

Exposição Livros de Artista na Coleção Itaú Cultural
Exposição
- Nome: Exposição Livros de Artista na Coleção Itaú Cultural
- Abertura: 25 de outubro 2022
- Visitação: até 25 de novembro 2022
Local
- Local: Itaú Cultural
- Evento Online: Não
- Endereço: www.livrodeartistas.itaucultural.org.br
Exposição Livros de Artista na Coleção Itaú Cultural estreia virtualmente no site da organização, com 23 obras
Esta, que é a terceira mostra virtual do IC, leva ao ambiente digital um novo recorte do acervo de livros de artista, após outros conjuntos de obras deste terem circulado pelo Brasil em montagens presenciais. Com curadoria de Felipe Scovino e dos Núcleos de Artes Visuais e Acervo da instituição, agora ela reúne obras de 16 artistas, que podem ser conhecidas pelo público por meio de imagens em alta definição, vídeos de manipulação, flipbooks, superzoom e stop motion, contando, ainda, com recursos de acessibilidade e verbetes da Enciclopédia Itaú Cultural.
O Itaú Cultural disponibiliza a partir do dia 25 de outubro
(terça-feira), em www.livrodeartistas.itaucultural.org.br, a exposição virtual Livros de Artista na Coleção Itaú Cultural,
que permite ao público o acesso a um acervo cuja produção revela como a
participação e invenção artística traçam fronteiras com a literatura e o
design. Agora, transcendendo também os
limites espaciais de uma exposição física e usando recursos imersivos e
interativos, a mostra traz uma nova curadoria de Felipe Scovino e dos Núcleos
de Artes Visuais e Acervo do Itaú Cultural para este, com 23 trabalhos de 16
artistas. Alguns deles são: Julio Plaza e Augusto de Campos, Rosângela Rennó,
Brígida Baltar, Waltercio Caldas, Aline Motta,
Marilá Dardot e Artur Barrio – este, autor de Caderno livro e Uma extensão
no tempo, que deram início a esta coleção, em 1999.
Permitindo ao público o contato com esta expressão artística de
conceito tão vasto e diverso – indo desde o livro-objeto até os poemas
concretos –, a mostra apresenta pela primeira vez esse acervo de forma virtual.
Anteriormente, outros recortes foram mostrados
na exposição Narrativas em processo:
livros de artista na Coleção Itaú Cultural, que a partir de 2016 passou a
itinerar pelo Brasil.
Neste
novo formato, disponível para o público na versão
desktop e mobile por tempo indeterminado, a exposição virtual permite ao
visitante ultrapassar os limites do livro como objeto artístico. Nela, as obras
são vistas em imagens em alta resolução, recursos como superzoom e flipbook, em audiovisuais
com manipulação dos livros, vídeos stop
motion, depoimentos e áudios, para que os detalhes de composição das obras
possam ser apreciados, ao contrário do que aconteceria em uma exposição das
peças em vitrines.
Além
da estética visual de cada trabalho, ficam disponíveis, ainda, links para verbetes
da Enciclopédia Itaú Cultural sobre as obras e o autor do trabalho, além de
aspas do curador Felipe Scovino sobre o artista. O site conta também com recursos de
acessibilidade, como handtalk – plataforma de interpretação
automática para Língua Brasileira de Sinais – e depoimentos de artistas com
Libras.
Passo a passo
Ao entrar virtualmente em Livros de
Artista na Coleção Itaú Cultural, o visitante pode navegar pelas páginas da exposição explorando a diversidade de materiais
e técnicas que compõem um livro de artista através dos diferentes núcleos.
Na
mostra, este recorte do acervo de livros de artistas está dividido em quatro
seções: O Início da História, A Palavra em Suspenso, Um Lance de Dados e Livro-Carne. Com um perfil histórico, a proposta dessa divisão é investigar
modelos para o suporte livro de artista no Brasil, desde os poetas
concretistas, pioneiros na construção dos livros-objetos, até experiências mais
recentes.
A
seção O Início da História reúne o
conjunto de livros mais antigos da Coleção Itaú Cultura, e aponta diferentes
perspectivas acerca do conceito de livro de artista. Assim, homenageia os
pioneiros dos livros-objetos no Brasil e sua intersecção direta com a poesia
concreta, além de dar luz a clubes de gravura.
Nesta
aba estão trabalhos como Pequena Bíblia
de Raimundo de Oliveira (1966), com ilustração de Raimundo de Oliveira e
texto de Jorge Amado. Também a integram três obras assinadas em parceria por
Julio Plaza e Augusto de Campos: Objeto
(1969), o vídeo manipulação de Muda Luz
(1970) e o stopmotion Caixa Preta
(1975).
Já
na seção A Palavra em Suspenso, o
livro se apresenta com a ausência da palavra. A partir de então, o que se
coloca como experiência nesses trabalhos é a possibilidade de acessá-los pelo
toque, reflexo e imaginação. O livro passa a ser também é o lugar da
convergência de múltiplas temporalidades.
Um
dos exemplos é Balada (1995), de Nuno
Ramos, livro espesso, de capa dura e sem palavras, com uma perfuração profunda
transpassando-o brutalmente, do começo ao fim, servindo como o único signo de
leitura da obra. Devaneio-Utopias (2005),
de Brígida Baltar, por sua vez, é um par de cerâmicas cor marrom em formato de
livro, que faz o observador questionar-se sobre a função de uma publicação do
gênero.
Também
estão lá Blocado: A Arte de Projetar
(2016), de Débora Bolsoni, e O Livro de
Areia (1999-2003), de Marilá Dardot, ambos em stop motion, assim
como X-Range (2017), carrossel de
fotos de Regina Vater. Já Rosângela Rennó se faz presente com 2005-510117385-5 (2009).
O
terceiro núcleo da exposição é Um Lance de
Dados, composto por livros inacabados, em uma referência direta à invenção.
Assim, as obras requerem uma participação mais ativa do leitor, como nas
múltiplas composições das páginas e imagens de Caixa de Retratos (2010), de Marcelo Silveira, ou no exercício de
colorir desenhos de Marilá Dardot em Livro
de Colorir: Retrospectiva (2016).
O
núcleo abrange, ainda, em stop motion, {[()]} (2016), de Thiago Honório, e Un Coup de Dés – Stéphane Mallarmé (2002), de Nuno Ramos, em
carrossel de imagens. Já o conjunto Cadernos
Livros reúne as obras Uma Extensão no
Tempo (1996), Caderno Livro
(1997) e O Sonho do Arqueólogo
(1982-1998), de Artur Barrio.
Por
fim, a seção Livro-Carne conta com um
conjunto de livros que fazem referência ao índice de um corpo fragmentado. Nele,
os artistas investigam, cada um a seu modo, uma relação mais intrínseca entre o
suporte do papel e a emergência de um corpo dilacerado. São livros que se
transmutam em corpo – que precisa ser cuidado – e que alertam sobre o sintoma
de violência que atravessa tempos e sociedades.
Dentro
dessa ideia, Antonio
Dias expõe na obra Flesh Room with Anima um livro com imagens ampliadas da carne/pele
humana. A seção comporta, ainda, Escravos de Jó (2016), de Aline Motta, com
27 páginas soltas, impressas, dentro de caixa de papel.
Outro trabalho presente ali é Idolatria (2003), vídeo de manipulação de Mario Ramiro. Complementam
a seção duas obras de Waltercio Caldas: O Livro de Velazquez (1996), Estudo Sobre a
Vontade (2000).
SERVIÇO:
Exposição virtual Livros
de Artista na Coleção Itaú Cultural
A partir de 25 de outubro de 2022 (terça-feira)