

Exposição “Afinidades ancestrais”
Exposição
- Nome: Exposição “Afinidades ancestrais”
- Abertura: 10 de março 2025
- Visitação: até 14 de março 2025
Local
- Local: Proarte Galeria
- Evento Online: Não
- Endereço: Alameda Gabriel Monteiro da Silva, 1644, Jardim América
6f se une a Proarte Galeria para interrogar os possíveis encontros entre arte e design
“Afinidades ancestrais” é uma ativação-exposição que interroga e celebra o vocabulário herdado de nossa situação afro-atlântica
Na Semana de Design de São Paulo, a ProArte Galeria recebe o lançamento da coleção de vasos de cerâmica chinesa Serengeti, inspirada na riqueza cultural e paisagística da África Oriental. A idealização é de Marcelo Felmanas que, junto a J. Wair de Paula Jr., tenta produzir um diálogo entre os objetos de design e a arte brasileira - notoriamente donatária da cultura afro-brasileira.
Serengeti, que significa “lugar infinito” ou “planície sem fim”, remete à majestosa região que abriga o Parque Nacional de Serengeti, santuário natural de beleza inigualável. Assim como a paisagem da região africana, os vasos da coleção evocam uma estética orgânica e atemporal, refletindo a grandiosidade da fauna, o brilho das estrelas no céu do continente e as tradicionais cercas das aldeias Maasai.
Referência na importação de móveis e objetos de design, a 6F Decorações coloca em destaque nesta mostra peças feitas à mão que dialogam com as expressões artísticas brasileiras ligadas às matrizes africanas. A pequena ativação-exposição, feita para a Semana de Design, acontece entre 10 e 14 de março, das 10h às 19h.
Afinidades ancestrais (J. Wair de Paula Jr.)
Pode-se afirmar que ancestralidade é a ligação que se possa ter com pessoas e/ou culturas que vieram antes. Podemos, portanto, pensar na ancestralidade como uma ponte que nos conecta ao passado, revelando de onde viemos, o que formou nossa cultura, gostos e tradições. Na realidade, a noção de ancestralidade pode ser amplamente categorizada em duas vertentes: biológica e cultural. A ancestralidade biológica pertence à linhagem genética de um indivíduo, enquanto a ancestralidade cultural abrange costumes, crenças e tradições. Esses dois aspectos geralmente estão intimamente interligados, pois as práticas e crenças culturais podem ser transmitidas de uma geração para outra, assim como os traços genéticos.
Esta pequena mostra procura traçar um paralelo entre as culturas dos povos africanos e a arte brasileira, explicitada através de nomes como Di Cavalcanti, Heitor dos Prazeres, Emanoel Araújo, Franz Krajcberg e outros. Busca-se demonstrar visualmente as possíveis ligações (assumidas ou não) entre estes grandes criadores e as culturas africanas.
Com referência às culturas africanas, apresentamos os vasos da coleção Serengeti, da 6F, executados em porcelana, mas que parecem ter sido feitos utilizando o barro ancestral. Desenhos simples, economia de cores, formas básicas, resultam em um produto de visual potente, elegante, atemporal.
Esse diálogo entre o design e a arte aqui se manifesta de forma clara, seja através da forma, seja pela composição, provocando uma dinâmica entre culturas e tempos distintos, entre a arte denominada erudita e a não-erudita.
Reconhecer e honrar nossa ancestralidade é lembrar de que, apesar de nossas diferenças, todos nós somos parte maior do que nós mesmos.
Serviço
Visitação: de 10 a 14 de março de 2025
Horário: de segunda a sexta, das 10h às 19h; sábados, das 10h às 16h
Endereço: Alameda Gabriel Monteiro da Silva, 1644, Jardim América