

Exposição "Xilograffiti"
Exposição
- Nome: Exposição "Xilograffiti"
- Abertura: 05 de maio 2022
- Visitação: até 28 de abril 2022
Local
- Local: Sesc Consolação (Espaço de Convivência)
- Evento Online: Não
- Endereço: Rua Doutor Vila Nova, 245 – Vila Buarque, São Paulo
Sesc
São Paulo inaugura exposição Xilograffiti,
com curadoria de Baixo Ribeiro, na unidade Consolação
A mostra
promove o encontro de linguagens artísticas populares e regionais, como a
xilogravura e o graffiti, e apresenta obras de artistas e coletivos como
Derlon, J. Borges, Lira Nordestina, Atelier Piratininga e Lau Guimarães
Exposição
inaugura dia 04 de maio e prevê intervenção na empena do prédio do Sesc
Consolação, além de um espaço dedicado às obras, onde
ocorrem diversas oficinas e encontros, com a participação do público e dos
artistas
A partir do próximo dia 04 de maio, o
Sesc Consolação inaugura a exposição Xilograffiti, com curadoria de Baixo
Ribeiro e obras populares de origens distintas, que promovem a confluência
e o embate entre a xilogravura e o graffiti. Os trabalhos dos artistas e
coletivos presentes na mostra – cujas
linguagens e referências culturais podem sugerir mais diferenças do que aproximações
para o imaginário coletivo – apresentam
muitos pontos convergentes, em especial na forma como são construídas, em
caráter inclusivo, colaborativo e participativo.
Para o
curador, “Mais do que linguagens artísticas,
a xilo e o graffiti transformaram-se em símbolos culturais que atraem artistas
e públicos engajados na sua perpetuação. Apesar de aparentemente distantes por
seus contextos de origem, ambos fazem parte de culturas que se conectam: de um
lado a goiva sulca a madeira da matriz xilográfica, do outro lado o estilete
corta a máscara de stencil; enquanto nas feiras populares surgem as bancas de
cordel, nas feiras de gráficas independentes surgem as banquinhas de zines; se
na praça da matriz acontece o duelo de repentistas, na quebrada rola a batalha
de slam”.
O
público terá a oportunidade de se deparar com uma rica produção artística e
ativar, tendo acesso a obras de xilogravuras do acervo Sesc, um varal com
coleção de cordéis e cartazes de lambe-lambe com suas matrizes, entre outras,
em uma exposição em movimento e construção, onde diversos trabalhos serão
incorporados ao espaço expositivo de maneira individual ou coletiva até o
término da visitação da exposição, no final de julho.
Na mostra,
o recorte curatorial buscou contemplar uma diversidade no que diz respeito à
territorialidade, técnicas, dimensões e processos. Pensando nessa diversidade, a curadoria também contemplou artistas e
coletivos de mulheres em uma seara com tradição de criação predominantemente
masculina.
Além de
J. Borges (Bezerros-PE); Lira Nordestina (Juazeiro do Norte-CE);
Samuel Casal (Caxias do Sul-RS); Atelier Piratininga (São Paulo-SP); Turenko (Manaus-AM); Paulestinos (São Paulo-SP); Oficina Tipográfica (São Paulo-SP); Romildo Rocha (São Luís-MA) e Derlon (Recife-PE), estão presentes na
mostra Xicra convida soupixo, Andréa
Sobreiro e Carol Piene (CE); 23ª
edição do Projeto Armazém – Mulher Artista Resiste (Florianópolis-SC) e Lau Guimarães (São Paulo-SP). As obras
de tais artistas estarão agrupadas por núcleos temáticos.
NÚCLEOS E OBRAS
- Cordel
Raiz: com trabalhos de J. Borges e Lira Nordestina, é apresentada essa
forma de fanzine independente, que articula humor e crítica social impresso em oficinas
xilo-tipográficas. Obras de J. Borges, pertencentes ao acervo do Sesc,
são registros de uma cultura popular de aspecto documental inserida em
determinado contexto histórico. Seu trabalho é trans-histórico e cumpre, nesse
sentido, a função social da obra de arte. Uma coleção de cordéis produzidos
pela gráfica histórica Lira Nordestina está exposta em varais.
- Cordel Contemporâneo: com obras de
Xicra, Bestas Marginais e soupixo, o Cariri – região que aproxima os
estados do Ceará, Pernambuco, Paraíba e Piauí – se faz presente com o
cordelismo atualizando o conceito original do zine de guerrilha, impresso em
xilo ou xerox, dobrado e panfletado. Para a
exposição, há uma colagem coletiva de cartazes e lambe-lambes, reunindo a
produção de artistas que vivem na cidade do Crato, na região do Cariri. No
painel, a reverência ao cordel raiz se faz presente, mas há também uma intenção
em abordar temas atuais numa espécie de reivindicação de outras posturas
visuais do mundo contemporâneo
- Xilo Urbana:
apresenta os artistas e coletivos Atelier Piratininga, Turenko e Samuel Casal.
