

Exposição "Transformação da coisa", de João Paulo Paixão, Silvia Ruiz e Vitor Mazon
Exposição
- Nome: Exposição "Transformação da coisa", de João Paulo Paixão, Silvia Ruiz e Vitor Mazon
- Abertura: 16 de agosto 2025
- Visitação: até 06 de setembro 2025
Local
- Local: Alê Espaço de Arte
- Evento Online: Não
- Endereço: Rua California, 706 , Brooklin
Exposição reúne trio de artistas para questionar a visão utilitária da madeira
João Paulo Paixão, Silvia Ruiz e Vitor Mazon apresentam trabalhos que buscam mostrar a transformação desse material
Em 16 de agosto, os artistas João Paulo Paixão, Silvia Ruiz e Vitor Mazon inauguram a exposição "Transformação da coisa", projeto vencedor do 4º Edital Ocupação do Alê Espaço de Arte. Com curadoria de João Pedro Pedro, a exposição mistura trabalhos de diferentes técnicas, esculturas, fotografia, gravuras e objetos - em que todos têm a madeira como fio condutor.
"Em Transformação da Coisa, o foco está nos modos como a matéria - especialmente a madeira - é manipulada, recombinada e deslocada de sua função original," escreve João Pedro Pedro, no texto curatorial da exposição. "Procura-se ampliar a compreensão da Arte Contemporânea por meio de uma experiência visual que articula, em um recorte específico, sobre seus processos de transformação".
Partindo de uma leitura sobre o conceito de obra de arte do filósofo Martin Heidegger, a exposição reúne obras que evidenciam diferentes estágios da madeira: da matéria bruta à forma utilitária, e desta à construção artística.
João Paulo Paixão transforma a madeira sem alterar sua materialidade, criando esculturas onde o material parece expandir-se organicamente de si mesmo; Silvia Ruiz, na série Isto não é uma cadeira, desloca o objeto utilitário para o campo da arte, permitindo que o vejamos como pura forma e matéria; já Vitor Mazon, na série Sarrafos, fotografa a madeira em seu estado bruto e intervém na imagem para revelar um vislumbre de sua essência, subvertendo a moldura — que deixa de ser mero ornamento para assumir-se também como obra.
A abertura acontece dia 16 de agosto, sábado, das 14h às 18h no Alê Espaço de Arte, Rua Califórnia, 706, Brooklin, com a presença dos artistas e do curador. A exposição fica em cartaz até o dia 6 de setembro, sábado.
Sobre os artistas
João Paulo Paixão
Nascido em Avaré (SP) em 1996, é um artista visual cuja prática investiga a relação entre memória, materialidade e corpo. Trabalha com desenho, escultura, colagem e combinações entre essas linguagens, valorizando o gesto espontâneo e os discursos do próprio material. Formado em Artes Visuais pela Belas Artes de São Paulo em 2022, participou do Laboratório OMA Galeria em 2023 e realizou exposições individuais como O Coração da Madeira (UFSJ, 2023) e Caminhos (Casa Amarela, 2022).Também integrou diversas exposições coletivas, incluindo A Beleza (Desútil) da Madeira (2024), Crisálida (2024), Instabilidade Fundamental (2023), Meu Tempo é Quando (2021), entre outras. Seu trabalho foi destaque em publicações como a Revista Zupi (ed. 72), Revista Têmpera (ed. 17) e Revista Artbluum (ed. 2), todas em 2024.
Silvia Ruiz
Pós-graduada em Arte: Crítica e Curadoria pela Pontifícia Universidade Católica, PUC - 2012 e Licenciada em Artes Visuais pela Universidade Estadual Paulista, Unesp - 2002. Frequentou workshops de fotogravura e gravura em metal sob orientação de Sheila Goloborotho e Cláudio Mubarac, no Museu Lasar Segall em São Paulo. Consolidou sua formação em gravura no Atelier Graphias, sob orientação de Salete Mulin. Foi contemplada, em 2016, com uma bolsa na Fundacíon CIEC - "Centro Internacional de la Estampa Contemporânea", em La Corunã, no Programa !Intercâmbio Artístico" do MINC para estudar e desenvolver a técnica da litogravura. Busca apronfudar as intersecções entre gravura e arte contemporânea, transpondo técnicas tradicionais para meios tridimensionais, apresentando resultados em diferentes suportes e instalações. Atua como gravadora, educadora e ministrante de oficinas e cursos de arte em Instituições como SESC, SESI, Centro Cultural do Alumínio, entre outras. Desde 2002 tem participado de várias Exposições Coletivas, Bienais e Salões de Arte Contemporânea no Brasil e Exterior. Suas gravuras estão presentes no acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo, Pinacoteca de São Bernardo do Campo/SBC, Casa da Xilogravura em Campos de Jordão, MARP Ribeirão Preto, Museu de Arte Contemporânea de Campo Grande/MS entre outros. Atualmente é representada pela Galeria Gravura Brasileira e Trapézio Galeria.
Vitor Mazon
Artista visual que vive e trabalha em São Paulo, Brasil. Sua pesquisa parte de uma relação trans-geracional com a madeira, que começou com seu avô, passando por seu pai, até chegar nele. A partir deste eixo familiar, Vitor acrescenta elementos de sua trajetória e interesse pessoais, como a fotografia, a paisagem, a gravura, a escrita e curadoria, colocando em choque diferentes materialidades, texturas e dimensões. Em 2022, fez sua primeira exposição individual, Sarrafo, na Galeria Zipper, com curadoria de Eder Chiodetto. Foi vencedor do voto popular no prêmio Garimpo da Revista DasArtes, 2023, mesmo ano em que participou da 2 edição da Residência Usina Luis Maluf. Seus trabalhos estiveram presentes nas exposições INTRANET, da rede BASA (2024), Confluências, CasaGaleria (2024), Instabilidade Fundamental, Galeria Oma (2023), Poéticas Possíveis, Paralela Eixo (2021), Voices of Earth, Art from the Heart (2021), Mostra Museu, Arte na Quarentena (2021). Seus trabalhos foram selecionados nos salões de Vinhedo (2023) e Ilhabela (2023), além dos festivais Maré Foto Festival (2021) e Festival de Fotografia de Paranapiacaba (2020).
