Exposição Moderna para Sempre – Fotografia Modernista Brasileira na Coleção Itaú Cultural
Exposição

Exposição Moderna para Sempre – Fotografia Modernista Brasileira na Coleção Itaú Cultural

Exposição

  • Nome: Exposição Moderna para Sempre – Fotografia Modernista Brasileira na Coleção Itaú Cultural
  • Abertura: 05 de novembro 2025
  • Visitação: até 30 de novembro 2025

Local

  • Local: Parque Cultural Casa do Governador
  • Evento Online: Não
  • Endereço: R. Santa Luzia, s/n - Praia da Costa, Vila Velha - ES

Parque Cultural Casa do Governador recebe recorte da mostra Moderna para Sempre – Fotografia Modernista Brasileira na Coleção Itaú Cultural


Exposição apresenta 43 obras de mestres da fotografia produzida no Brasil – a maioria é de membros do Foto Cine Clube Bandeirante, como Ademar Manarini e Eduardo Salvatore. Esta é a 21ª itinerância da mostra, que já passou por cidades e capitais do país e do exterior, inclusive Vitória, onde foi exibida em 2017 no Espaço Cultural Palácio Anchieta com uma seleção diferente de obras desta coleção



No dia 5 de novembro, a exposição Moderna para Sempre – Fotografia Modernista Brasileira na Coleção Itaú Cultural é inaugurada na Galeria Gabinete, no Parque Cultural Casa do Governador, em Vila Velha. Depois de apresentada em Vitória, a mostra volta ao Espírito Santo, chegando agora a Vila Velha com um novo recorte desta coleção feito por Iatã Cannabrava, curador de fotografia e pesquisador. Ela reúne 43 obras de 14 artistas renomados, com foco em suas participações no Foto Cine Clube Bandeirante, em particular, e na importância no movimento modernista para a cultura e identidade brasileiras.


Sempre com curadoria de Cannabrava, Moderna para Sempre passou por diferentes cidades do Brasil e do exterior, com diferentes recortes. Começou em 2010 pelo Museu de Arte do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre. Seguiu para Belém, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Recife, Ribeirão Preto, Rio de Janeiro, Santos e novamente Porto Alegre, além de Vitória, e agora Vila Velha. Em São Paulo, foi apresentada no próprio IC, em 2014 com o conjunto completo de 115 imagens de 26 artistas. No exterior, esteve em Assunção, no Paraguai; Cidade do México, no México; Lima, no Peru; Buenos Aires, na Argentina; em Montevideo, no Uruguai; e em Santiago, no Chile.


A exposição

Nesta nova itinerância, Moderna para Sempre apresenta obras dos fotógrafos modernistas Ademar Manarini, Eduardo Enfeldt, Eduardo Salvatore, Gaspar Gasparian, Georges Radó, Geraldo de Barros, German Lorca, Gunter E. G. Schroeder, João Bizarro da Nave Filho, José Yalenti, Lucilio Correa Leite Júnior, Osmar Peçanha, Paulo Pires e Rubens Teixeira Scavone. Uma equipe de educadores do Itaú Cultural irá a Vila Velha para formar educadores locais sobre as obras expostas e os artistas, para conduzirem visitas mediadas com o público.


"Atentos às transformações que ocorriam no mundo, os fotógrafos modernistas brasileiros devoraram influências para criar uma nova fotografia, que teve como premissa uma leitura essencialmente criativa e de ruptura", explica o curador.


"É uma honra para o Parque Cultural Casa do Governador receber a mostra Moderna para Sempre como a segunda exposição da Galeria Gabinete. Ao celebrar nomes como Geraldo de Barros, German Lorca e Eduardo Salvatore, a exposição permite que o público conheça uma parte da história do Brasil pelo olhar de grandes fotógrafos", avalia Mirella Schena, gestora e coordenadora artístico-cultural do Parque Cultural Casa do Governador.


Assim, um dos destaques da mostra é a obra Formas (1950), de Eduardo Salvatore, nome importante no cenário fotoclubista sendo um dos fundadores do Foto Cine Clube Bandeirante, em 1939, em São Paulo. Outros nomes importantes do período que estão presentes na mostra são Eduardo Enfeldt, com a fotografia Escada Branca (1957), assim como Lucilio Correa Leite Júnior, com Sinfonia Fluorescente (1960), e Sem Título (1966), do português João Bizarro da Nave Filho.


Outro destaque é o conjunto de 13 fotografias de José Yalenti: nove são obras de 1950, além de Energia (1945), Fonte 9 de Julho (1952), e Exaustor e Arquitetura nº7, ambas de 1957. Geraldo de Barros, por sua vez, tem o seu trabalho presente na exposição com Autorretrato, da série Edition Museé de l´Elysé Lausanne (Suíça, 1949), e outras cinco fotografias da série Fotoformas. Também é seis o número de obras que integra o grupo de fotos de German Lorca na exposição. Ainda dos anos 1950, estão presentes Chuva na Vidraça, de 1952, e Curvas Concêntricas e Curvas Cruzadas, ambas de 1955, que se unem a Folhagens, de 1960, e Catedral Aparecida e Pernas, de 10 anos depois.


Integram a mostra, ainda, obras dos fotógrafos Osmar Peçanha e Ademar Manarini. Do primeiro, há Palmas (1951), Equilíbrio (1960) e Linhas (1993), e do segundo, apenas uma, Sem título (1954), que retrata o abstrato-geométrico do autor.


