Exposição "O último dia do século" individual de Maya Weishof
Exposição
- Nome: Exposição "O último dia do século" individual de Maya Weishof
- Abertura: 11 de novembro 2023
- Visitação: até 16 de dezembro 2023
Local
- Local: Millan
- Evento Online: Não
- Endereço: R. Fradique Coutinho, 1.430
Maya Weishof inaugura a individual 'O último dia do século' na Millan em 11 de novembro
A pintora Maya Weishof (1993, Curitiba, PR, Brasil) inaugura O último dia do século, individual que sucede mostras da artista em Paris, Londres e Coreia do Sul. Com texto crítico assinado pelo curador Renato Menezes, a exposição estreia na Millan em 11 de novembro, sábado, e marca o fim do programa de 2023 na galeria.
Inéditas, as obras que compõem a exposição mostram os desdobramentos mais recentes da pesquisa de Weishof, que mergulha profundamente no fazer da pintura.
São pinturas que mesclam diferentes técnicas e acabamentos para criar cenas limítrofes entre noite e dia, corpo e paisagem, o sonho e a vigília, prazer e pavor, simultaneamente apocalípticas e catárticas. Mais do que explorar os contrastes entre esses elementos, Weishof investiga como eles se constituem mutuamente e como habitam a psique humana.
Nesse sentido, o título da exposição —O último dia do século—, referência a uma frase de Jean Delumeau no livro A história do medo no Ocidente, fala sobre o os efeitos apavorantes e sedutores do desconhecido.
No texto crítico que apresenta a exposição, Renato Menezes afirma que "a origem da pintura de Maya Weishof é a cor, e é à cor que ela se destina. Não há figura sua que não seja feita de cor, assim como não há espaço vazio que não seja preenchido por ondas multicoloridas. É pela cor que se destrava a espiral de seu olhar: não há limites, não existe pureza, e linhas retas são rigorosamente profanadas, com a segurança de quem confia na energia de seus pincéis".
A exposição na Millan marca também uma incursão inédita da artista na criação de vitrais, que adornam as janelas da galeria. A artista pintou sobre os vidros as mesmas criaturas e formas que habitam suas pinturas. O suporte inusitado na arte contemporânea se relaciona às igrejas barrocas e do renascimento que servem como inspiração para a artista e já foram suporte para criações de Marc Chagall, que também a inspiram.
O último dia do século fica em cartaz até 16 de dezembro.
Sobre a artista
Maya Weishof (1993, Curitiba, PR, Brasil) trabalha principalmente com pintura e desenho sobre superfícies como tela e tecidos. A artista utiliza de fragmentos, distorções, caricaturas e criaturas híbridas na concepção de imagens em que corpo e paisagem se revelam como substância um para o outro. Weishof toma o desenho como ponto de partida de seu trabalho e o constrói a partir de memórias, mitos, cenas que dialogam com a história da arte ou, mais especificamente, com a história das imagens. Sua obra busca escapar à premissa de uma narrativa linear ou fechada em si mesma, expandindo o aporte figurativo a um imaginário de múltiplos desdobramentos semânticos.
Entre suas exposições individuais, destacam-se: Fever Nights, Galerie Hussenot, Paris, França, 2022; Headless: Maya Weishof, Kupfer, Londres, Reino Unido, 2021. Integrou as mostras coletivas Arte Atual – Por muito tempo acreditei ter sonhado que era livre, no Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, 2022; Female Voices of Latin America, MADC, Costa Rica e Electric Dreams, com curadoria de Raphael Fonseca, Nara Roesler, Rio de Janeiro, 2021; Contigere, Cisterna Galeria, Lisboa, Portugal e Monster High, Olhão, São Paulo, 2020.
Em 2019, Weishof foi selecionada para o programa de residência artística Pivô Arte e Pesquisa, em São Paulo. Ainda naquele ano, foi convidada pela Cisterna Galeria em Lisboa para participar no programa de residência artística C-Lab. Em 2022, Maya Weishof participou da residência artística na Cité Internationale des Arts, Paris, França. Sua obra integra importantes coleções institucionais e privadas, sendo elas: Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo, Museu Oscar Niemeyer, Curitiba, e Rennie Museum Collection, Vancouver, Canadá.
Sobre Renato Menezes
Renato Menezes é doutorando em História e Teoria da Arte pela École des Hautes Études en Sciences Sociales, Paris, mestre em História pela Universidade de Campinas e graduado em História da Arte pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Foi Grad Intern no departamento curatorial do Getty Research Institut, em Los Angeles. Coeditou o livro "França Antártica: Ensaios interdisciplinares (2021, Ed. da Unicamp). Atualmente é curador da Pinacoteca de São Paulo.
Serviço
Maya Weishof: O último dia do século
Texto crítico: Renato Menezes
Abertura: 11 de novembro, sábado, das 11h às 15h
Exposição: 11 de novembro – 16 de dezembro
Seg. a sex., 10h às 19h
Sáb., 11h às 15h
Millan
R. Fradique Coutinho, 1.430
Entrada gratuita
www.millan.art