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Exposição "Nakoada: estratégias para a arte moderna"
Exposição

Exposição "Nakoada: estratégias para a arte moderna"

Exposição

  • Nome: Exposição "Nakoada: estratégias para a arte moderna"
  • Abertura: 09 de julho 2022
  • Visitação: até 18 de dezembro 2022

Local

  • Local: MAM Rio
  • Evento Online: Não
  • Endereço: av. Infante Dom Henrique, 85

Nakoada: estratégias para a arte moderna

 

Exposição dialoga com o centenário da Semana de Arte Moderna
para propor caminhos para o
futuro

 

Mostra reúne obras modernistas das coleções do MAM Rio, cerâmicas
do acervo do Museu do Índio e trabalhos comissionados de Cinthia Marcelle,
Mahku (Movimento dos Artistas Huni Kuin), Novíssimo Edgar e Zahy Guajajara,
além de um trabalho de Jaider Esbell (1979-2021)

 

O Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM Rio) inaugura em 9 de julho de 2022 a exposição Nakoada: estratégias para a arte moderna. Com curadoria de Denilson Baniwa e Beatriz Lemos, a mostra busca acrescentar novas camadas às discussões geradas pelo centenário da Semana de 22.

 

"Nakoada" é uma estratégia de guerra do povo Baniwa da região do Alto Rio Negro para elaborar novas possibilidades de permanência no mundo. O conceito orienta a curadoria da exposição e resume a tática de mergulhar na compreensão de aspectos de outra cultura para a garantia da própria sobrevivência. Se originalmente esta prática era usada pelos Baniwa para lidar com outros povos originários, hoje é repensada para a relação com culturas não-indígenas.


"Nakoada é um gesto de retorno. Seria o momento em que as pessoas que foram alvos de ações externas entendem o poder opressor do outro e agora procuram uma possibilidade de retornar à sua própria autonomia", explica Denilson Baniwa, um dos mais proeminentes artistas da arte indígena contemporânea.


Beatriz Lemos, curadora adjunta do MAM Rio, explica que nakoada não é um tema para a exposição, e sim uma forma de agir: "É uma maneira de pensar que se afasta da lógica ocidental imperialista, que incorpora e instrumentaliza as referências dos outros povos. A ideia é entender o modernismo ainda como um marco e estudá-lo, para pensar o que vem pela frente, como podemos imaginar os próximos 100 anos". 

 

De acordo com a curadoria, mais do que propor uma revisão crítica do modernismo -- o que já vem sendo feito de maneira elaborada, inclusive por artistas indígenas -- a exposição pretende mostrar pontos de partida alternativos para refletir sobre o que poderia ser uma produção artística que se engaja com alguns dos ideais modernos, mas escapa de suas armadilhas.


Na exposição, a silhueta de uma cobra serpenteia por todo o Salão Monumental do MAM Rio. "A expografia toma a forma de uma serpente cósmica que não tem começo nem fim. Essa simbologia é recorrente na cosmovisão baniwa e em diversas culturas ocidentais e orientais, do norte e do sul", observa Denilson Baniwa. "Ela digere a nossa história e carrega, dentro de seu bojo, esse tempo expandido desde antes da colonização." 


De acordo com Pablo Lafuente, co-diretor artístico do MAM Rio, "Nakoada continua o trabalho que o museu vem fazendo em repensar memória e patrimônio em função de perspectivas e saberes outros, que nos ajudam a atualizar a história e fazer a cultura do passado relevante no presente". "A exposição nos provoca a pensar, a olhar de novo as obras e artistas que pensamos que conhecemos. Rearticulando essas narrativas e linguagens, e apresentando-as em outras configurações em conexão com criações indígenas e com obras de arte contemporânea, Nakoada as expande e as ativa como ferramentas para outras histórias e outras construções."


OBRAS E ARTISTAS

 

A exposição conta com trabalhos de quatro artistas contemporâneos convidados a criar especialmente para a ocasião: Cinthia Marcelle, Mahku, Novíssimo Edgar e Zahy Guajajara. Obras fundamentais de expoentes do modernismo brasileiro, como Alberto Guignard, Alfredo Volpi, Anita Malfatti, Candido Portinari, Djanira, Di Cavalcanti, Ismael Nery, José Pancetti, Oswaldo Goeldi e Tarsila do Amaral, entre outros, também estão presentes.


Completam a mostra uma pintura do artista Jaider Esbell (1979-2021), cerâmicas do acervo do Museu do Índio -- potes e vasos dos povos Karajá, Marubo, Maku, Terena e Ticuna, bonecas Karajá e um conjunto de placas com grafemas Baniwa.

 

Obras e artistas comissionados:

 

- Cinthia Marcelle | Meditação da ferida ou a escola das facas - versão Nakoada

A artista mineira exibe a obra Meditação da ferida ou a escola das facas - versão Nakoada. 25 caixas, assemelhadas a faqueiros, são distribuídas pela exposição. As maletas trazem em seu interior apenas a silhueta das facas. Um jogo entre ausência e presença é estabelecido, como se as armas fossem personagens que tivessem se retirado de seu suporte.

