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Exposição "Prometo Falhar" de Érica Storer e Projeto "Like a Virgin: o Primeiro Vídeo a Gente Nunca Esquece"
Exposição

Exposição "Prometo Falhar" de Érica Storer e Projeto "Like a Virgin: o Primeiro Vídeo a Gente Nunca Esquece"

Exposição

  • Nome: Exposição "Prometo Falhar" de Érica Storer e Projeto "Like a Virgin: o Primeiro Vídeo a Gente Nunca Esquece"
  • Abertura: 07 de maio 2024
  • Visitação: até 01 de junho 2024

Local

  • Local: Ateliê397
  • Evento Online: Não
  • Endereço: Tv. Dona Paula, 119a - Higienópolis, São Paulo - SP

Em maio, Ateliê397 inaugura duas exposições inéditas e recebe performance coletiva

Em 4 de maio, o Ateliê397 inaugura a exposição instalativa Prometo Falhar, de Érica Storer, e a segunda edição do projeto Like a Virgin: o Primeiro Vídeo a Gente Nunca Esquece, com Novela Vaga (1996), de Philippe Ledoux.

         Com abertura no sábado, dia 4 de maio, e encerramento em 1º de junho, dois projetos expositivos ocupam o novo endereço do Ateliê397, na Travessa Dona Paula (Higienópolis, São Paulo). Na área térrea do edifício, a artista Érica Storer, indicada ao Prêmio Pipa 2023, apresenta uma nova versão de Prometo Falhar, trabalho multimídia iniciado em 2018 que se desdobra em instalação, objetos e performance coletiva. No mezanino, a Sala de Projetos Especiais recebe a segunda edição do projeto Like a Virgin: o Primeiro Vídeo a Gente Nunca Esquece, com a exibição do vídeo experimental Novela Vaga, produzido em 1996 por um grupo de artistas  sob  o heterônimo de Philippe Ledoux. As duas iniciativas acompanham textos curatoriais de Bruna Fernanda, pesquisadora feminista e integrante da gestão do Ateliê397.


Prometo Falhar é a segunda exposição individual em São Paulo da artista paranaense Érica Storer, que, atualmente, participa ainda do 33º Programa de Exposições do Centro Cultural São Paulo (CCSP), também na capital paulista. Storer apresenta uma instalação multimídia, na sede do Ateliê397, em que todo o ambiente expositivo é recoberto com panos de limpeza multiúso, da marca Perfex. Objetos de uso doméstico, como cadeiras, balde e um ventilador, também cobertos pelo pano, completam a instalação.


 A eficiência e a versatilidade na limpeza prometida pelas propagandas do produto contrastam com a evidente fragilidade do material e seu rápido desgaste após o uso, construindo um ambiente em que o slogan publicitário de “alta performance” tende ao colapso. "Há também uma reflexão sobre o trabalho doméstico, os objetos e os corpos generificados, que estão colocados em um lugar de uso e de eficiência que, materialmente, são insustentáveis", explica a curadora Bruna Fernanda.


A exposição é dividida em dois momentos: no primeiro, o ambiente asséptico e surreal construído com o Perfex se deteriora com a circulação das pessoas e pela ação do tempo. No segundo, artista e público são convidados a performar coletivamente, retirando o Perfex das superfícies e reorganizando os objetos e todo o tecido endurecido pela cola em uma nova peça, que, então, ficará exposta . “O interesse aqui é pelo limite entre a perfeição e a falha —  até onde um ou outro podem levar a noção de performance?”, complementa Bruna Fernanda. A performance coletiva tem previsão de acontecer no dia 25 de maio.


Érica Storer vem ganhando notoriedade no contexto artístico brasileiro com uma pesquisa sobre os conceitos de desempenho e fracasso na sociedade contemporânea sob a ética neoliberal, transitando entre as práticas da performance, do vídeo e da instalação. Foi indicada ao Prêmio Pipa em 2023, laureada com o 7° Prêmio EDP das Artes (Instituto Tomie Ohtake, 2020) e o 30° Prêmio MAJ (Sesc São Paulo, 2022) e participou de exposições coletivas no Museu Paranaense (2021 e 2023), no MAC Paraná (com o Coletivo Brutas, em 2024), nas galerias A Gentil Carioca (2023) e Jaqueline Martins (2021) e na Sala 25M (2023). Em 2024, foi selecionada pela 9ª Edição da Bolsa Pampulha (Belo Horizonte).


Simultaneamente, o espaço independente apresenta o programa Like a Virgin: o Primeiro Vídeo a Gente Nunca Esquece, que ocupa a Sala de Projetos Especiais da nova sede do Ateliê397. A proposta é exibir a primeira obra em vídeo de artistas contemporâneos e coletivos com no mínimo dez anos de carreira. “Ao olhar para essa primeira obra em vídeo, encontramos elementos que se tornam recorrências ou desvios na trajetória do artista ou coletivo. O gesto inaugural em uma linguagem é um objeto de estudo central para o 397, que lida com jovens artistas ou coletivos emergentes, sendo, então, boa parte do seu local de atuação”, explica Érica Burini, idealizadora do projeto.