Sobre o curador
João Pedro Pedro (2003, São Paulo) é bacharel em Artes Visuais pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, curador e pesquisador da prática curatorial contemporânea. Desenvolve uma investigação teórica e filosófica sobre a curadoria como linguagem e ferramenta estética, compreendendo-a como dispositivo de ativação da percepção e da experiência sensível, em latência com a própria obra de arte.
Atuou como assistente curatorial ao lado de nomes como Agnaldo Farias, Andrés Hernández, Nancy Betts, Ícaro Vidal, Katia Salvany, Sylvia Werneck e Theo Monteiro, com passagens por instituições como o Itaú Cultural, Galeria TATO, Dila Oliveira Galeria e o Centro Universitário Belas Artes de São Paulo. Como curador, assinou exposições como Constelações Tangíveis (2024), A Beleza (Desútil) da Madeira (2024) e Transformação da Coisa (2025).
Desde o início de 2025, dedica-se ao estudo aprofundado da obra de Gretta Sarfaty, referência internacional na Body Art e na produção feminista entre as décadas de 1970 e 1990. A partir dessa aproximação, passou a colaborar com a artista como assistente e autor de textos críticos, entre eles Os Contos em Uma Cidade (The Tales in a City) e Gretta Sarfaty – Artista Gênia (Genius Artist), refletindo sobre questões de identidade, corpo, imagem e memória.
Sua prática curatorial se orienta pela criação de situações em que a exposição se constitui como um organismo vivo — um espaço em constante transformação, onde a curadoria não é um suporte, mas um agente sensível e ativo no campo da arte contemporânea.
Sobre o Alê Espaço de Arte
Fundado em 2012 pela artista visual Alexandra Ungern, o Alê Espaço de Arte apresenta uma proposta inovadora na cena da arte contemporânea. Localizado no Brooklin, zona sul de São Paulo, o espaço funciona como um laboratório aberto ao público, dedicado a experimentações artísticas e curatoriais. Mais do que uma alternativa às instituições tradicionais, o Alê Espaço de Arte promove a integração das artes visuais por meio de cursos, oficinas, palestras, conversas e exposições.
Ao longo de sua trajetória, o espaço já realizou diversas exposições nacionais e internacionais sempre com entrada gratuita. Além disso, contamos com um programa de residência artística onde o artista tem a oportunidade de expandir sua pesquisa com auxílio e orientação de nossos curadores parceiros.
Desde sua concepção, o Alê Espaço de Arte vem buscando abrir novos caminhos para inspirar talentos e despertar pessoas, além de impulsionar a carreira de muitos artistas, que conseguiram visibilidade internacional.
Alexandra Ungern (Recife, 1967) é artista visual e vive em São Paulo desde a infância. Formada em Culturas Visuais pela Webster University, em Viena, e em Artes Visuais pela Escola Panamericana de Arte (SP), aprofunda sua prática por meio de cursos e orientações com artistas e curadores como Nino Cais, Carla Chaim, Paulo Gallina, Shannon Botelho e Claudinei Roberto da Silva. Participou de diversas exposições no Brasil e no exterior, incluindo, Salão Luiz Sacilotto (Santo André), MARP-SP (Museu de Arte de Ribeirão Preto), MUBE-SC, Paço das Artes-SP, Savaria Múzeum (Hungria), Museu Afro Brasil Emanoel Araujo. Realizou individuais, como Laços (2017) e Tramas que o tempo não desfia (2024). Recebeu prêmios em salões de arte contemporânea e participou de residências no Brasil, Hungria e Argentina. Possui obras em coleções como UNICAMP (SP); MUnA (MG), Ross Business School (USA); Biblioteca de Arte-Fundação Calouste Gulbenkian (PT). Fundadora e gestora do Alê Espaço de Arte, em São Paulo, desde 2012. Sua pesquisa aborda temas como memória, tempo e afetividade através de múltiplas linguagens.
Isabel Villalba é natural da Argentina, vive e trabalha em São Paulo. Formada em Psicologia pela Universidad de Buenos Aires (UBA) na Argentina e em Artes Plásticas na Escola Panamericana de Arte, em São Paulo. Participou do Laboratório de Curadoria no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP), durante todo o ano de 2013 e a partir desse momento realizou cursos de formação sobre curadoria em instituições culturais como Sesc, MAM, Paço das Artes, entre outros.
É curadora e diretora artística do Alê Espaço de Arte, localizado no bairro do Brooklin, São Paulo, e colabora na gestão do mesmo desde 2014. Atualmente é pós-graduanda do curso de especialização em Arte, Crítica e Curadoria na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo PUC-SP (2024-2025).
Serviço
Título: "Transformação da coisa"
Artistas:
João Paulo Paixão - @jppaixaaoo
Silvia Ruiz - @silvia.ruiz.art
Vitor Mazon - @vitormazon
Curadoria: João Pedro Pedro - @duasvezespedro
Local: Alê Espaço de Arte - @ale.espacodearte
Rua California, 706 , Brooklin
Período expositivo: 16 de agosto a 6 de setembro
Horário: terça - sábado 16h - 20h