Juntam-se a elas, duas fotografias de Rubens Teixeira Scavone, ambas de 1950, uma de Gaspar Gasparian de 1954, um trabalho do ano de 1960 de Georges Radó, e outros dois de 1970, de Gunter E.G. Schroeder. Quem arremata o recorte em Vila Velha são as obras Páteo de Manobras (1961), Estrutura-Catedral (1954), Luz da Cerâmica (1963) e Sinfonia Industrial (1975), de Paulo Pires.


Fotoclubismo

O fotoclubismo brasileiro teve início em São Paulo, no Foto Cine Clube Bandeirante, em 1939, e se alargou para outros fotoclubes da cidade paulistana. Em geral, era composto por fotógrafos amadores que, livres das obrigações de um trabalho comercial, puderam experimentar e quebrar regras. Entre eles estão artistas como Geraldo de Barros, José Yalenti e German Lorca.


"Nas imagens, encontramos as buscas por formas e volumes, abstracionismos e surrealismo, em uma evidente influência das antigas vanguardas europeias", conta Cannabrava.


Os trabalhos destes artistas começaram pictorialistas, imitando os padrões da pintura do século XIX. Com o desenvolvimento e crescimento econômico do país, desembocaram no celeiro da fotografia moderna brasileira, a chamada Escola Paulista. "As obras parecem uníssonas porque têm forte unidade temática, divididas em dois grupos: cidades ou formas, sejam elas geométricas, elaboradas ou simétricas", explica o curador. "A partir deste momento, texturas, contraluzes, enquadramentos sóbrios, linhas, solarizações, fotomontagens, fotogramas, entre outros tópicos, passam a integrar o vocabulário criativo", reforça.


Vale observar, também, que a maioria dos membros dos fotoclubes era de imigrantes de origem europeia ou descendentes de refugiados das guerras do hemisfério norte, estabelecendo no Brasil uma produção com olhar mais otimista e de esperança no futuro, distante de assuntos sociopolíticos que predominavam nos trabalhos da época, e diferenciando-se do movimento europeu focado nas dificuldades sociais.


Para o curador, este grupo se antecipou ao universo atual, montando o que poderia ser chamado de primeiras redes sociais de que se tem conhecimento na área de fotografia. Por meio de salões, catálogos e concursos, formaram uma teia internacional que divulgava a produção nos grandes centros da fotografia mundial e também do Brasil.


Sobre Iatã Cannabrava

Fotógrafo, editor, curador e agitador cultural, Iatã Cannabrava tem três livros publicados: Casas Paulistas (2000), Uma Outra Cidade (2009) e Pagode Russo (2014). Fotos de sua autoria integram coleções como a do MASP-Pirelli, Galeria Fotoptica, Joaquim Paiva e MAM-SP, e tem trabalhos publicados em oito livros de autoria coletiva.


Sobre o Parque Cultural Casa do Governador

Inaugurado em maio de 2022, o Parque Cultural Casa do Governador está localizado na Residência Oficial do Governo do Estado e apresenta uma vasta programação estruturada em três eixos complementares: arte, sustentabilidade e educação.


Foi concebido como um espaço dedicado à valorização da produção cultural local e reconhecido como a maior galeria de arte ao ar livre do Espírito Santo, com um acervo de 33 obras, sendo 23 permanentes e 10 temporárias, incluindo esculturas, instalações e projetos específicos para o lugar.


Com uma área de 93 mil metros quadrados, o Parque é gerido pelas Secretarias da Cultura (Secult) e do Governo (SEG), por meio do Instituto ArteCidadania (IAC). Aberto gratuitamente ao público de terça a sábado, das 8h às 17h, e aos domingos, das 8h às 15h, promove uma interação única entre arte contemporânea, natureza e atividades educativas.


Conta com patrocínio ouro da EDP e patrocínio prata da Vale, da Shell, do Itaú e do Banestes por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e patrocínio prata da ArcelorMittal. 


SERVIÇO

Moderna Para Sempre – Fotografia Modernista Brasileira na Coleção Itaú Cultural


Abertura: 5 de novembro de 2025


Parque Cultural Casa do Governador

R. Santa Luzia, s/n - Praia da Costa, Vila Velha - ES, 29101-040


De terça-feira a sábado, das 08h às 17h (com última entrada às 16h)

Domingos e feriados, das 08h às 15h (com última entrada às 14h)


Informações: telefone: (27) 3441-4397 

E-mail: contato@parquecasadogovernador.com.br 


Retirada de ingressos gratuitos:

https://parqueculturalcasadogovernador.byinti.com/#/ticket/  


Instagram: @parqueculturalcasadogovernador 

Youtube: https://www.youtube.com/@ParqueCasadoGovernador 

Site: https://parquecasadogovernador.com.br/ 


Recomendações

É proibida a entrada com bebidas alcoólicas;

É proibido retirar plantas do parque;

Não é permitido alimentar os animais;

Temos fumódromo disponível, direcione-se ao local indicado;

Não é permitido utilizar a área da praia, atente-se aos limites sinalizados;

Não é permitido entrar de biquíni e sunga de praia;

É permitido entrar com cães, desde que devidamente na coleira;

É permitida a entrada com bicicletas, mas não é permitido pedalar dentro do parque;

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