Exposição "Miguel dos Santos: Paintings and Sculptures, 1968–1990"
Exposição

Exposição "Miguel dos Santos: Paintings and Sculptures, 1968–1990"

Exposição

  • Nome: Exposição "Miguel dos Santos: Paintings and Sculptures, 1968–1990"
  • Abertura: 07 de setembro 2023
  • Visitação: até 10 de setembro 2023

Local

  • Local: Feira Independent 20th Century
  • Evento Online: Não
  • Endereço: Booth D3 (Stand D3)

Galatea participa da Independent 20th Century Fair com projeto de Miguel dos Santos


'Miguel dos Santos: Paintings and Sculptures, 1968–1990' reunirá 28 obras que abrangem quatro décadas da produção singular do artista pernambucano, sob uma perspectiva contemporânea. Feira acontece em NY, de 7 a 10 de setembro



A Galatea, dos sócios Antonia Bergamin, Conrado Mesquita e Tomás Toledo, participa da segunda edição da Independent 20th Century, que acontece em Nova York, de 7 a 10 de setembro, com o projeto ‘Miguel dos Santos: Paintings and Sculptures, 1968–1990’. O solo de Miguel dos Santos (Caruaru, Pernambuco, 1944) reúne vinte e oito trabalhos, entre pinturas e esculturas, que cobrem quase quarenta anos da sua produção. 


Autor de uma obra complexa que abarca pintura, cerâmica e escultura em mármore e madeira, o artista coloca em diálogo as diversas matrizes de saberes que constituem a cultura e a arte no Brasil. Sua linguagem visual conjuga referências aos povos originários do território brasileiro, às tradições iorubás integradas à cultura afro-brasileira, à arte vernacular do seu nordeste natal e a movimentos da arte europeia, como o cubismo. 


Miguel destaca que levar seus trabalhos para Feira Independent 20th Century, em Nova York, é uma maneira de dar uma visibilidade mundial para a sua obra. “Tem um caráter de retrospectiva, então eu abri as portas do meu baú, com esse recorte do século XX. A seleção é um legítimo produto da arte latino-americana, com as conotações do meu tripé de raça: o negro do meu avô, o cigano do meu pai e a através da minha mãe uma África estudada com cultura tupi-guarani”, afirma o artista.


Filho de pintor, escultor e marceneiro, o multiartista revelou sua afinidade com a expressão artística aos quatro anos, manipulando o barro. À medida que crescia, desenvolveu suas técnicas ao desenhar nos móveis confeccionados por seu pai. Ele comenta que suas criações são ligadas ao seu DNA.


“Não há nenhum estilo especulativo límpido na obra de Miguel dos Santos, nem qualquer disposição para uma abordagem mais racional e processo mecânico que serve a lógica do capital. O que está presente é uma estrutura intencional e especulação figurativa recorrente, calorosa e sensual, que combina com um rigor de forma, inclusive no discursivo termos. É imperativo também que enfatizemos os fortes traços da cultura afro-brasileira em sua obra, que, em perspectiva, envolve o artista tomar consciência de sua própria percepção intuitiva da ideia de origem enraizada no corpo, na sua formação e no seu habitus, conforme definido pelo filósofo francês Pierre Bourdieu”, cita Diego Matos, curador e pesquisador que assina o texto crítico do projeto.


Quase três décadas depois desde a sua última exposição nos Estados Unidos, Miguel dos Santos retorna ao país reinscrevendo a sua obra no debate contemporâneo. Este projeto visa discutir e difundir a obra de Miguel sob a perspectiva do nosso tempo, demonstrando a sua relevância e atualidade.


Sobre Miguel dos Santos

Miguel dos Santos (1944) nasceu em Caruaru, PE, e, desde 1960, reside em João Pessoa, PB, onde estabeleceu seu ateliê. Artista autodidata, desde o início da sua produção explorou linguagens diversas, como a pintura, a cerâmica e a escultura em mármore e madeira, combinadas a referências da cultura popular do Nordeste, das mitologias dos povos originários das Américas e da arte iorubá trazida pelos povos da África. Ao lado de nomes como Ariano Suassuna, Francisco Brennand e Gilvan Samico, fez parte do Movimento Armorial, lançado no Recife, em 1970. Figuras como Aleijadinho e Mestre Vitalino também influenciam amplamente a sua produção. O artista segue em plena atividade e desdobrando a sua pesquisa, que se mantém coesa.


Em comentário da década de 1980, Ariano Suassuna aborda elementos de destaque em sua obra: “Como se pode ver pelo trabalho de Miguel dos Santos, a diferença principal entre nós escritores e artistas atuais do Nordeste – e os anteriores – o que nos caracteriza e distingue mais, é a ligação com o Realismo mágico – e não surrealismo. (…) A pintura de Miguel dos Santos é algo que me entusiasma, povoando seus quadros a óleo, ou cerâmicas, de bichos estranhos: dragões, metamorfoses, cachorros endemoninhados, santos, mitos e demônios - uma obra tão ligada ao Romanceiro e por isso mesmo tão expressiva da visão tragicamente fatalista, cruelmente alegre e miticamente verdadeira que o povo brasileiro tem do real”.


