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Exposição "Lamento das Imagens - Alfredo Jaar"
Exposição

Exposição "Lamento das Imagens - Alfredo Jaar"

Exposição

  • Nome: Exposição "Lamento das Imagens - Alfredo Jaar"
  • Abertura: 26 de agosto 2021
  • Visitação: até 05 de dezembro 2021

Local

  • Local: SESC Pompéia  - Rua Clélia, 93
  • Evento Online: Não

Sesc Pompeia apresenta exposição inédita
do artista chileno Alfredo Jaar

 

Instalações de grande escala física apresentam a forma de Jaar pensar sua política das imagens no mundo contemporâneo, e revelam também reflexões em torno das formas de controle social e manutenção de desigualdades.

No Sesc, as atividades presenciais seguem rígidos protocolos de órgãos de saúde pública. Com acesso gratuito, as mostras têm visitação com horário reduzido e ocupação limitada. A visitação será permitida apenas mediante agendamento prévio disponibilizado pelo portal do Sesc São Paulo, pelo link sescsp.org.br/ exposicoes .

 

 

 

Um recorte da obra do emblemático artista chileno Alfredo Jaar será exibido a partir de 26 de agosto no Sesc Pompeia. Com curadoria de Moacir dos Anjos, a mostra Lamento das Imagens reúne instalações, pôsteres e projeções de vídeos - em seleção que provém das quatro décadas de atividade de Jaar.

 

São trabalhos de grande escala física que apresentam a forma de Jaar pensar uma política das imagens no mundo contemporâneo, e revelam suas reflexões em torno das formas de controle social e de manutenção de desigualdades. As obras estarão dispostas na área de convivência do Sesc Pompeia.

 

Figuram trabalhos como Out of balance (Fora de equilíbrio), instalação de 1989 composta por seis caixas de luz com transparências coloridas; One million points of light (Um milhão de pontos de luz), projeção de vídeo concebida em 2005; e, entre os mais recentes, Chiaroscuro (Claro-escuro), instalação de 2015 realizada a partir de metal, acrílico e lâmpadas LED.

 

Em The sound of silence (O Som do Silêncio), de 2006, Jaar constrói uma espécie de teatro para uma única imagem: o impactante registro do fotojornalista sul-africano Kevin Carter (1960-1994) de um garoto faminto no Sudão sendo observado por um abutre. Na instalação, o público assiste a um filme de oito minutos que reflete sobre os vários aspectos por trás de uma imagem.

 

Jaar costuma dizer que "imagens não são inocentes". Em You do not take a photograph. You make it. (Você não tira uma fotografia. Você faz uma fotografia), de 2013, ele coloca em evidência esta frase do fotógrafo americano Ansel Adams (1902-1984) justamente para reforçar a importância delas. Em Shadows (Sombras), de 2014, o artista se debruça novamente sobre uma imagem de dor e sofrimento. Desta vez, uma fotografia feita pelo holandês Koen Wessing (1942-2011) na Nicarágua, em 1978, no fim do regime autoritário de Somoza. Nessa instalação, uma sequência de outras imagens antecipam a exibição da potente fotografia principal. Um jogo de luz e sombras destaca a silhueta de duas mulheres que lançam seus braços no ar, em coreografia de luto e agonia. Não há texto, justamente como no livro Chili, September 1973, em que o próprio Wessing elaborou um retrato puramente visual do golpe militar na terra do artista.

 

Já em Lament of the images (Lamento das Imagens), de 2002, que nomeia a exposição, o artista reflete sobre os poderes que controlam a feitura e a circulação de imagens. A instalação apresenta três textos curtos que introduzem as implicações políticas do tema em contextos diversos para, em seguida, temporariamente cegar o público com a luz forte vinda de uma grande tela em sala escura. Ofuscação que serve de metáfora de processos de ocultação de imagens e da consequente necessidade de combater tal violência.

 

A produção de Alfredo Jaar teve início no Chile e, depois, nos Estados Unidos entre o fim da década de 1970 e início dos anos 1980, período em que vigorava a ditadura militar em seu país. São obras que buscam desvendar o que é involuntariamente não dito ou deliberadamente ocultado em um ambiente autoritário.

 

"Seus trabalhos não obrigam ninguém a tomar posições e atitudes, tão somente oferecendo entendimentos do mundo diferentes dos que refletem e alimentam os consensos e convenções que fazem a vida ser o que ela é em cada momento. São obras que interpelam e afetam o outro, mesmo que não seja possível saber, de antemão, os efeitos dos afetos que produzem", comenta Moacir dos Anjos.

 

A partir da mudança para os Estados Unidos em 1982, o trabalho de Jaar passa a tomar como foco as relações de poder internacionais, e não somente as que tinham o Chile como protagonista ou alvo. São trabalhos ocupados em demonstrar a continuidade de violências coloniais no mundo contemporâneo, provocando a invisibilidade seletiva de povos e populações.

