Exposição "Luzia Simons – Passagem pelo Jardim de Lina Bo e P.M. Bardi"
Exposição

Exposição "Luzia Simons – Passagem pelo Jardim de Lina Bo e P.M. Bardi"

Exposição

  • Nome: Exposição "Luzia Simons – Passagem pelo Jardim de Lina Bo e P.M. Bardi"
  • Abertura: 20 de setembro 2025
  • Visitação: até 18 de outubro 2025

Local

  • Local: Instituto Bardi / Casa de Vidro
  • Evento Online: Não
  • Endereço: Rua General Almério de Moura, 200, Morumbi – São Paulo

Luzia Simons – Passagem pelo Jardim de Lina Bo e P.M. Bardi 


Casa de Vidro/Instituto Bardi


Abertura 20 de setembro, sábado, às 11h

Mostra associada à 14ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo



O Instituto Bardi / Casa de Vidro apresenta, de 20 de setembro a 18 de outubro de 2025, a exposição Luzia Simons – Passagem pelo Jardim de Lina Bo e P.M. Bardi concebida especialmente para o espaço, como parte integrante da 14ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo e com curadoria da historiadora de arte Tereza de Arruda.


A mostra é resultado da residência artística de Luzia Simons no ateliê de Lina Bo Bardi em 2024 e de sua pesquisa contínua sobre a relação entre natureza, memória e identidade cultural. Em diálogo sensível com a Casa de Vidro e o legado visionário de Lina Bo Bardi, o projeto propõe uma reflexão crítica e poética sobre o jardim como espaço simbólico, político e vivo.


No centro da exposição está a ideia de passagem — como transição, deslocamento, percurso e transformação. Esse conceito atravessa as biografias e os processos criativos de Lina Bo Bardi e Luzia Simons, duas mulheres com trajetórias de migração, reinvenção e profundo engajamento com o espaço e o tempo em que viveram e vivem. Lina Bo Bardi, nascida na Itália mudou-se para o Brasil juntamente com seu marido Pietro Maria Bardi logo após a Segunda Guerra Mundial em 1946 , encontrando no país tropical um solo fértil para desenvolver sua visão singular de inovação e construção tanto no âmbito pessoal quanto no da arquitetura e cultura em geral — integradora, sensível e aberta ao cotidiano. Já Luzia Simons, que deixou o Brasil na década de 70 em plena ditadura militar para se estabelecer primeiramente na França onde estudou história e artes plásticas e posteriormente na Alemanha, constrói uma obra sólida explorando as tensões entre origem, deslocamento, natureza e cultura, por meio de uma linguagem visual própria que transita entre diversas mídias.


Em Passagem pelo Jardim da Casa de Vidro, Luzia Simons apresenta obras inéditas originadas em sua imersão no  jardim da Casa de Vidro, tratado aqui não apenas como cenário, mas como um campo pulsante de memória, migração e transformação. O jardim — originalmente concebido por Lina e Pietro Maria Bardi como um espaço de natureza “selvagem” — transforma-se aqui em uma imagem e campo da investigação de Simons sobre história, arquitetura e ecologia. A natureza não se configura apenas como motivo estético, mas como lugar epistemológico interpretado pela artista em sua pesquisa como um arquivo aberto da história cultural brasileira, como espaço de uma modernidade vivida, mas também como zona ecológica frágil. 


Na Casa de Vidro, as obras de Luzia Simons são expostas em diálogo com o mobiliário e a espacialidade originais da residência dos Bardi ativando assim memórias afetivas e domésticas do lugar. São apresentadas obras realizadas in situ: fotografias, aquarelas, estudos botânicos, frotagens, cianotipias, objetos e instalações inseridos no espaço arquitetônico como arquivos botânicos. Utilizando a técnica de digitalização em alta resolução (escanografia), Luzia Simons transforma flores, frutos e plantas em paisagens suspensas — arquivos de fragilidade, vulnerabilidade, desejo e resistência. Elementos instalativos da mostra são objetos cerâmicos que reproduzem folhas de plantas ou em vidro a simbolizar sementes. Essas esculturas aludem às formas orgânicas da natureza e, ao mesmo tempo, refletem o impulso humano de conservar, ordenar e estetizar o mundo natural. Enquanto que objetos em sisal insinuam formas orgânicas em expansão, como prolongamentos do jardim que coexistem sutilmente com a arquitetura local — enlaçando colunas, sugerindo enraizamentos, e ecoando, em tons e gestos, as flores vermelhas esparsas que pontuam o entorno. 


