

Ocupação Esquenta COP
Exposição
- Nome: Ocupação Esquenta COP
- Abertura: 18 de julho 2025
- Visitação: até 04 de novembro 2025
Local
- Local: Museu do Amanhã
- Evento Online: Não
- Endereço: Praça Mauá, 1, Centro
Museu do Amanhã apresenta exposição inédita de Claudia Andujar
Ao lado de outras duas mostras temporárias, obras da fotógrafa inauguram a Ocupação Esquenta COP, que propõe uma programação intensa até novembro e deixa como legado 1200m² de área expositiva
O que é e para que serve a COP? Por que ela é tão importante? Este mês, o público do Museu do Amanhã será convidado a responder por conta própria a tais perguntas. Para isso, a instituição aposta na arte como um instrumento democratizador dos debates gerados pelo evento. E aposta alto! A partir de 18 de julho, o Museu apresenta a Ocupação Esquenta COP, trazendo a exposição inédita "Claudia Andujar e seu Universo: Ciência, Sustentabilidade e Espiritualidade", com a obra da fotógrafa suíça radicada em São Paulo – com coração radicado Yanomami; "Água Pantanal Fogo", com fotos de Lalo de Almeida e Luciano Candisani sobre beleza e destruição; além de Tromba D'água", com pinturas e instalações de artistas latinas.
A Ocupação Esquenta COP contará com uma programação intensa que antecipa os debates da COP 30 e preenche o museu com debates públicos, rodas de conversa, aulões, oficinas e apresentações musicais, além das exposições, até novembro. Com ela, serão inaugurados 1200m² de área expositiva, a ser deixada como legado para mostras temporárias futuras. A iniciativa faz parte da comemoração dos dez anos do Museu do Amanhã, celebrados em dezembro próximo, e reforça o seu papel como palco onde discussões relevantes acontecem.
Exposições:
Em "Claudia Andujar e seu Universo: Ciência, Sustentabilidade e Espiritualidade", que tem a Bloomberg como apoiadora, uma expansão do olhar poético da artista de 94 anos para natureza, além de um reconhecimento em vida de sua importância singular para os povos Yanomami. Com curadoria de Paulo Herkenhoff, a mostra apresenta vídeos, desenhos e instalações que revelam múltiplas perspectivas sobre memória, cultura e os desafios enfrentados por comunidades indígenas e tradicionais. As 130 fotografias de Andujar irão dialogar com trabalhos de outros grandes artistas de várias gerações, em destaque: Cildo Meireles, Denilson Baniwa, Walter Firmo, Sebastião Salgado, Maureen Bisilliat e, entre os mais jovens, Xadalu e Seba Calfuqueo.
Claudia Andujar transformou sua arte em um ato de resistência e cuidado. Sua obra não apenas documenta, mas atua como uma espécie de linha que costura o natural, o científico e o sagrado. A exposição cria pontes também entre seu trabalho e o de outros grandes artistas que estão apontando para lugares semelhantes. "Claudia Andujar colocou sua câmera a serviço da natureza. Sua trajetória também aponta para outra dimensão da sustentabilidade: a de uma arte que se refaz, se ressignifica e permanece em trânsito. Sua fotografia nunca se fecha como documento fixo; é reaberta ao presente como linguagem viva", afirma Paulo Herkenhoff, curador da mostra.
Em paralelo, na Galeria do Tempo, a exposição "Água Pantanal Fogo", fruto da recente parceria entre o Museu do Amanhã e o Instituto Tomie Ohtake, traz uma reflexão sobre esse bioma tão único e tão brasileiro que vem sofrendo as trágicas consequências da intervenção humana. Sob a curadoria de Eder Chiodetto, os fotógrafos Lalo de Almeida - vencedor do World Press Photo – e Luciano Candisani trabalham como "cronistas visuais" entre o esplendor da vida natural em simbiose com a água e a devastação do fogo.
Já a exposição "Tromba D'Água", com entrada gratuita na Galeria Leste, reúne 27 trabalhos de 14 artistas mulheres latino-americanas: Alice Yura, Azizi Cypriano, Guilhermina Augusti, Jeane Terra, Luna Bastos, Marcela Cantuária, Mariana Rocha, Rafaela Kennedy, Roberta Holiday, Rosana Paulino, Suzana Queiroga e Thais Iroko, Marilyn Boror Bor (Guatemala) e Natália Forcada (Argentina). A partir de pinturas, esculturas, fotografias e videoarte, a mostra das curadoras Ana Carla Soler, Carolina Rodrigues e Francela Carrer reflete sobre histórias e saberes transmitidos por mulheres que enfrentam e rompem barreiras, inspirando-se no fenômeno natural da tromba d'água como metáfora de transformação coletiva.
