Exposição Abelardo Zaluar
Exposição

Exposição Abelardo Zaluar

Exposição

  • Nome: Exposição Abelardo Zaluar
  • Abertura: 08 de setembro 2025
  • Visitação: até 18 de outubro 2025

Local

  • Local: Galeria de Arte Ipanema
  • Evento Online: Não
  • Endereço: Rua Aníbal de Mendonça, 27, Ipanema – Rio de Janeiro

A redescoberta de Abelardo Zaluar


Galeria de Arte Ipanema, que celebra seus 60 anos de fundação em 2025, apresenta individual inédita com 25 obras do artista fluminense, revelando a atualidade de sua abstração



A Galeria de Arte Ipanema apresenta, a partir de 8 de setembro de 2025, a exposição inédita Abelardo Zaluar, dedicada a um dos nomes mais singulares da abstração geométrica brasileira. A mostra reúne, até 18 de outubro, 25 trabalhos em vinil sobre tela, produzidos entre as décadas de 1970 e 1980.


O texto crítico que acompanha a exposição é assinado pelo artista Gonçalo Ivo, ex-aluno de Zaluar, que recupera memórias de seu convívio com o mestre e ressalta a dimensão espiritual e humanista de sua obra: “Tenho para mim que, em sua passagem neste ínfimo mundo, Abelardo Zaluar (1924–1987) viveu e criou como um monge. Fez de seu ofício um sacerdócio. Humanista convicto, tal qual um Midas, transformou pigmentos, formas e espaços em um mundo de encantamento e transcendência espiritual”.


A obra de Zaluar

Nascido em Niterói, Abelardo Zaluar construiu uma trajetória marcada pela independência de filiações a grupos ou correntes, desenvolvendo uma linguagem própria que combina rigor geométrico e sensualidade barroca. Desde o início de sua carreira, nos anos 1940, transitou da figuração para a abstração, incorporando colagens, sobreposições de áreas de cor e experimentações com tridimensionalidade e trompe l’oeil.


Nos anos 1970, incorporou recortes, transparências e colagens de cartões e lâminas de acrílico, criando jogos sensoriais que ampliavam a dimensão pictórica de sua obra. Essa produção, frequentemente comparada por críticos como Mário Pedrosa e Frederico Morais a referências internacionais, como Ben Nicholson, permanece única no panorama brasileiro, ao mesmo tempo rigorosa e lúdica.


Trajetória e reconhecimento

Professor, pintor, desenhista e gravador, Zaluar participou de importantes coletivas e bienais entre as décadas de 1950 e 1980. Foi premiado no Salão Nacional de Arte Moderna (1963), recebeu destaque no Prêmio Leirner de Arte Contemporânea (1959), e realizou retrospectivas em instituições como o Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP) e o Museu de Arte Contemporânea do Paraná (MAC/PR).


A singularidade de sua produção, à margem das classificações dominantes da crítica, fez de sua obra um território de liberdade criativa, hoje redescoberto como uma das contribuições mais originais da arte brasileira moderna.


A exposição é acompanhada de um catálogo organizado pela Galeria de Arte Ipanema, com textos críticos e reproduções das obras, oferecendo uma visão abrangente da produção de Zaluar e sua influência na arte brasileira.


