Exposições "Vértice-Abismo", de Luciana Paiva, e "Meu Galeno", de Francisco Galeno
Exposição

Exposições "Vértice-Abismo", de Luciana Paiva, e "Meu Galeno", de Francisco Galeno

Exposição

  • Nome: Exposições "Vértice-Abismo", de Luciana Paiva, e "Meu Galeno", de Francisco Galeno
  • Abertura: 02 de agosto 2025
  • Visitação: até 13 de setembro 2025

Local

  • Local: Referência Galeria de Arte
  • Evento Online: Não
  • Endereço: CLN 202 Bloco B Loja 11 Subsolo – Asa Norte

Referência 30 anos

 

Vértice-Abismo, de Luciana Paiva, e homenagem a Francisco Galeno ocupam a Referência Galeria de Arte


 

Em agosto, duas exposições ocupam a Referência Galeria de Arte. Em sua primeira individual na galeria, Luciana Paiva apresenta "Vértice-Abismo". A mostra reúne obras que questionam o valor do gesto manual em um mundo digital, afirmando o corpo como instrumento político e poético. Com curadoria de Graça Ramos, a artista traz para a Sala Principal objetos escultóricos em materiais diversos, como o papel e o metal, e uma videoperformance resultante do processo construtivo de uma de suas obras. Na Sala Acervo, a galeria realiza a mostra retrospectiva afetiva "Meu Galeno", em homenagem ao artista Francisco Galeno, falecido em maio deste ano. A exposição reúne peças de coleções privadas do Distrito Federal e obras do acervo da galeria produzidas em seus ateliês de Parnaíba (PI) e de Brazlândia (DF). 


As mostras abrem ao público no dia 2 agosto, às 17h e ficam em cartaz até o dia 13 de setembro, com visitação de segunda a sexta, das 10h às 19h, e sábado das 10h às 15h. A entrada é gratuita e livre para todos os públicos. A Referência Galeria de Arte fica na CLN 202 Bloco B Loja 11 Subsolo, Asa Norte, Brasília - DF. Telefone: +55 (61) 3963-3501; WhatsApp: +55 (61) 981-623-111. No Instagram, @referenciagaleria.



Vértice-Abismo


De | Luciana Paiva

Curadoria | Graça Ramos

Sala Principal


Em "Vértice-Abismo", Luciana Paiva reúne três conjuntos de obras inéditas realizadas entre 2024 e 2025. "Vertigem 451" é um painel de treliças cortadas manualmente, apresentado junto ao vídeo que registra o processo meticuloso de construção da obra. "A relação temporal também aparece no título do trabalho, 451 é a quantidade de horas que foram empregadas para realizar o painel", ressalta a artista. Já as esculturas modulares de metal chamadas Voo 1, 2 e 3 têm como ponto de partida o estudo das "ogivas" do artista Alfredo Volpi. Também integra a mostra um conjunto expressivo de livros da série 'Desmesuras', realizados a partir da interferência de papéis azuis sobre livros antigos em miniatura.


Luciana explora o aparente paradoxo entre ordem e desmesura através de obras que unem rigor geométrico e mergulho sensorial. "Essas questões já estavam presentes no meu trabalho, mas eram apresentadas a partir da relação com a escrita e no uso do texto e dos caracteres como imagem. Nessa exposição essas relações ficam em segundo plano", afirma a artista visual.


Graça Ramos informa em seu texto curatorial que o conjunto de trabalhos que forma a mostra está regido pela abstração. As obras ultrapassam o limite de percepção imediata. Elas passam a suscitar inesperados efeitos óticos – por vezes hipnóticos – e a produzir inúmeros questionamentos.  "A abstração geométrica me interessa pela amplitude do que ela pode abarcar, ela está na natureza assim como está no pensamento", diz Luciana.


"No jogo entre a economia da forma física, a repetição dos elementos, e a provocação de sensações, se a intensidade estrutura a poética, o recado da artista é político", ressalta a curadora. E completa: "Luciana revela um posicionamento político sutil: interpela-nos sobre o valor do tempo investido na criação."