"A arte sempre esteve presente no Museu do Amanhã como linguagem essencial para provocar imaginação, emoção e pensamento crítico. Agora, estamos intensificando essa vocação, reforçando essa dimensão com ainda mais potência e continuidade. Com a Ocupação Esquenta COP, queremos afirmar a arte como um verdadeiro manifesto pelo futuro: uma forma de engajar, sensibilizar e inspirar ações concretas diante das urgências do nosso tempo", declara Fabio Scarano, curador do Museu do Amanhã.
Dez anos de Museu do Amanhã
Em dezembro de 2025, o Museu do Amanhã comemora uma década de existência. E que década! Atravessada por uma pandemia e pela emergência climática, o Museu do Amanhã se manteve de pé! E não apenas resiste, como inova e vai além! Hoje, consolidado como um dos museus mais visitados do Brasil, apresenta números impressionantes em seu balanço e anuncia novidades, entre elas a renovação progressiva de sua exposição de longa duração.
No início de 2025, o Museu celebrou um marco: 7 milhões de visitantes passaram pelo átrio do imponente prédio branco. Seria uma nave espacial? Uma bromélia? Ou a boca de um jacaré? Não importa! O projeto arquitetônico de Santiago Calatrava foi e ainda é um sucesso entre quem passa pela Praça Mauá. Mas o que o Museu do Amanhã gosta mesmo de celebrar é que mais de 40% de seu público não é frequentador de museus, e 22% visita um museu pela primeira vez.
"Somos porta de entrada para o rico universo dos museus, que até hoje pode ser elitista e excludente, mas não deveria", orgulha-se Cristiano Vasconcelos, diretor da instituição. Ainda segundo ele, o segredo desse sucesso vem do trabalho realizado pelo idg (Instituto de Desenvolvimento e Gestão) na administração da casa, regido pelas diretrizes e regramento da Prefeitura do Rio de Janeiro. "Temos um modelo de gestão sustentável e inovador, cujas receitas vêm de múltiplas fontes. A principal delas é a captação feita via Lei Rouanet, mas também dependemos de bilheteria, locação de nossos espaços para eventos, patrocínios, além da concessão de espaços como o restaurante e a loja de souvenirs. Assim, conseguimos nossa total autonomia financeira", explica.
Fechando um balanço de cerca de 55 exposições temporárias e 17 virtuais, mais de mil atividades — entre palestras, workshops, oficinas e debates — que receberam mais de 113 mil participantes, além de 290.000 pessoas alcançadas pelos seus programas educativos, o Museu do Amanhã entra em um momento de renovação, sem abrir mão de seus pilares: o conhecimento científico, a sustentabilidade e a diversidade.
Sobre o Museu do Amanhã
O Museu do Amanhã é gerido pelo Instituto de Desenvolvimento e Gestão — idg. O projeto é uma iniciativa da Prefeitura do Rio de Janeiro, concebido em conjunto com a Fundação Roberto Marinho, instituição ligada ao Grupo Globo. Exemplo bem-sucedido de parceria entre o poder público e a iniciativa privada, o Museu conta com o Banco Santander Brasil como patrocinador master, a Shell, Movida e Instituto Cultural Vale como mantenedores e uma ampla rede de patrocinadores que inclui ArcelorMittal, Engie, IBM, Volvo e TAG. Tendo a Globo como parceiro estratégico e Copatrocínio da B3, Mercado Livre e Águas do Rio, conta ainda com apoio de Bloomberg, Colgate, EMS, EGTC, EY, Granado, Rede D'Or, Caterpillar, TechnipFMC e White Martins. Além da DataPrev, Fitch Ratings e SBM OffShore apoiando em projetos com a Lei de Incentivo Municipal, conta com os parceiros de mídia Amil Paradiso, Rádio Mix, Revista Piauí, Canal Curta ON e Assessoria Jurídica feita pela Luz e Ferreira Advogados.
Sobre o idg
O idg - Instituto de Desenvolvimento e Gestão é uma organização social sem fins lucrativos especializada em conceber, implantar e gerir centros culturais públicos e programas ambientais. Atua também em consultorias para empresas privadas e na execução, desenvolvimento e implementação de projetos culturais e ambientais. Responde atualmente pela gestão do Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, Paço do Frevo, em Recife, Museu das Favelas, em São Paulo, e Museu das Amazônias, em Belém. Atuou ainda na implantação e na gestão do Museu do Jardim Botânico do Rio de Janeiro como gestor operacional do Fundo da Mata Atlântica e como realizador das ações de conservação e consolidação do sítio arqueológico do Cais do Valongo, na região portuária do Rio de Janeiro. Também foi responsável pela concepção e implementação do projeto museológico do Memorial do Holocausto, inaugurado em 2022 no Rio de Janeiro. Saiba mais no link.
Serviço
Ocupação Esquenta COP
Local: Museu do Amanhã – Praça Mauá, 1, Centro, Rio de Janeiro
Data: 18 de julho a 4 de novembro de 2025
Horário: De quinta a terça-feira, das 10h às 18h
Informações: www.museudoamanha.org.br