

Exposição "Perder a Imagem "
Exposição
- Nome: Exposição "Perder a Imagem "
- Abertura: 10 de dezembro 2022
- Visitação: até 12 de fevereiro 2023
Local
- Local: Itaú Cultural
- Evento Online: Não
- Endereço: Avenida Paulista, 149
Perder a imagem, instalação sonora de Tiganá Santana em homenagem a Beatriz Nascimento, ocupa o Piso Paulista do Itaú Cultural
Os 117m² do piso que costuma abrigar as mostras da série Ocupação na instituição, desta vez acolhem uma experiência imersiva e sensorial em que o som está em primeiro plano, colocando o visitante em estado de contemplação. Concebida por Tiganá Santana, a obra é inspirada no pensamento da pesquisadora e estudiosa das formações dos quilombos, que completaria 80 anos em 2022, grande parte dedicados à luta antirracista e ao movimento negro organizado nos anos 1970 e 1980
Embora siga a proposta da série Ocupação – de homenagear personalidades que fazem ou fizeram a diferença na construção cultural e artística do país, inspirando novas gerações –, nesta instalação de 117 metros quadrados, o público ouve e sente, em vez de observar uma sucessão de objetos, imagens e sons. Esta é a proposta do autor da obra, o músico cantor, compositor, violonista e poeta brasileiro Tiganá Santana.
A visita – em pequenos grupos de 15 pessoas, no máximo – dura o tempo da composição, 20 minutos de música instrumental e a voz sussurrada do autor, com participação especial de Juçara Marçal. Os instrumentistas são Lsdon Galter, Sebastian Notini, Juninho Costa e André Magalhães.
Em Perder a Imagem, a homenageada é Beatriz Nascimento (Aracaju, 1942-Rio de Janeiro, 1995). Ela, que teria completado 80 anos em 2022, defendia a ideia da perda de imagem em relação à materialidade imagética-memorial, que se foi apagando com a forçada diáspora africana para o Brasil. Com produção e idealização do Nucleo de Formação do Itaú Cultural, a concepção do espaço traz a assinatura de Anna Turra e Stella Tennenbaum, com engenharia de som e mixagem de André Magalhães.
“A ideia de ‘perda de imagem’, da qual a historiadora-poeta fala nalgumas de suas reflexões, se desdobra em questionamento sobre a própria centralidade da imagem”, observa Tiganá em seu texto curatorial. “Wa i mona, diz-nos uma sentença africana congo; isto é, ouvir é ver. Com base nela, compus o tema que integra o espaço, a bem dizer um simples punhado de frequências.”
A instalação
Ao entrar, o visitante é convidado a deixar os seus sapatos em espaços próprios em uma área construída por compensado Sumaúma. Em seguida, começa a andar por um percurso formado por dois círculos concêntricos, com paredes e piso revertidos de fibra de coco, com tratamento acústico e cujo trajeto dá diversas opções de caminho em caracol. No percurso, encontra-se nichos que dão a possibilidade de se instalar e apenas escutar, ou, ainda, de seguir andando dentro de um espelho d’água de 18m² e 15cm de profundidade e se sentar no lado posto. Todo o tempo, a pessoa é envolta pelo som construído por vozes, instrumentos musicais de corda e percussivos, efeitos diversos, sons gravados de mar, vento, terra. A emissão sonora sai das paredes e do chão, por meio de caixas de som de alta qualidade não visíveis.
Sobre Beatriz Nascimento
Ela completaria 80 anos em 2022. Nascida em Sergipe, mudou-se para o Rio de Janeiro aos sete anos. Destaca-se na sua trajetória a atuação na luta antirracista, em especial no movimento negro que se organizou nas décadas de 1970 e 1980. Como pesquisadora, abordou a formação dos quilombos no Brasil, tratou da posição da mulher negra na sociedade e criticou a noção de democracia racial, inconsistente diante das condições de vida do negro no país. Além disso, escreveu poesias e forneceu o texto do documentário Ôrí (1989), de Raquel Gerber.
Saiba mais sobre a sua vida e obra na Enciclopédia Itaú Cultural de arte e cultura brasileira – disponível em www.enciclopedia.itaucultural.org.br. Conheça também o site do programa Ocupação – www.itaucultural.org.br/ocupacao –, que se aprofunda no percurso de personalidades fundamentais para o Brasil, como Abdias Nascimento, Conceição Evaristo e Sueli Carneiro.
Serviço:
Perder a Imagem
Instalação sonora de Tiganá Santana
Grupos de, no máximo, 15 pessoas em visitas de 20 minutos
Terça-feira a sábado, das 11h às 20h
Domingos e feriados das 11h às 19h
Itaú Cultural
Avenida Paulista, 149 – próximo à estação de metrô Brigadeiro
Piso Paulista
Entrada gratuita
www.itaucultural.org.br
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www.youtube.com/itaucultural
Informações: Tel (11) 2168.1777 e Wpp (11) 9 6383 1663
De terça-feira a sábado, das 11h às 20h
Domingos e feridos, das 11h às 19h
E-mail: atendimento@itaucultural.org.br