Exposição "Atos de revolta: outros imaginários sobre independência"
Exposição
- Nome: Exposição "Atos de revolta: outros imaginários sobre independência"
- Abertura: 17 de setembro 2022
- Visitação: até 26 de fevereiro 2023
Local
- Local: MAM RIO
- Evento Online: Não
- Endereço: av. Infante Dom Henrique, 85
MAM Rio, Livelo e Ministério de
Turismo apresentam
Atos de
revolta: outros imaginários sobre independência
Exposição
parte do bicentenário
da Independência do Brasil para investigar
as relações entre uma série de levantes e o marco histórico
Curadoria reúne obras e objetos do período colonial, provenientes dos acervos do Museu da Inconfidência, do Museu
Histórico Nacional e do Convento Santo Antônio,
em diálogo com a produção de artistas
contemporâneos
O Museu de Arte Moderna do Rio de
Janeiro (MAM Rio) anuncia a exposição Atos de revolta: outros imaginários sobre
independência, desenvolvida em colaboração com o Museu da
Inconfidência, em Ouro Preto. A curadoria é de Beatriz Lemos, Keyna Eleison,
Pablo Lafuente e de Thiago de Paula Souza, curador convidado.
A ser inaugurada em 17 de setembro
de 2022, Atos de revolta parte
da efeméride do bicentenário da Independência do Brasil para propor uma
releitura desse processo histórico desde a arte.
Por meio de
obras de artistas contemporâneos e objetos da época colonial, Atos de revolta foca em uma série de
levantes populares, motins e revoltas que antecederam esse momento ou que
ocorreram nas décadas subsequentes -- durante o Primeiro e o Segundo Reinado, e
o período regencial.
“A proclamação
da independência não é um fato isolado e tampouco um desfecho. Ela resulta de
uma série de insurgências populares e levantes burgueses que reverberaram por
todo o território brasileiro, sendo frequentemente relegados a segundo plano
nos livros de história”, analisa a curadora Beatriz Lemos. “Ao abordar as
tensões e conflitos do sistema colonial, a exposição revela as contradições da
historiografia brasileira, que produziu apagamentos de personagens
determinantes, sobretudo de populações negras, indígenas e mulheres."
Com o objetivo de discutir os
diversos imaginários de país esboçados naquele contexto, a mostra faz
referência à Guerra
Guaranítica (1753-56), à Inconfidência Mineira (1789), à Revolução Pernambucana
(1817), à Independência da Bahia (1822), à Revolta dos Malês (1835), à
Cabanagem (1835-40), à Revolução Farroupilha (1835-45), à Revolta de Vassouras
(1839) e à Balaiada (1838-41), entre outras.
Para o curador
convidado Thiago de Paula Souza, esses eventos, além de disputa por território,
propuseram novos modelos de organização política, bem como outras concepções do
sistema de direitos e a reorganização dos processos de distribuição econômica: “Atos de revolta pretende convidar os públicos a ler a história a
contrapelo e a se perguntar quem foram as pessoas que conceberam um projeto de
país. Que grupos triunfaram ou foram vencidos? Qual o papel dos artistas na
construção de imagens sobre o que hoje entendemos como independência? Que
personagens do passado impedem ou possibilitam a circulação de novas ideias?”.
Artistas brasileiros, de
gerações e geografias diversas,
foram convidados a pensar essa história desde os múltiplos levantes: Arissana
Pataxó (BA); Ana Lira (PE); Elian Almeida (RJ); Gê Viana (MA); Gustavo Caboco Wapichana (PR) com
Roseane Cadete Wapichana (RR); Marcela Cantuária (RJ) com a colaboração
das Brigadas Populares; Tiago Sant’Ana (BA); e Giseli Vasconcelos (PA) com Pedro Victor Brandão (RJ).
Além dos comissionamentos, a exposição inclui a remontagem de uma obra de Luana
Vitra (MG) e trabalhos recentes de Arjan Martins (RJ), Glicéria Tupinambá (BA),
Paulo Nazareth (MG) e Thiago
Martins de Melo (MA).
“Pensar em
como a produção contemporânea se relaciona com alguns marcos e de que forma os
artistas têm se apropriado da história para reelaborar o próprio fazer
artístico são pontos centrais da exposição”, afirma Thiago. “Esses trabalhos
nos ajudam a reconstruir narrativas e a fabular outras imagens para pensar o
presente”.
As obras contemporâneas são
apresentadas em diálogo com uma seleção de objetos e fragmentos dos
séculos 18 e 19 (pórticos, colunas, maçanetas, frisos e outras estruturas) do
acervo do Museu da Inconfidência, do Museu Histórico Nacional e do Convento Santo Antônio, no Rio de Janeiro,
sinalizando conceitualmente os resquícios e descontinuidades de uma
época que se mantém presente em
nosso cotidiano como um sintoma do período colonial. Completam a mostra oito
pinturas de Glauco Rodrigues (RS), pertencentes ao acervo do MAM Rio, que
propõem uma reflexão imagética sobre a construção do país.