Mais sobre Abelardo Zaluar

Pintor, desenhista, gravador e professor. Nasce em Niterói - RJ, em 1924; e falece em 1987, em um acidente de carro. Entre 1944 e 1948, frequenta as aulas da Escola Nacional de Belas Artes (ENBA), no Rio de Janeiro. Na mesma década, cria, com outros colegas, a Escolinha de Arte do Brasil, tornando-se diretor-técnico da instituição carioca. Em 1959, conquista o primeiro lugar em desenho do Prêmio Leirner de Arte Contemporânea, na Galeria de Artes das Folhas, em São Paulo. Em 1967, ganha prêmio aquisição no 4º Salão de Arte Moderna do Distrito Federal e menção honrosa na 1ª Bienal Ibero-Americana de Pintura, na Cidade do México, em 1978. Participa de diversas mostras coletivas entre 1959 e 1987, como a Bienal Internacional de São Paulo, o Panorama de Arte Atual Brasileira, no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP), e o Salão Nacional de Arte Moderna (SNAM), no Rio de Janeiro, do qual recebe prêmio de viagem ao exterior em 1963. Em 1975 e 1979 expõe em retrospectivas no MAM/SP e no Museu de Arte Contemporânea do Paraná (MAC/PR), respectivamente. No ano seguinte apresenta trabalhos em ainda outra retrospectiva, desta vez no Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Margs). Faz parte de comissões de seleção e premiação de salões, como o 7º Salão Nacional de Artes Plásticas, em 1984, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ). Nos anos 1980, recebe título de professor emérito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Sua obra figura, também, em acervos de instituições como o MNBA-RJ, MAM-SP, MAC-Niterói e MASP-SP.


Sobre a Galeria de Arte Ipanema

A história da arte moderna e contemporânea brasileira acontece há cinco décadas numa galeria que merece se chamar Ipanema. Desde o seu surgimento, a Galeria de Arte Ipanema vem selando uma identidade própria no contexto da história da arte brasileira, ocupando assim um espaço de relevância fundamental para o despontar artístico no Brasil. Hoje consolidada, é considerada uma das mais importantes e antigas galerias do país.


Fundada em 1965 por Luiz Sève, que sempre esteve e segue à sua frente, a Galeria também contou com o expressivo trabalho de Frederico Sève entre 1968 e 1998. Seu primeiro endereço foi o Copacabana Palace mas, a partir de 1973, passou a ocupar o imóvel da Rua Aníbal de Mendonça, em Ipanema, na quadra da praia, onde se encontra há quase 37 anos.


Sempre à frente do seu tempo, a Galeria Ipanema também percorreu outros polos culturais, desenvolvendo trabalhos em São Paulo, onde se estabeleceu entre 1972 e 1980.  


Uma das principais precursoras do movimento modernista, a Galeria Ipanema reúne um acervo de peso e representatividade com obras de artistas internacionalmente reconhecidos como: Volpi, Milton Dacosta, Hélio Oiticica, Lygia Clark, Sérgio Camargo, Cruz-Diez, Soto, Mira Schendel, Vasarely, Di Cavalcanti, Portinari, Ivan Serpa, Guignard, Cícero Dias, Iberê Camargo, Antônio Bandeira, Pancetti, Tomie Ohtake, Waltércio Caldas, Frans Krajcberg entre outros.


A trajetória da Galeria Ipanema é pontuada pela realização de mostras de grande importância e significado, entre as quais se destacam especialmente as retrospectivas de Iberê Camargo (2006), com 46 obras do artista; a de Milton Dacosta (2005), composta por 86 das suas obras mais significativas; a de Hélio Oiticica (2005); e, principalmente, de Alfredo Volpi (2003), com 70 obras expostas e aclamada como um marco entre as exposições modernistas. Mais recentemente, a galeria realizou duas relevantes exposições do venezuelano Carlos Cruz-Díez.


A Galeria Ipanema conta na sua direção com Luciana Sève, filha de seu fundador, que vem somar para a continuidade de uma trajetória impressionante e marcante no cenário brasileiro e internacional de arte.


SERVIÇO:

Exposição: Abelardo Zaluar


Abertura: 8 de setembro de 2025, às 18h30

Encerramento: 18 de outubro de 2025


Local: Galeria de Arte Ipanema 

End: Rua Aníbal de Mendonça, 27 

Ipanema, Rio de Janeiro

Tels: (21) 2512-8832 | (21) 99327-9321 (Whatsapp)


Site: https://galeria-ipanema.com/

Instagram: https://www.instagram.com/galeriadearteipanema/

Contato: contato@galeria-ipanema.com


Visitação: segunda a sexta, das 10h às 19h; sábado, das 11h às 15h

Entrada gratuita | classificação livre

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