Exposição "Sob a febril agitação de um pulso"
Exposição

Exposição "Sob a febril agitação de um pulso"

Exposição

  • Nome: Exposição "Sob a febril agitação de um pulso"
  • Abertura: 30 de agosto 2025
  • Visitação: até 25 de outubro 2025

Local

  • Local: WG Galeria
  • Evento Online: Não
  • Endereço: Rua Araújo, 154 – Mezanino – Centro de São Paulo

 "Sob a febril agitação de um pulso", exposição inspirada na obra do poeta  Cruz e Souza é destaque na WG Galeria


Mostra reúne obras dos artistas visuais Jesus José, Rafaela Foz e Shay Marias, em uma mostra repleta de simbolismo e história. 



A vastidão da obra de Cruz e Souza, poeta simbolista brasileiro, filho de escravos, que se tornou intelectual engajado na causa abolicionista do século XIX, revela seu múltiplo universo de possibilidades, como o pessimismo, a sinestesia e o rigor formal, mas também elementos particulares como a presença da cor e a temática social, direcionando o apreciador de sua obra para caminhos que expressam sentimentos simbióticos -  referências do curador convidado, Henrique Menezes, para  exposição "Sob a febril agitação de um pulso".


A mostra apresenta obras dos artistas visuais Jesus José (GO), da fluminense Shay Marias (RJ) e de Rafaela Foz (SP), e percorre as diversas visões do cotidiano e os entrecruzamentos culturais, com trabalhos que fazem das cores preto e branco, contraste e vibração, por vezes plurais e desafiadoras, em meio à uma figuração que evoca a atmosfera noturna mística e reflete sobre o existencialismo da poesia simbolista, com sensibilidade para os aspectos contemporâneos que modificam a dinâmica das relações humanas.


Entre colagens e pinturas, e com soluções impecáveis de suportes, "Sob a febril agitação de um pulso" amplia o projeto da WG galeria, ao abrir seu espaço para que, desta vez, três artistas não representados pelo local, sejam os protagonistas. 


Sobre os artistas 


No fundo turbilhão de grandes ânsias mudas 

Nascida na Baixada Fluminense, Shay Marias (RJ, 1986) constrói em suas telas uma tessitura entre memórias pessoais e um imaginário coletivo que evoca, reiteradamente, o feminino e a ancestralidade diaspórica. A artista põe em cena composições igualmente pulgentes e oníricas: sob um fundo negro, figuras femininas convivem com silhuetas de gradis — à semelhança de celas, janelas ou redomas —, confessando seus anseios de liberdade. O corpo, na obra de Shay, revela-se de forma teatral: ao mesmo tempo em que sugere a introspecção, com movimentos parcimoniosos, também alude à manifestação de força coletiva, em uma coreografia sincronizada de personagens entrelaçados. 


Quantos silêncios, quantas sombras várias

Natural de Goiânia, Jesus José (GO, 1983) reúne uma série de pinturas onde cores turvas tomam protagonismo, talvez como índice de lembranças esmaecidas: existe em seu fazer um rememorar constante, conferindo às telas um repertório ao mesmo tempo universal e confessional. Com pinceladas densas, notadamente marcadas pela imprecisão de contornos, o artista revive imagens que se revelam entre a nitidez e a obscuridade — um vocabulário que remete a estados crepusculares da percepção, do visível ao inconsciente.


Nos alvoroços da emoção imensa 

Atuando igualmente como elementos concretos e transcendentais, os minerais são recorrentes na obra de Rafaela Foz (São Paulo, SP, 1994): seja pela geometria ou pelo caos, a artista busca a harmonia que reluz da fragmentação. Em um fazer minucioso, cada composição enforma-se pela reordenação de "estilhaços" — originalmente fotografias encontradas em publicações dedicadas à gemologia. A mística das pedras traz consigo, também, a incógnita: há quem observe uma esfera de cristal e anteveja o futuro, em uma narrativa tão fantasiosa quanto premonitória. Ao lapidar e transpor recortes de papel em uma montagem fervorosa — na qual a luz inunda a retina — Rafaela convoca um conceito mais musical do que plástico da forma, um pensamento sinestésico que se traduz em um espetáculo noturno, à imagem de fogos de artifício. 


Curadoria

Henrique Menezes (Rio Grande do Sul, 1987) é pesquisador e curador, membro da Associação Brasileira de Críticos de Arte. Entre 2018 e 2019, atuou na Fundação Iberê Camargo no cargo de Curador Assistente; integrou o Comitê de Curadoria e Acervo do Museu de Arte Contemporânea / RS (2020-2022) e compôs o Conselho Curatorial da Fundação ECARTA (2019). Graduado pela UFRGS, tem pós-graduação em Estudos Curatoriais e Arte Contemporânea pela Universidade de Lisboa. Na Fundação Iberê, curou a mostra Continuum (2018), além de assinar projetos curatoriais e textos para instituições como AC Institute (NY), Espacio de Arte Contemporáneo (Uruguai), MACRS, SP-arte, Casa Fiat de Cultura, FGV Cultural, SESC, entre outras. Vive e trabalha entre RS e SP.


Sobre a WG galeria

WG é uma galeria de arte que estabelece diálogo entre a pesquisa e registro de artistas residentes, e, também, a multiplicidade de repertórios de artistas emergentes da arte contemporânea. Possui como sócios o casal de arquitetos e artistas André e Mariana Weigand, a head de negócios Cris Genaro. A galeria vem se consolidando no mercado das artes como um espaço legitimamente aberto a diferentes perfis de artistas, linguagens, materialidades e público. A WG considera as questões sociais, culturais e políticas que definem a realidade atual, ao mesmo tempo que valoriza a relação com colecionadores e se dedica à formação de novos consumidores de arte contemporânea.


Serviço


Exposição "Sob a febril agitação de um pulso"


Quando: abertura para o público a partir do dia 30 de agosto

Término: 25 de outubro


Horários: Terças a sextas das 11h às 19h/ Sábado 11h às 17h 


Onde: WG Galeria – Rua Araújo, 154 – Mezanino – Centro de São Paulo


Entrada gratuita


Informações: https://www.instagram.com/wg.galeria/ 


 

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