Sobre a artista


Luciana Paiva é artista, participa de exposições regulares desde 2004 atuando também como professora e na organização e curadoria de eventos em arte. Bacharel em Artes Visuais, mestre em Poéticas Contemporâneas e doutora em Métodos e Processos em Arte pela Universidade de Brasília (PPGAV/UnB). Desde 2017 integra o grupo de artistas-gestores do Pé Vermelho Espaço Contemporâneo em Planaltina – DF. Em 2011 cursou o Programa Aprofundamento da Escola de Artes Visuais do Parque Lage no Rio de Janeiro e participou do "Rumos de Artes Visuais 2011-2013". Em 2019, foi uma das artistas selecionadas para o 29o Programa de Exposições do Centro Cultural São Paulo apresentando a exposição individual Cidade Partida. Em 2022, realizou a exposição individual "Ar-reverso" no Espaço Cultural Renato Russo em Brasília. Seu trabalho artístico lida com a visualidade e materialidade do texto, a ilegibilidade e a estrutura da linguagem. Faz uso de procedimentos construtivos e desconstrutivos para reconfigurar elementos da paisagem urbana, da arquitetura e dos códigos da escrita.

 


Sobre a curadora


Jornalista, Graça Ramos é doutora em História da Arte pela Universidade de Barcelona e mestre em Literatura pela Universidade de Brasília. Pesquisadora e curadora independente, concentra-se em estudar expressões da arte e da arquitetura produzidas em Brasília.


É autora de "O apagamento de Volpi: presença em Brasília"; "Maria Martins: escultora dos trópicos" e "Palácio do Planalto: entre o cristal e o concreto". Em coautoria com Eduardo Rossetti, publicou "Palácio Itamaraty: a arquitetura da diplomacia". Com Beth Cataldo, organizou o livro "Brasília aos 50 anos: que cidade é essa?" Coordenou ainda a Coleção Brasilienses, dedicada a perfis de personalidades ligadas à cultura de Brasília.


Recentemente, foi responsável pela concepção da Coleção Palácios da Democracia, dedicada ao público infantojuvenil, que trata dos Palácios do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal.


 


Meu Galeno


Mostra de obras em coleções de Brasília

Sala Acervo



"Galeno fez arte de gente grande e fez "arte" de criança. Seu trabalho é leve, ingênuo, feliz. Quase infantil. Os "brinquedos" que ficaram espalhados precisam ser agora reunidos para que possamos reafirmar a grandeza e a força da sua obra."


Onice Moraes, galerista



Francisco Galeno foi um dos artistas plásticos mais importantes de Brasília. Falecido em junho de 2025, sua obra é repleta de referências às suas ancestralidades, infância no Delta do Parnaíba (PI) e sua vida em Brasília. "Na minha arte não entra um prego que não seja carregado de história afetiva", dizia Galeno, criado em Brazlândia, onde tinha seu ateliê e costumava receber os amigos e colecionadores nos períodos em que visitava aos familiares, alternando com seu ateliê em sua cidade natal, Ilha Grande, Parnaíba, Piauí. Em sua última exposição realizada em Brasília, reforçou o caráter de sua obra camaleônica, uma verdadeira festa popular brasileira. "O camaleão foi um bicho que influenciou muito a minha pintura. Ele muda de cor para escapar do bicho predador". Assim, também, seu trabalho se metamorfoseia, ganha uma nova pele e incorpora uma nova modulação de cores. Essas são algumas das razões de a obra de Galeno encantar o público e criar um forte vínculo com o artista.  


É a partir do relacionamento dos colecionadores com a obra do artista que a mostra "Meu Galeno" se estrutura. A galerista Onice Moraes contatou alguns colecionadores que têm em seus acervos obras do artista, de diferentes séries, suportes e técnicas.  "Cientes da importância de mostrar esses belos trabalhos que deixaram o ateliê do artista, na galeria e em suas residências, os colecionadores disponibilizaram os "seus Galenos" para serem vistos pelo público", afirma Onice Moraes. "Nesta exposição, foram reunidos trabalhos de diversas séries e períodos, trabalhos que muitas vezes não chegaram à vista do público, porque do ateliê do artista seguiram para a galeria e de lá para a casa dos clientes", ressalta a galerista.