Nesta segunda edição, é apresentado Novela Vaga (Feuilleton Imprècis, 2006), assinado pelo diretor Philippe Ledoux, um pseudônimo criado pela artista Dora Longo Bahia e por Marcelo Arruda, Marcelo Ferrari, Priscila Farias e Renato Cohen. O vídeo conta a história das gêmeas Claudette (a má) e Claudine (a boa) e suas relações amorosas violentas e trágicas. A narrativa é construída pela sobreposição de estereótipos visuais e narrativos na nova onda do cinema francês da década de 1960 e das telenovelas brasileiras da década de 1990. Na sinopse, consta: “Filme do grande diretor francês Philippe Ledoux, mestre de Godard e Claude Lelouch,  Novela Vaga é considerado o elo perdido entre a Nouvelle Vague e o Cinema Novo. Serviu também de inspiração para os autores de Mulheres de Areia, Manuela, e Rebecca, uma Mulher Inesquecível”.


O grupo de autores, composto pela artista visual mas também por pessoas que hoje desenvolvem carreiras em outras áreas, foi formado no início da década de 1990, com a banda Disk-Putas, cujas performances ao vivo e videoclipes ficaram famosos no contexto paulistano de música underground e punk. A postura satírica diante do contexto cultural e comunicacional capitalista que marcou aqueles anos foi levada pelo grupo para a linguagem dos curta-metragens, em três projetos distintos, assinados cada um por um heterônimo: Novela Vaga, de Philippe Ledoux (1996); Arquivo Ó, de Marcelo Carter (1997); e A História Perdida, de Ornella Castelli di Sabbia (1999). Os trabalhos foram organizados no manifesto “Dogma 95.1”, assinado pelos três diretores fictícios, que selam a grande ironia do grupo ao mundo do cinema ocidental.


 Novela Vaga (Feuilleton Imprècis) foi exibido no 4º Festival MixBrasil (São Paulo, 1996), no 25º Salão Nacional de Arte Contemporânea de Belo Horizonte (1997), no Sulsouth-Voyages into Mutant Technologies (Maputo, 1996), no 19º World Wide Video Festival (Amsterdam, 1997), no 5º Festival de Cinema e Vídeo Cuiabá (1997), no 4ème Festival de Films Gays et Lesbiens de Paris (1998), no Inside Out – Lesbian and Gay Film and Video Festival of Toronto (1998) e no 16º Festival MixBrasil (São Paulo, 2008).


Sobre Erica Storer
Formada em Artes Visuais pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), Érica Storer é artista visual e educadora. Sua pesquisa poética transita entre a tradição da performance de longa duração, o vídeo e a instalação, como uma estratégia de criar ficções e constranger os acordos entre a ética neoliberal e o trabalho cognitivo contemporâneo. Entre as exposições das quais participou, incluem-se as individuais Trabalho para Deixar o Tempo Imprestável, no 33º Programa de Exposições do CCSP, em São Paulo-SP (2024); Como Fazer um Buraco em uma Pedra com uma Colher, no Museu Paranaense, em Curitiba-PR (2021). Já entre as exposições coletivas destacam-se o 7° Prêmio EDP das Artes, no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo-SP (2020); e o 30° Prêmio MAJ, no Sesc Ribeirão Preto-SP e no Sesc Consolação, em São Paulo-SP,  (2022). Participou também de festivais de performance como a Venice International Performance Art Week, em Veneza, na Itália (2020); o festival de performance FREE FEM RADICAL, em Colônia, na Alemanha (2019); a Semana de Performances da Bienal Internacional de Curitiba (2018); e o Festival Cuerpas, no Chile (2018). Suas obras integram o acervo público do Museu Paranaense (PR); do Museu de Arte da UFPR (PR); do Museu de Arte de Anápolis (GO); e da Casa do Olhar, em Santo André (SP). Por fim, Storer integrou residências artísticas no Institut Supérieur des Beaux-Arts de Besançon, na França (2019); na URRA, em Buenos Aires, na Argentina (2023); e na Fundação Armando Alvares Penteado (Faap), em São Paulo (2023).

 

SERVIÇO
Ateliê397
Exposição "Prometo Falhar" de Érica Storer e Projeto "Like a Virgin: o Primeiro Vídeo a Gente Nunca Esquece"
Travessa Dona Paula, 119A – Higienópolis
Abertura: 4 de maio, das 14h às 19h
Visitação: de 7 de maio a 1º de junho
De terça a sábado, das 14h às 18h


IMAGENS
Philippe Ledoux - Novela vaga (contracapa)
Érica Storer -  Prometo Falhar (cadeira)
Flyer - Prometo falhar - Design por Thiá Sguoti
Philippe Ledoux - Novela vaga (1996)
Flyer - Like a virgin






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