O próprio espaço expositivo transforma-se, assim, em um jardim expandido — um lugar de transformação e de percepção. A linguagem visual ressoa com o pensamento arquitetônico de Lina Bo Bardi: ambas compreendem a natureza como estrutura pulsante— um sistema de relações, ritmos e renascimentos. Ao enfatizar o transitório, o impermanente e as camadas narrativas contidas na paisagem. Passagem pelo Jardim da Casa de Vidro convida o público a refletir sobre como histórias pessoais e coletivas se entrelaçam aos sistemas ecológicos e sociais— e como a prática artística pode traduzir e tornar visível essas conexões sutis.


A exposição é uma realização do Instituto Bardi sendo uma mostra associada à 14ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, reafirmando o compromisso conjunto com a arte, a arquitetura e a sustentabilidade como ferramentas de reflexão, consciência e transformação.


Instituto Bardi / Casa de Vidro

Fundado em 1990, como Instituto Quadrante pelo casal Bardi, com o objetivo de promover estudos e pesquisas nas áreas de arquitetura, design, urbanismo e arte no Brasil, a organização passa a se chamar Instituto Lina Bo e P. M. Bardi em 1993, um ano após a morte da arquiteta. A Casa de Vidro, como ficou conhecida a residência dos Bardi desde 1951, foi a primeira obra construída de Lina Bo Bardi, instalada no bairro do Morumbi, em São Paulo, em uma área de 7 mil m2, com um exuberante jardim concebido pelo casal. Ícone da arquitetura moderna brasileira, representa de forma atemporal o pensamento e o modo de vida simples e engajado de Lina e Pietro, responsáveis por intervenções revolucionárias no cenário cultural brasileiro. Tombada como patrimônio histórico  em 1987, a Casa de Vidro, sede do Instituto Bardi, réune mais de 45 mil itens da coleção do casal e abre ao público quinta a sábado, recebendo mais 10 mil visitantes por ano do Brasil e exterior.


Luzia Simons

Luzia Simons nasceu em 1953 em Quixadá, Brasil, e vive em Berlim. Iniciou seus estudos em História até 1981, prosseguindo com Artes Visuais entre 1984 e 1986 na Sorbonne, em Paris. Posteriormente, mudou-se para Stuttgart e, em seguida, fixou residência principal em Berlim. Sua obra tem sido apresentada em exposições na Europa, Estados Unidos, China e Brasil. Suas imagens florais não são fotografias tradicionais. Pioneira na técnica de cenografia por escaneamento, Luzia Simons desenvolveu um método de composição visual utilizando flores e elementos orgânicos reais, que são dispostos diretamente sobre o scanner. No conjunto, suas imagens – em sua maioria de grande formato – impressionam pela profundidade espacial e pela intensidade cromática. Além dos escanogramas, Luzia Simons também realiza uma extensa produção de obras como pinturas, objetos, tapeçarias e instalações específicas. Suas obras integram diversas coleções públicas e privadas ao redor do mundo.


Tereza de Arruda

Tereza de Arruda é mestre em História da Arte pela Freie Universität Berlin. Desde 1989, vive entre São Paulo e Berlim. Desde 2016, atua como curadora associada da Kunsthalle Rostock. Acompanha a trajetória artística de Luzia Simons há décadas, tendo apresentado suas obras em diversas exposições individuais e coletivas, com destaque para Brasilidade Pós-Modernismo (2021–2022) no Centro Cultural Banco do Brasil nas cidades do Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e Belo Horizonte; na coletiva Sobre Água e Plantas na Kunsthalle Rostock e na Troy House Foundation em Londres em 2023; e na 2ª Bienal Internacional de Cerâmica de Jingdezhen em 2023. É co-curadora da exposição Luzia Simons – En Passant no Mönchehaus Museum Goslar em 2025. Idealizadora e organizadora da residência artística de Simons no Instituto Bardi / Casa de Vidro em 2024, entre outros projetos. É também editora do livro Luzia Simons – Traces, publicado pela Editora Distanz em 2022.


Serviço

Luzia Simons – Passagem pelo Jardim de Lina Bo e P.M. Bardi 

Curadoria de Tereza de Arruda

Mostra associada à 14ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo


Abertura dia 20 de setembro, sábado, das 11h às 16h

Visitação: de 20 de setembro a 18 de outubro de 2025, quinta a sábado em quatro Horários: 10h, 11h30, 14h e 15h30


Instituto Bardi / Casa de Vidro – Rua General Almério de Moura, 200 – Morumbi, São Paulo – SP


 www.institutobardi.org | www.bienaldearquitetura.org.br / www.luziasimons.de /

 www.p-arte.com



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