A cidade grande é o cenário e as gráficas independentes são os pontos de
encontro dos novos artistas urbanos. O Piratininga
traz uma colagem de lambe-lambes impressos a
partir de doze matrizes em grande formato, que, juntas, formam a histórica obra
do artista renascentista alemão Albrecht Dürer (1471-1528). As matrizes foram
produzidas por 26 artistas, entre participantes novos e antigos. Já o artista Turenko apresenta um mural de piso em
linóleo com palavras e imagens onde cultura urbana e amazônica se misturam. O
trabalho é fruto de uma pesquisa iconográfica, valendo-se de referências da
cultura popular, do imaginário pop e da gráfica indígena. Por fim, Samuel Casal entalha, no local da exposição, uma parede de madeira como uma
matriz de xilogravura.
- Lambegrafia: estão 23ª edição
do Projeto Armazém - Mulher Artista Resiste e os Paulestinos, trazendo o
elemento cartaz como propaganda e arte: comunicando, explicando, criticando,
informando, escrachando ou festejando. O lambe-lambe vem para desconstruir a
tradição do cartaz, transformando seu conteúdo em manifestação e poesia.
Paulestinos apresentam uma colagem em grande
formato, composta por lambe-lambes poéticos e imagens que fundem referências do
cangaço e dos mangás, unindo a construção de imagens digitais com a poesia
visual contemporânea, enquanto a 23ª edição do Projeto Armazém – Mulher
Artista Resiste apresenta um painel com cartazes produzidos em diversas
técnicas e suportes que reúne trabalhos de 100 artistas participantes, a partir
do convite da curadora Juliana Crispe.
- Tipograffiti:
no espaço onde ficam o Coletivo Oficina Tipográfica e Lau Guimarães, a letra
impressa é o ponto de partida da jornada para a socialização do conhecimento. A
letra, a palavra e a poesia são as ferramentas que fazem a humanidade topar com
seus próprios limites e conseguir ultrapassá-los. Por meio da colocação
sequencial dos cartazes mais marcantes e simbólicos da sua produção
tipográfica, outro painel em exibição é dedicado à história da Oficina Tipográfica São Paulo. No
trabalho de Lau Guimarães, as palavras são matéria de criação da narrativa estética da
artista, que se nutre de histórias dos transeuntes para compor suas obras, em
sua maioria dispostas em lugares estratégicos de passagem no espaço público.
Numa espécie de jogo tipográfico, em que as técnicas do estêncil se unem, seus
trabalhos ganham nova abordagem quando expostos dentro do espaço institucional.
- Graffiti
Xilográfico: aqui, Derlon e Rocha são responsáveis por guardar um olhar
voltado para o passado e lembrar que a liberdade criativa atual foi conquistada
por aqueles que abriram os caminhos. O graffiti admira a cultura da xilo, que
sintetiza em preto no branco a estética direta da contracultura, amplificando
vozes. O
mural de Derlon é pintado
diretamente sobre uma parede e estabelece uma nova dimensão gráfica para o
ambiente da sala expositiva. A escala urbana com que o artista lida propicia a
interação com grandes espaços internos, criando novas situações arquitetônicas
por meio da transformação da parede em paisagem. A obra de Rocha é um grande mural que surge do alto da empena cega do
edifício do Sesc Consolação, propondo um diálogo entre a cultura pop urbana e a
cultura popular do Nordeste.
INTERVENÇÃO ARTÍSTICA NA EMPENA,
OFICINAS E ENCONTRO COM ARTISTAS
A
exposição, que se dá no Sesc Consolação – localizado na Vila Buarque –
promoverá, também, uma grande intervenção na empena de seu prédio. A unidade,
inserida em um contexto territorial urbano onde é bastante comum a presença de
manifestações artísticas como as apresentadas na mostra (graffitis,
lambe-lambes, cartazes etc.), ganhará uma pintura com dimensão monumental de
Romildo Rocha, a ser realizada no dia 17 de abril a 03 de maio.
Além da
intervenção, serão oferecidos cursos, oficinas e encontros com os artistas ao
longo do período em que a mostra estiver em cartaz.
SERVIÇO
Exposição: Xilograffiti
Local: Sesc
Consolação (Espaço de Convivência)
Rua Doutor Vila Nova, 245 – Vila Buarque, São Paulo
Abertura
4 de maio de 2022, às 20h
Visitação
de 05 de maio a 31 de julho
Terça a sábado, das 10h às 21h
Domingos e feriados, das 10h às 18h
Agendamento de grupos:
agendamento.consolacao@sescsp.org.br