 

- Mahku | Kapewẽ Pukenibu

O grupo que reúne artistas Huni Kuin, povo originário do Acre, vem ao Rio de Janeiro para trabalhar em uma pintura de grande escala, numa tela de 12 metros. Nela, representará o jacaré que, como a cobra, é um mito de fundação de mundos. Ao funcionar como uma espécie de portal para se chegar nas outras pinturas da exposição, a tela propõe re-orientações em torno da leitura das telas de paisagem moderna, tratando de se relacionar com a impossibilidade de domesticação da natureza.  

 

- Novíssimo Edgar | Sobre os vínculos invisíveis 

No trabalho do poeta, artista visual e performer paulista, feito especialmente para Nakoada, linhas são interligadas por sete máquinas de costura, formando uma grande teia. As tesouras suspensas podem ser aproximadas aos recomeços e à iminência dos cortes. A instalação oferece uma reflexão sobre o que resta dos vínculos afetivos quando as relações chegam ao fim. Com ativações performativas realizadas ao longo da duração da exposição, a obra nos convida a pensar sobre as maneiras como as pessoas permanecem umas nas outras após as rupturas.

 

- Zahy Guajajara | Vídeo-instalação

Nascida na aldeia Colônia, na Reserva Indígena Cana Brava, no Maranhão, a artista audiovisual e atriz traz à exposição uma videoinstalação criada a partir de experimentações de um futurismo indígena. Lançando mão da fonética do povo guajajara, ela se propõe a refletir sobre a cultura indígena após o contato com o colonizador, com suas contradições, presenças e ausências. A ação nakoada está presente aqui na apropriação da linguagem tecnológica como suporte para a sobrevivência das tradições dos povos originários.


Algumas obras vêm acompanhadas de audiodescrição para pessoas cegas e com baixa visão, ou que desejam aprofundar suas experiências com o acervo do MAM Rio. Todos os textos da mostra são disponibilizados em versão digital, para acesso via celular e leitores de tela, e a equipe do museu está orientada a informar o público sobre as audiodescrições.

 


Nakoada: estratégias para a arte moderna recebeu apoio financeiro do subsídio N-2009-09221 da Fundação Andrew W. Mellon Just Futures Initiative, que se intitula Dispossessions in the Americas: The Extraction of Bodies, Land, and Heritage from la Conquista to the Present [Despossessões nas Américas: a extração de corpos, terras e patrimônios desde a Conquista até o presente], administrada pela Universidade da Pensilvânia, coordenada por Tulia G. Falleti como pesquisadora principal, com os pesquisadores co-principais Margaret Bruchac, Ricardo Castillo-Neyra, Ann Farnsworth-Alvear, Michael Hanchard, Jonathan D. Katz, Richard M. Leventhal e Michael Z. Levy.

 

Sobre o MAM Rio

 

A partir do tripé arte-cultura-educação, o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro trabalha com a preservação, desenvolvimento e compartilhamento de práticas de criação e pensamento. O MAM Rio tem atualmente como patrocinadores estratégicos o Instituto Cultural Vale, a Ternium e a Petrobras através da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

 

O museu promove a criação artística e cultural como processo de formação de indivíduos e coletivos. Desde a sua fundação em 1948, atua como um importante agente, contribuindo com a movimentação social dos territórios da cidade por meio da cultura.

 

O acervo de cerca de 16 mil obras é uma das mais relevantes coleções de arte moderna e contemporânea da América Latina. O MAM Rio realizou exposições que marcam as expressões e linguagens das artes visuais até os dias de hoje, tendo abrigado desde sua criação importantes cenas artísticas brasileiras, como o Cinema Novo e o neoconcretismo.

 

O MAM Rio também conta com patrocínio da B3, Eletrobras Furnas, Livelo, Mattos Filho, BMA, Itaú, Taesa, Unipar, BTG Pactual, Gávea Investimentos, UBS, Wilson Sons, Aliansce Sonae, Becks, Credit Suisse, Icatu, MRS Logística S.A., Sherwin Williams, Verde Asset Management e Vinci Partners através da Lei Federal de Incentivo à Cultura; Enel e Vivo através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura - Lei do ICMS; Deloitte, XP Private, Adam Capital, Concremat, Globo e Multiterminais através da Lei Municipal de Incentivo à Cultura - Lei do ISS RJ; Gafisa, Fundo Hees de Filantropia e Samambaia Filantropias.

 

 

SERVIÇO:

 

Nakoada: estratégias para a arte moderna

Abertura: 9 de julho de 2022

Encerramento: 29 de janeiro de 2023

 

MAM Rio

End: av. Infante Dom Henrique, 85

Aterro do Flamengo - Rio de Janeiro

Tel: (21) 3883-5600

https://www.mam.rio/

Instagram: @mam.rio

 

Horários:

Quintas e sextas, das 13h às 18h

Sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h

 

Ingressos:

Contribuição sugerida, com opção de acesso gratuito
Valores sugeridos:
Adultos: R$ 20

Crianças, estudantes e +60: R$ 10 

Ingressos on-line: www.mam.rio/ingressos

 

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