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Exposição "Território Livre" de Mariana Voigt
Exposição

Exposição "Território Livre" de Mariana Voigt

Exposição

  • Nome: Exposição "Território Livre" de Mariana Voigt
  • Abertura: 09 de abril 2024
  • Visitação: até 30 de abril 2024
  • Galeria: Artur Fidalgo Galeria

Local

  • Local: Galeria Artur Fidalgo
  • Evento Online: Não
  • Endereço: Rua Siqueira Campos, 143 - Copacabana, Rio de Janeiro - RJ

Mariana Voigt Mascarenhas: Território Livre na Galeria Artur Fidalgo

Na sua prática experimental, Mariana explorou diversas técnicas em desenho, pintura e aquarela, além de materiais como tecidos, objetos e artefatos, evidenciando o compromisso do artista com a experimentação e a liberdade.

Sua trajetória artística se desenvolveu durante os seus estudos na Escola de Artes Visuais do Parque Lage — EAV, sendo aluna do artista plástico João Magalhães.


No seu comprometimento com a pintura como experiência, linguagem, conhecimento e memória, a artista trilha seus caminhos poéticos e passa a utilizar colagens e justaposições de papéis coloridos, recortados como uma metáfora lúdica, para ativar o seu campo das ideias, com ressonâncias ao vocabulário plástico do artista Jean Arp. Na sua gramática visual, a compreensão da estrutura planar do cubismo traz o surgimento da construção da figura de uma cabeça como um dispositivo dinâmico e recorrente, que foi também elemento muito utilizado nas esquematizações geométricas por Milton da Costa, no final da década de 1940.


As colagens de Mariana provocam uma pulsação na organização do plano e têm a representação de uma cabeça geométrica como uma das figuras centrais, convertida em elemento de uma linguagem simbólica particular, em torno da qual são adicionados alguns componentes, incluindo formas vegetais, que revelam um aprimoramento do processo generativo das imagens, ao utilizar ideogramas, pigmentos diversos, grafismos e objetos banais capturados do cotidiano para as suas obras, constituindo um imaginário original. São territórios livres permanentemente atravessados por ocorrências carregadas de técnica e riqueza plástica. Os variados elementos das colagens têm origem em diferentes matrizes que se entrelaçam em novas possibilidades, seja em contrastes ofuscantes ou um campo infinito de variações cromáticas. Esses elementos conectivos trazem uma integração dessas equações visuais, colocando todos os elementos em sintonia. Ao mesmo tempo, esses núcleos revelam um humor lúdico e um caráter ambivalente oriundo da arte pop, em que reside sua potência estética. Mariana quer tornar visível esses temas aparentemente banais, quer recuperar para a visualidade um objeto que perdeu sua força de imagem na heterogeneidade da vida cotidiana.


A natureza-morta era um gênero pictórico considerado meras representações de objetos inanimados e imóveis (stilleven), uma reprodução minuciosa de objetos cotidianos como acessórios decorativos. A palavra foi utilizada pela primeira vez na Holanda, em meados do século XVII, para nomear as suas variantes: quadro com frutas (fruytagie); banquete (bancket); pequeno almoço(ontbijt). Os Países Baixos foram a região da Europa onde se introduziu, com êxito, as obras de arte que testemunham a prosperidade burguesa da economia capitalista, através da pintura de flores e dos alimentos como tributos da terra. Os elementos da natureza-morta foram aos poucos percebidos pelos pintores como um meio particularmente adequado para expressar qualidades estéticas, e aparecem agora como uma posição iconográfica importante.


Nas obras de Mariana Mascarenhas estão claramente presentes um caráter híbrido, que evoca a deterioração da imagem inicial, uma fusão intrigante pela contradição entre a pintura e a desconstrução do real, sem identidade ou lógica entre as partes. Passa a utilizar também, no seu corpo de trabalho, além da linguagem pictórica, outras experimentações de madeira maciça e tridimensionais; o recorte da cabeça serve como o elemento constitutivo, um exercício permanente de meditação, talhado como um modus estético de novas possibilidades de representação.


Mariana Mascarenhas estabelece novos acontecimentos plásticos, reconfigurando um tecido estético irregular sobre a estrutura do suporte original. São equações plásticas que se equilibram no seu misterioso poder de convicção e de diálogo, através de uma arquitetura mínima e espessuras de cores, densas ou porosas, que revelam grande disciplina — algo predominante em suas obras.


SERVIÇO
Exposição "Território Livrel: Mariana Voigt Mascarenhas"
Curadoria Vanda Klabin
Galeria Artur Fidalgo
Abertura: 09.04 - 19h às 22h
Exposição: 08.04 até 30.04

Segunda à Sexta-feira das 10h às 19h
Rua Siqueira Campos, 143, 2º piso, loja 1
Copacabana - Rio de Janeiro, RJ - Brasil


IMAGENS
Convite

Mariana Mascarenhas - Natureza Morta 2, 2023, colagem, acrílica e aquarela sobre papel, 113 x 77cm
Mariana Mascarenhas - Cabeça Cacos, 2023, colagem, acrílica e aquarela sobre papel, 60 x 126cm

Mariana Mascarenhas - Natureza Morta 2, 2023, colagem, acrílica e aquarela sobre papel, 113 x 77cm




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