DAREL – 100 anos de um artista contemporâneo

Curadoria Denise Mattar


Centro Cultural Correios – Rio de Janeiro

Rua Visconde de Itaboraí 20 – Centro


Abertura quarta, 09. julho,16 –20h h

10. julho a 30. agosto 2025


Terça a sábado, 12–19h



Classificação 14 anos


Grátis


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