Os trabalhos apresentados respondem a cinco eixos
conceituais que oferecem chaves de leitura para determinados acontecimentos: a
figura do herói e a posição de liderança política; as construções simbólicas
(bandeiras, hinos, brasões); os modos de organização e sua relação com
sistemas de direitos; a definição de territórios/cartografia; e os
processos de produção e circulação de valor.
“Ao longo de todo o ano de 2022, o
MAM Rio tem se dedicado a refletir sobre a história do Brasil, usando a arte
como ponto de partida. Para nós é importante que o museu esteja atento a seu
tempo, que assuma sua responsabilidade de contribuir em processos de formação e
educação. Nesse sentido, é importante que o trabalho seja feito em colaboração
com outras instituições que pensam o passado e o presente desde a arte e a
cultura, como o Museu da Inconfidência”, comenta Pablo Lafuente, codiretor
artístico do MAM Rio.
Atos de revolta: outros imaginários sobre independência se
desdobra em dois projetos semi-autônomos que acontecem simultaneamente: uma
mostra paralela com obras da artista Gê Viana, a ser apresentada no Palacete
Princesa Isabel, em Santa Cruz; e o projeto de Ana Lira, que toma a forma de
exposição interativa explorando as possibilidades emancipadoras das tradições
musicais do território brasileiro. A exposição contempla um programa educativo e uma
publicação com documentos e textos de ficção.
Essa
exposição tem o patrocínio da Livelo, Instituto Cultural Vale, Ternium,
Petrobras e Furnas através da Lei Federal de incentivo à cultura.
A partir do tripé arte-cultura-educação, o Museu
de Arte Moderna do Rio de Janeiro trabalha com a preservação, desenvolvimento e
compartilhamento de práticas de criação e pensamento. O MAM Rio tem atualmente
como patrocinadores estratégicos o Instituto
Cultural Vale, a Ternium e a Petrobras através da Lei Federal de
Incentivo à Cultura.
O museu promove a criação artística e cultural
como processo de formação de indivíduos e coletivos. Desde a sua fundação em
1948, atua como um importante agente, contribuindo com a movimentação social
dos territórios da cidade por meio da cultura.
O acervo de cerca de 16 mil obras é uma das mais
relevantes coleções de arte moderna e contemporânea da América Latina. O MAM
Rio realizou exposições que marcam as expressões e linguagens das artes visuais
até os dias de hoje, tendo abrigado desde sua criação importantes cenas
artísticas brasileiras, como o Cinema Novo e o neoconcretismo.
O MAM Rio também conta com patrocínio da B3, Eletrobras
Furnas, Livelo, Mattos Filho, BMA, Itaú, Taesa, Unipar, BTG Pactual, Gávea
Investimentos, UBS, Wilson Sons, Aliansce Sonae, Becks, Credit Suisse, Icatu,
MRS Logística S.A., Sherwin Williams, Verde Asset Management e Vinci Partners
através da Lei Federal de Incentivo à Cultura; Enel e Vivo através da Lei
Estadual de Incentivo à Cultura - Lei do ICMS; Deloitte, XP Private, Adam
Capital, Concremat, Globo e Multiterminais através da Lei Municipal de
Incentivo à Cultura - Lei do ISS RJ; Gafisa, Fundo Hees de Filantropia e
Samambaia Filantropias.
Sobre a Livelo
A Livelo é uma das
principais empresas de recompensas do Brasil. Com apenas seis anos de mercado,
já possui mais de 20 milhões de clientes e centenas de empresas parceiras em
seu site e app para acúmulo de pontos com compras online e resgate de produtos,
serviços e viagens. Na frente B2B, oferece soluções que auxiliam empresas de
qualquer setor a potencializar seu negócio, seja com pontos para incentivar
funcionários, fidelizar clientes ou vender mais. Saiba mais sobre a Livelo aqui.
SERVIÇO:
Atos de revolta: outros imaginários sobre independência
Abertura: 17 de setembro de 2022
Encerramento: 26 de fevereiro de 2023
MAM Rio
End:
Aterro do Flamengo - Rio de Janeiro
Tel: (21) 3883-5600
Instagram: @mam.rio
Horários:
Quintas, sextas, sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h
Aos domingos, das 10h às 11h, visitação exclusiva para pessoas com deficiência intelectual
Ingressos:
Contribuição sugerida, com opção de acesso gratuito
Valores sugeridos:
Adultos: R$ 20
Crianças, estudantes e +60: R$ 10
Ingressos on-line: www.mam.rio/ingressos