![Exposição “Sentido Comum”](https://artsoul.nyc3.cdn.digitaloceanspaces.com/events/1972/abFo5ok9WR9jzEK6kvmPBr01072022185857.webp)
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Exposição “Sentido Comum”
Exposição
- Nome: Exposição “Sentido Comum”
- Abertura: 30 de junho 2022
- Visitação: até 20 de agosto 2022
Local
- Local: Anita Schwartz Galeria de Arte
- Evento Online: Não
- Endereço: Rua José Roberto Macedo Soares, 30, Gávea
Anita Schwartz
Galeria de Arte apresenta a exposição
Sentido Comum
A relação entre a fotografia e a pintura, e questões
como uma revisão crítica da história de modo a destacar a
relevância dos negros, indígenas e mulheres, e ainda o universo LGBTQIA+, estão presentes nos trabalhos de Camila Soato, Douglas
de Souza, Herbert de Paz, Igor Rodrigues, Marcelo Amorim, Maria Antonia, Marjô Mizumoto,
Mônica Ventura, O Bastardo, Pedro Varela, PV Dias e Rafael Carneiro
Abertura: 30 de junho de 2022, das 16h às 19h
Até 20 de agosto de 2022
Curadoria: Bianca Bernardo
Apoio:
Cerveja Becks
Entrada
gratuita
Anita
Schwartz Galeria de Arte apresenta a partir de 30 de junho
de 2022, das 16h às 19h, a exposição “Sentido Comum”, coletiva de pintura
brasileira contemporânea com 22 obras dos artistas Camila Soato, Douglas de Souza,
Herbert de Paz, Igor Rodrigues, Marcelo Amorim, Maria Antônia, Marjô
Mizumoto, Mônica Ventura, O Bastardo, Pedro Varela, PV Dias e Rafael Carneiro, oriundos de diferentes cidades brasileiras, em sua
maioria com idades próximas aos quarenta
anos, e com trajetórias já conhecidas
no circuito da arte.
“Sentido Comum”
reúne pinturas “que partem de imagens fotográficas retiradas de acervos pessoais, arquivos,
revistas, jornais, livros e internet”, diz a curadora Bianca
Bernardo.
“Na primeira
metade do século 19, com o advento da fotografia e o surgimento dos primeiros
registros fotográficos, um diálogo frequente e influências mútuas foram
estabelecidas entre essas duas linguagens artísticas. A exposição apresenta um
grupo de artistas brasileiros que investigam as consonâncias e conflitos entre a pintura e a fotografia
contemporânea”, explica.
Algumas questões
percorrem as obras apresentadas, como uma revisão
histórica de modo a destacar a
relevância dos negros e indígenas no Brasil, e que, apesar de subjugados, resistem. Questões de gênero também estão presentes em vários trabalhos.
“Mergulhados nas provocações que são próprias ao universo da pintura, o
dispositivo fotográfico é uma poderosa matriz para processos questionadores das
relações complexas ao redor de conceitos e estruturas históricas e sociais que
foram construídas através da representação”, observa Bianca Bernardo.
A história da
arte é vista também de forma crítica,
em que se ironiza a ideia de
supremacia do homem branco. Camila Soato
(Brasília, 1985), que vive e trabalha em São Paulo, insere seu autorretrato em “Courbet sem
Courbet” (2017) – óleo sobre tela,
120 x 150 cm – e se vale da ideia de “fuleragem”, gíria para bagunça,
falta de seriedade, de refinamento – que transforma em força estética pinceladas que valorizam falhas.
Maria Antonia (1992, Rio de Janeiro)
cria a pintura “Olympia” (2018-2019) – da série
“CarneeCorpo”, carvão e óleo sobre tela, 167 x 144 cm – como
investigação da mulher enquanto corpo
antropológico e biológico, onde
o corpo erótico surge pela
necessidade de afirmar o prazer como
poder e
celebração da vida. É dela também “Ciranda”
(2021), da série “CarneeCorpo”,
óleo sobre tela.
Rafael Carneiro (1985, São Paulo, onde vive e trabalha) articula livremente formas de composição, em um
processo próximo à colagem, para escapar de premissas formais da pintura e
se aproximar do universo do imaginário coletivo e da
história da arte. Sentimentos de perigo
e liberdade também
estão em seus trabalhos “Balthus-Chiclete” (2021), óleo sobre tela, 200
x 150 cm, elaborado a partir de uma fotografia
em preto e branco de crianças cegas estudando taxidermia em animais, e “Pássaros”
(2021), óleo sobre tela, 200 x 140
cm.