Galeno não foi apenas pintor. Ele atuou em várias direções: escultura, roupas, instalações. Quando era moleque, seu sonho era ser jogador de futebol e desenhou uma camisa para o time do Brazlândia: "A camisa do Brazlândia não tinha identidade. Um jogo de futebol é como se fosse uma exposição para milhares de pessoas". Em seguida, trabalhou em um projeto para homenagear os loucos de estrada, que ele chama de "loucos de BR". O trabalho é inspirado no artista Arthur Bispo do Rosário: "A ideia surgiu de minhas viagens de carro para o Piauí, onde eu sempre encontro esses loucos de BR. São artistas, sempre juntam algum objeto para se enfeitar. Quero também fazer uma roupa muito louca, com um chapéu colorido e usar latas de sardinhas e anzóis como adereços. Vou combinar com as crianças para que elas me acompanhem pelas ruas, soltando pipas no ar."


Cederam gentilmente seus Galenos para a mostra as coleções Antônio Henrique e Gavin Louis; BLM; Clara Becker; Klécio Santos; Manuela Amaral; Montes Garcia; Moraes e Oliveira; e Philipe Rossi.  



Referência 30 anos  


No dia 25 de novembro de 1995, Onice Moraes e José Rosildete de Oliveira inauguraram a Referência Galeria de Arte. Em sua primeira mostra, a galeria abriu ao público com uma exposição icônica que trouxe para Brasília uma exposição inédita de Amilcar de Castro. A essa, seguiram-se várias exposições importantes como individuais de Athos Bulcão, Carlos Vergara, Claudio Tozzi, e de jovens artistas que hoje são destaque na cena das artes. Em 2004, junta-se à sociedade Paulo Moraes de Oliveira, filho do casal, que passa a administrar e tomar parte nas decisões estratégicas da empresa.  Com 30 anos de atuação no mercado de arte, a Referência traz para o ambiente da galeria e para espaços institucionais artistas com trajetórias consolidadas, em meio de carreira e iniciantes, em especial de Brasília e do Centro-Oeste.


A galerista Onice Moraes ressalta a importância de apresentar e dar visibilidade aos artistas visuais e curadores da região central do Brasil e de outras regiões fora dos eixos hegemônicos do sistema da arte brasileiro como forma de oferecer ao artista a oportunidade de ter seus trabalhos adquiridos pelo público e pelas instituições.


"As coleções de arte, sejam de colecionadores iniciados ou de iniciantes, precisam incluir os artistas de sua região e de seu tempo. Arte é investimento, é decoração e, acima de tudo, é um registro da história e da reflexão sobre um momento específico dessa construção histórica", diz Onice Moraes. "Um dos papéis do galerista é orientar a mirada dos colecionadores para esses artistas que produzem em sua vizinhança. Todos podem se beneficiar com a inclusão de artistas da região nas coleções privadas: as coleções ganham importância, ficam mais representativas e diversas", afirma a galerista.


 

Serviço


"Vértice-Abismo"

Treliças, livros-objetos, esculturas e vídeo


De | Luciana Paiva

Curadoria | Graça Ramos


Sala Principal


Abertura | 02/08, 17h


Visitação | Até 13/09


                    De segunda a sexta, das 10h às 19h


                    Sábado, das 10h às 15h


Entradas | Gratuita


Classificação indicativa | Livre para todos os públicos


 


"Meu Galeno"

Pinturas, esculturas e objetos


Obras de Francisco Galeno presentes em coleções privadas


Sala Acervo


Abertura | 02/08, 17h


Visitação | Até 13/09


                    De segunda a sexta, das 10h às 19h


                    Sábado, das 10h às 15h


Entradas | Gratuita


Classificação indicativa | Livre para todos os públicos


Agradecimentos | Coleções Antônio Henrique e Gavin Louis; BLM; Clara Becker; Klécio Santos; Manuela Amaral; Montes Garcia; Moraes e Oliveira; e Philipe Rossi.  


 


Onde | Referência Galeria de Arte


Endereço | CLN 202 Bloco B Loja 11 Subsolo


                   Asa Norte – Brasília – DF


Telefone | +55 (61) 3963-3501


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