Em 1977, Miguel dos Santos esteve entre os artistas brasileiros selecionados para o Segundo Festival Mundial de Artes e Cultura Negra e Africana, o FESTAC ‘77, em Lagos, na Nigéria, do qual participaram outras figuras de destaque da cultura brasileira, como Emanoel Araújo, Rubem Valentim e Gilberto Gil. 


Em 2009, por encomenda da Prefeitura de João Pessoa, o artista criou a escultura A Pedra do Reino, localizada no Parque Sólon de Lucena, importante cartão-postal da cidade. A obra é uma homenagem a Ariano Suassuna e retrata um trecho do livro homônimo do escritor paraibano. 


Entre as suas principais exposições, estão: Miguel dos Santos, Galeria Bonino, Rio de Janeiro, 1972; Image du Brésil, Manhattan Center, Bruxelas, 1973; Miguel dos Santos: pinturas e cerâmicas, Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand – MASP, São Paulo, 1974; 2º Festival Mundial de Artes e Cultura Negra e Africana – FESTAC ‘77, Lagos, Nigéria, 1977; 14ª Bienal Internacional de São Paulo, 1977; Tradição e ruptura – síntese de arte e cultura brasileiras, Fundação Bienal, São Paulo, 1985; Os ritmos e as formas na arte contemporânea, Kunsthal Charlottenborg, Copenhague, 1989; A ressacralização da arte, SESC Pompeia, 1999; Arte do Brasil no século 20, Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand - MASP, São Paulo, 2020; Movimento Armorial – 50 Anos, CCBB Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Brasília, 2022. Suas obras fazem parte do acervo de diversos museus, tais como: Centro Cultural Banco do Brasil – CCBB Brasília, Brasília, Brasil; Centro Cultural Benfica – UFPE, Recife, Brasil; FAMA Museu – Fábrica de Arte Marcos Amaro, Itu, São Paulo, Brasil; Instituto Bardi | Casa de Vidro, São Paulo, Brasil; Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand – MASP, São Paulo, Brasil; Museu Casa de Cultura Hermano José, João Pessoa, Brasil; Museu Janete Costa de Arte Popular, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil; Sítio Roberto Burle Marx – IPHAN, Rio de Janeiro, Brasil.


Sobre a Galatea

A Galatea é uma galeria que surge a partir das diferentes e complementares trajetórias e vivências de seus sócios-fundadores: Antonia Bergamin esteve à frente por quase uma década como sócia-diretora de uma galeria de grande porte em São Paulo; Conrado Mesquita é marchand e colecionador, especializado em descobrir grandes obras em lugares improváveis; e Tomás Toledo é curador e contribuiu ativamente para a histórica renovação institucional do MASP, de onde saiu recentemente como curador-chefe.


Tendo a arte brasileira moderna e contemporânea como foco principal, a Galatea trabalha e comercializa tanto nomes já consagrados do cenário artístico nacional quanto novos talentos da arte contemporânea, além de promover o resgate de artistas históricos. Tal amplitude temporal reflete e articula os pilares conceituais do programa da galeria: ser um ponto de fomento e convergência entre culturas, temporalidades, estilos e gêneros distintos, gerando uma rica fricção entre o antigo e o novo, o canônico e o não-canônico, o erudito e o informal.


Além dessas conexões propostas, a galeria também aposta na relação entre artistas, colecionadores, instituições e galeristas. De um lado, o cuidado no processo de pesquisa, o respeito ao tempo criativo e o incentivo do desenvolvimento profissional do artista com acompanhamento curatorial. Do outro, a escuta e a transparência constante nas relações comerciais. Ao estreitar laços, com um olhar sensível ao que é importante para cada um, Galatea enaltece as relações que se criam em torno da arte — porque acredita que fazer isso também é enaltecer a arte em si.


Nesse sentido, partindo da ideia de relação é que surge o nome da galeria, tomado emprestado do mito grego de Pigmaleão e Galatea. Este mito narra a história do artista Pigmaleão, que ao esculpir em marfim Galatea, uma figura feminina, apaixona-se por sua própria obra e passa a adorá-la. A deusa Afrodite, comovida por tal devoção, transforma a estátua em uma mulher de carne e osso para que criador e criatura possam, enfim, viver uma relação verdadeira.



Serviço

'Miguel dos Santos: Paintings and Sculptures, 1968–1990'

Feira Independent 20th Century 

Booth D3 (Stand D3)

Abertura: 7 de setembro, quinta-feira, das 10h às 20h – horário local

Período expositivo: 7 a 10 de setembro

Funcionamento: Sexta-feira e Sábado, 8 e 9 de setembro | 12h às 19h – horário local

                               Domingo, 10 de setembro | 12h às 18h – horário local  

Mais informações: https://www.galatea.art/  





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