 

Por meio da escolha, contextualização e intervenção em fotografias veiculadas - ou ocultadas - em plataformas diversas, articula situações tão distintas e limítrofes quanto as que condicionam as vidas de ruandeses que sofrem os efeitos de uma guerra civil em seu país, de garimpeiros de Serra Pelada, de imigrantes mexicanos que tentam entrar clandestinamente nos Estados Unidos, de crianças famintas no Sudão ou de camponeses nicaraguenses.

 

Segundo o curador da exposição, a produção de Jaar formula, de modo original e potente, uma política das imagens no mundo contemporâneo. "Ele cria trabalhos que promovem uma reflexão sobre o poder dos códigos visuais, notadamente os criados e veiculados na mídia, que tanto informam quanto cegam seus destinatários; tanto emancipam quanto controlam corpos em situações as mais distintas", reflete Moacir.

 

O público pode visitar a exposição de forma gratuita e presencial, mediante agendamento prévio online através da página de cada unidade no Portal do Sesc São Paulo ou em sescsp.org.br/exposicoes. Para assegurar o distanciamento recomendado entre os visitantes, as vagas para as sessões são limitadas e variam conforme a unidade, sempre respeitando o limite de até cinco pessoas a cada 100 m2 e a ocupação limitada da capacidade total de cada local. O uso de máscara é obrigatório durante todo período de permanência na unidade.

 

Lamento das Imagens, no Sesc Pompeia, integra a rede de parcerias da 34ª Bienal de São Paulo - Faz escuro mais eu canto , que poderá ser visitada gratuitamente, de 4 de setembro a 5 de dezembro de 2021, no Pavilhão Ciccillo Matarazzo, no Parque Ibirapuera. Alfredo Jaar é um dos artistas selecionados dessa edição da Bienal.

 

LISTA COMPLETA DE OBRAS DA EXPOSIÇÃO NO SESC POMPEIA

 

Lamento das imagens, 2002 | Instalação multimídia

Geografia = Guerra, 1991 | 10 caixas de luz com diapositivos coloridos, 100 barris de metal, água

Fora de equilíbrio, 1989 | 6 caixas de luz com dispositivos coloridos

Claro-escuro, 2015 | Néon

VOCÊ NÃO TIRA UMA FOTOGRAFIA. VOCÊ FAZ UMA FOTOGRAFIA., 2013 | Material impresso

Caminhando sobre as águas1992 | 6 caixas de luz com dois lados, 12 diapositivos coloridos, 30 espelhos emoldurados

Um milhão de pontos de luz, 2005 | Projeção e cartões-postais

OUTRAS PESSOAS PENSAM, 2012 | Caixa de luz com diapositivo p/b e material impresso

Sombras, 2014 | Instalação multimídia

O som do silêncio, 2006 | Instalação multimídia

CULTURA = CAPITAL, 2011 | Néon

Roteiros, Roteiros, 2021 | Néon


Sobre Alfredo Jaar

 

Nascido em Santiago do Chile, Alfredo Jaar é artista, arquiteto e cineasta, e atualmente vive e trabalha na cidade de Nova York. Em quatro décadas de atividade, seu trabalho já foi mostrado extensivamente em todo o mundo. Jaar participou das Bienais de Veneza (1986, 2007, 2009, 2013), São Paulo (1987, 1989, 2010 e 2021) e da Documenta em Kassel (1987, 2002). Exposições individuais importantes incluem o New Museum of Contemporary Art, Nova York; Whitechapel, Londres; Museum of Contemporary Art, Chicago; Museu de Arte Contemporânea, Roma; e Moderna Museet, Estocolmo. Uma grande retrospectiva de seu trabalho ocorreu no verão de 2012 em três instituições em Berlim: Berlinische Galerie, Neue Gesellschaft fur bildende Kunst e.V. e Alte Nationalgalerie. Em 2014, o Museu de Arte Contemporânea de Kiasma, em Helsinque, recebeu a mais extensa retrospectiva de sua carreira.

 

Alfredo Jaar realizou mais de 60 intervenções públicas em todo o mundo. Mais de 50 publicações monográficas foram publicadas sobre seu trabalho. Tornou-se bolsista Guggenheim em 1985 e da Fundação MacArthur em 2000. Seu trabalho pode ser encontrado nas coleções do Museum of Modern Art e Guggenheim Museum, em Nova York, no Museum of Contemporary Arte, em Chicago, no Museum of Contamporay Art e no Los Angeles County Museum of Art, em Los Angeles, Tate Modern, em Londres, Centro Georges Pompidou, em Paris, Centro Reina Sofia, em Madri, Moderna Museet, em Estocolmo, no Museu de Arte Moderna da Louisiana, em Humlaebeck, e dezenas de outras instituições e coleções particulares em todo o mundo.

 

Sobre Moacir dos Anjos

 

Moacir dos Anjos é pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco, no Recife, onde coordena o projeto de exposições Política da Arte. Foi diretor do Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (2001-2006), Recife, e pesquisador visitante no centro de pesquisa Transnational Art, Identity and Nation, University of the Arts London (2008-2009). Foi curador do pavilhão brasileiro (Artur Barrio) na 54ª Bienal de Veneza (2011) e curador da 29ª Bienal de São Paulo (2010). Foi curador de exposições retrospectivas ou antológicas de Nelson Leirner, Rosângela Rennó, Cildo Meireles, Jac Leiner e Cao Guimarães, entre vários outros artistas.

