

Exposição "Todos os corpos frágeis", de Brisa Noronha
Exposição
- Nome: Exposição "Todos os corpos frágeis", de Brisa Noronha
- Abertura: 21 de agosto 2025
- Visitação: até 25 de outubro 2025
- Galeria: Galeria Luisa Strina
Local
- Local: Luisa Strina
- Evento Online: Não
- Endereço: Rua Padre João Manuel, 755 – São Paulo
Em sua primeira individual na Luisa Strina, Brisa Noronha desenha no espaço com a porcelana e o latão
Todos os corpos frágeis apresenta conjuntos de esculturas e pinturas inéditas como uma única grande instalação
Em sua primeira individual na Luisa Strina, Brisa Noronha apresentará uma instalação inédita, formada por distintos conjuntos de esculturas feitas em porcelana e arame de latão, além de uma série de pinturas, propondo um diálogo entre as obras e o espaço. A mostra terá abertura em 21 de agosto, quinta-feira, das 18h às 21h.
Em Todos os corpos frágeis, Noronha explora a tensão entre delicadeza e resistência, forma e matéria, gesto e permanência. A porcelana—material comumente associado à fragilidade, mas que também carrega uma dureza estrutural surpreendente—surge aqui em diálogo com a maleabilidade do latão, instaurando um campo de forças em que opostos coexistem. As peças resultantes desse embate formal e simbólico, concebidas com uma exiguidade de materiais que contrasta com o longo tempo de fatura, desafiam a rigidez dos suportes e propõem um desenho tridimensional que se insinua no espaço expositivo, num movimento contínuo de precisão e risco.
Construídas a partir de componentes elementares formalmente reduzidos, as esculturas derivam da complexidade das relações que estabelecem entre si.
A artista demonstra interesse particular pela interação entre leveza e massa, opacidade e transparência, precisão e espontaneidade. Na instalação, esses elementos se articulam como um campo de equilíbrio instável, em que as esculturas se apoiam, desafiam e sustentam-se mutuamente. O espaço entre elas se torna ativo, é nele que o trabalho atinge sua expressão mais completa. Por meio de gestos silenciosos, as peças evocam experiências humanas como a transformação, a afeição e a impermanência. Através da atenção e da contemplação direta, essas obras criam um espaço de ressonância entre o espectador e a matéria, um lugar de intercâmbio entre materialidade, cognição e temporalidade. Já a série de pinturas representa objetos domésticos — castiçais, vasos, garrafas — em situações espaciais. Segundo a historiadora da arte, Prof. Petra Lange-Berndt, autora do texto da exposição: “Nesses quadros Construídas a partir de componentes elementares formalmente reduzidos, as esculturas derivam da complexidade das relações que estabelecem entre si. A artista demonstra interesse particular pela interação entre leveza e massa, opacidade e transparência, precisão e espontaneidade. Na instalação, esses elementos se articulam como um campo de equilíbrio instável, em que as esculturas se apoiam, desafiam e sustentam-se mutuamente.
O espaço entre elas se torna ativo, é nele que o trabalho atinge sua expressão mais completa.
Por meio de gestos silenciosos, as peças evocam experiências humanas como a transformação, a afeição e a impermanência. Através da atenção e da contemplação direta, essas obras criam um espaço de ressonância entre o espectador e a matéria, um lugar de intercâmbio entre materialidade, cognição e temporalidade. Já a série de pinturas representa objetos domésticos — castiçais, vasos, garrafas — em situações espaciais. Segundo a historiadora da arte, Prof. Petra Lange-Berndt, autora do texto da exposição: “Nesses quadros aparentemente surreais, a gravidade é suspensa, castiçais tornam-se abstrações gráficas, transformam-se em flores ou se espalham em forma de árvores ou tendas. Nada disso é decorativo. Trata-se de uma investigação de sistemas que sustentam a vida — e isso define toda a obra da artista.”
Interessada sobretudo na pintura e na escultura, Brisa Noronha parte da escuta atenta dos materiais e de sua capacidade de atuação no processo criativo. “Às vezes começo pelo material em si, às vezes começo por um assunto ou proposição a ser desenvolvida e a matéria vai inserindo sua importância no processo, ou até mesmo se tornando o assunto”, comenta a artista. Suas obras evidenciam um movimento delicado entre a intenção e o acaso, em que o gesto da modelagem se submete à ação imprevisível da alta temperatura. No calor extremo, a porcelana revela sua dualidade: enquanto aparenta delicadeza, adquire uma dureza quase pétrea, fruto de uma transformação irreversível operada pelo tempo e pela temperatura.
Sobre a artista
Brisa Noronha (Belo Horizonte, 1990) trabalha com diversos suportes, como desenho, pintura, fotografia, vídeo, cerâmica e porcelana. Sua pesquisa estabelece-se ao redor da participação ativa da matéria ao longo do processo de criação, com atenção aos caminhos, limites e instabilidades definidas através do contato com cada material. Seus trabalhos estão vinculados à investigação da prática, resultantes de experimentos que aproximam a ação intencional ao inesperado, a ordem ao espontâneo.
Ela é Mestre em Artes Visuais pela Universidade de São Paulo (2020-2023) e Bacharel em Comunicação Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2015) e em Artes Visuais pela Faculdade Santa Marcelina (2015). Em 2017 recebeu bolsa do programa Freedom to create, da residência artística Arteles, Finlândia. Dentre suas exposições individuais e coletivas recentes destacam-se: Mãe, Espaço Cama, São Paulo (2022); Semana Sim, semana não: paisagens, corpos e cotidianos entre um século, Casa Zalszupin, São Paulo (2022); Diamante-grafite-carvão, Fonte, São Paulo (2021); Nothing's gonna change my world?, Gr_und, Berlim (2021); Os ossos do mundo, Sé, São Paulo (2021).
Serviço
Brisa Noronha: Todos os corpos frágeis
Abertura: 21 de agosto de 2025, das 18h às 21h
Visitação: até 25 de outubro de 2025
Segunda a sexta, 10h às 19h
Sábado, 10h às 17h
Luisa Strina
Rua Padre João Manuel, 755, São Paulo
www.galerialuisastrina.com.br | @galerialuisastrina