DAR
VISIBILIDADE E PROTAGONISMO AOS NEGROS E AFRO-AMERÍNDIOS
A revisão
histórica que dá visibilidade e protagonismo aos negros e aos indígenas está presente em trabalhos de
vários artistas, como Igor Rodrigues (1995,
Feira de Santana, Bahia, onde vive e trabalha), que está na exposição com a
pintura “Azul da Cor do Mar” (2022),
óleo sobre tela, 100 x 130 cm. Nela, ele comenta sobre a beleza e força
da resistência do povo negro.
O Bastardo (1997, Rio de Janeiro)
discute a importância de um revisionismo histórico e destaca a importância de
se normalizar o sucesso de pessoas
negras em suas áreas de atuação, como na pintura “Nike (da série Pretos
de Griffe)”, 2021, acrílica sobre
linho, 92 x 72 cm.
Mônica Ventura (1985, Piracicaba, São
Paulo, radicada na capital paulista) invoca elementos de sua ancestralidade afro-ameríndia, e tem interesse pela cosmologia e cosmogonia dos povos originários. Para ela, ausências históricas não são simples
coincidências. A necessidade de produzir um discurso contra-oficial pode ser vista na obra “Sem título” (2022), óleo sobre tela,130 X 80 cm
Herbert de Paz, nascido em El Salvador e
radicado no Brasil desde 2013, vive no Rio de Janeiro. Sua pesquisa questiona o olhar supremacista e a representação
colonialista. Através das técnicas de colagem,
desenho e pintura, em seu trabalho “Gaspar
Yanga, El Primer Libertador de las Américas (Nyanga)”, de 2022, parte de fragmentos das
pinturas do pintor mexicano Diego Rivera,
dando destaque ao povo Huasteco, que
fez aliança com Yanga para instaurar
seu quilombo aos pés do Pico de
Orizaba. A ideia é destacar a união dos
povos indígenas da África e das Américas que se deu por esse
encontro.
OLHARES SOBRE COTIDIANO ÍNTIMO, PAISAGEM
AMAZÔNICA, CULTURA GAY
Marjô Mizomoto (1988, São Paulo, onde
vive e trabalha) se interessa pela observação do cotidiano. Suas pinturas funcionam como crônicas, contando histórias que transcendem o biográfico para um sentido comum, como na pintura
“Sem título” (2022), óleo sobre tela, 180 x
135 cm. Os momentos afetivos da artista são elaborados de forma poética,
e ao serem compartilhados publicamente ganham novos sentidos pelo olhar do espectador.
O questionamento dos papéis sociais construídos e impostos
institucionalmente a partir da repetição de imagens modeladoras, está nos
trabalhos Marcelo Amorim (Goiânia,
1977), que vive e trabalha em São Paulo. Nos três trabalhos “Sem título” (2020), óleo sobre tela, ele usa
imagens recolhidas em álbuns familiares, internet, cinema e publicidade para
relacionar o imaginário visual coletivo com
temas como comportamento e disciplina.
Douglas
de Souza (Blumenau, 1984), que vive e trabalha em São Paulo,
mostra nas pinturas figurativas “Shadowplay” (2022), óleo sobre tela, 100 x 80 cm e “Sem título” (2022), óleo
sobre tela, 130 x 80 cm, seu interesse por objetos do cotidiano, elementos da cultura pop que servem para o artista
como alegorias de uma experiência gay do que é a masculinidade.
PV Dias (Belém, 1994) vive
entre o Rio de Janeiro e Belém, e usa pintura,
fotografia, intervenções digitais, vídeos e animações para discutir a
questão antropofágica dos movimentos que
vêm do norte. Em “Sentido Comum”,
estarão cinco obras em pintura digital sobre fotografia, da série “Obras Cariocas”, que integraram a exposição “Casa Carioca”, no Museu de
Arte do Rio (MAR), de setembro de 2020 a agosto de 2021: “Marechal
Hermes”(2020), “Para um dia de
sol: Verão de 2019 no Rio de Janeiro” (2019), “Bento Ribeiro” (2020),
“Coelho Neto” (2020), e “Força (d)e Trabalho” (2021).
Pedro
Varela (1981, Niterói) cria nas duas obras “Sem título” (2022), desenhos recortados e
montados sobre painel com alfinetes, uma noção de tridimensionalidade,
manipulando a realidade para que as camadas oníricas se encontrem sobre
espaços ampliados.
Serviço: Exposição “Sentido
Comum”
Abertura: 30 de junho
de 2022, das 16h às 19h
Até: 20 de agosto de 2022
Anita Schwartz Galeria de Arte
Rua José Roberto
Macedo Soares, 30, Gávea, 22470-100, Rio de Janeiro
Telefones: 21.2274.3873
e 2540.6446
Segunda a sexta,
das 10h às 19h, e aos sábados das 12h às 18h
Entrada gratuita