 

Foi também curador das mostras coletivas Cães sem Plumas (2014), no MAMAM, A Queda do Céu (2015), no Paço das Artes, São Paulo, Emergência (2017), no Galpão Bela Maré, Rio de Janeiro, Quem não luta tá morto. Arte democracia utopia (2018), no Museu de Arte do Rio, Raça, classe e distribuição de corpos (2018) e Educação pela pedra (2019), ambas na Fundação Joaquim Nabuco, entre diversas outras. É autor dos livros Local/Global. Arte em Trânsito (Zahar, 2005), ArteBra Crítica (Automática e Martins Fontes, 2010) e Contraditório. Arte, Globalização e Pertencimento (Combogó, 2017), além de editor de Pertença, Caderno_SESC_Videobrasil 8, São Paulo (SESC e Videobrasil, 2012).

 

AÇÃO URGENTE CONTRA A FOME

 

Com o objetivo de ampliar a rede de solidariedade para levar comida às pessoas em situação de vulnerabilidade social, o Sesc São Paulo, em parceria com o Senac São Paulo, realiza campanha de arrecadação de alimentos não perecíveis nas unidades do Sesc e Senac em todo o estado. São mais 100 pontos de coleta na capital, região metropolitana, interior e litoral. As doações são distribuídas às instituições sociais parceiras do Mesa Brasil Sesc, que repassam os itens para as 120 mil famílias assistidas. A Ação Urgente contra a Fome é uma iniciativa do Sesc São Paulo, por intermédio do Mesa Brasil Sesc, programa criado pela instituição há 26 anos que busca alimentos onde sobra para distribuir aos lugares em que falta. O que doar: alimentos não perecíveis como arroz, feijão, leite em pó, óleo, fubá, sardinha em lata, macarrão, molho de tomate, farinha de milho e farinha de mandioca. O Sesc conscientiza a população sobre importância da doação responsável, com itens de qualidade e dentro da validade. Saiba +

 

MESA BRASIL SESC SÃO PAULO

 

Paralelamente à campanha Ação Urgente contra Fome, a rede de solidariedade que une empresas doadoras e instituições sociais cadastradas segue suas atividades, buscando onde sobra e entregando em lugares onde falta, contribuindo para a redução da condição de insegurança alimentar de crianças, jovens, adultos e idosos e a diminuição do desperdício de alimentos. 

 

Hoje, 19 unidades do Sesc no estado - na capital, interior e litoral - operam o Mesa Brasil. As equipes responsáveis pela coleta e entrega diária de alimentos foram especialmente capacitadas para os protocolos de prevenção à Covid-19, com todas as informações e equipamentos de proteção individuais e coletivos necessários para evitar o contágio. 

 

Saiba+  sescsp.org.br/ mesabrasil 

+ Artes Visuais no SescTV

Em agosto, o SescTV estreia uma programação especial dedicada às artes visuais brasileira com destaque para a série "Artérias", uma produção inédita dirigida por Helena Bagnoli e Henk Nieman, de 26 episódios, com artistas de várias gerações e regiões do país apresentando suas inquietações e obras. Em cada episódio, um artista contemporâneo é retratado e quatro deles participam desta edição de Frestas - Trienal de Artes 2020/2021. São eles: Denilson Baniwa, Paulo Nazareth, Jaider Esbell e Dalton Paula. O programa estreia no canal no dia 27 de agosto.

 

+ Artérias

A série de 26 minidocumentários que o SescTV estreia em agosto faz um mapeamento dos artistas contemporâneos, entre afro-brasileiros, indígenas e LGBTQI+ como protagonistas. Dirigida por Helena Bagnoli e Henk Nieman, a produção revela a força das manifestações de origem nas raízes mais profundas do Brasil, com artistas de várias gerações e regiões do país. "Artérias" estreia no canal no dia 27 e fica no ar até fevereiro de 2022. Com depoimentos dos artistas e imagens das obras, suas interações com as cidades e o seu entorno, a série evidencia o diálogo das tradições com a modernidade. Todos os episódios exibidos na TV também ficam disponíveis no site do canal para o público ver ou rever quando quiser. Basta acessar sesctv.org.br e conferir gratuitamente, sem necessidade de cadastro

 

Serviço:

 

Lamento das Imagens - Alfredo Jaar

Local: Sesc Pompeia

Curadoria: Moacir dos Anjos

Período expositivo: 26 de agosto de 2021 a 5 de dezembro de 2021

Funcionamento: Terça a sexta, das 14h às 20h. Sábado, domingo e feriado, das 11h30 às 17h30.

Agendamento de visitas: www.sescsp.org.br/exposicoes

Classificação indicativa: Livre

Grátis

Sesc Pompeia - Rua Clélia, 93.

Não temos estacionamento. Para mais informações, acesse o portal: sescsp.org.br/pompeia

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