Exposição individual “Quimera” de Fernando Lindote
Exposição

Exposição individual “Quimera” de Fernando Lindote

Exposição

  • Nome: Exposição individual “Quimera” de Fernando Lindote
  • Abertura: 16 de julho 2025
  • Visitação: até 23 de agosto 2025

Local

  • Local: Anita Schwartz Galeria de Arte
  • Evento Online: Não
  • Endereço: R. José Roberto Macedo Soares, 30 – Gávea

Pintar é o verbo: Anita Schwartz apresenta “Quimera”, de Fernando Lindote 


Em 12 obras inéditas que investigam a pintura como um campo autônomo, individual propõe um embate entre tradição e experimentação



A Anita Schwartz Galeria de Arte, na Gávea, inaugura no dia 16 de julho, às 19h, a exposição “Quimera”, de Fernando Lindote. Nascido no Rio Grande do Sul e radicado em Santa Catarina, o artista apresenta 12 pinturas inéditas produzidas em 2025 com variação de técnica, estilo, escala e densidade.


“Essa exposição tem uma diversidade grande de questões estilísticas e de técnicas. Em termos de concepção das formas e do tratamento, os trabalhos têm uma certa diferença entre si. Isso é uma característica da minha produção”, observa o artista.


Embora florestas, jardins, vasos e flores apareçam como um repertório visual recorrente — é o caso da série A cisão da superfície —, Lindote não trata a natureza como temática, mas como ponto de partida para refletir sobre o próprio ato de pintar. “Esses temas funcionam como um motivo pra mim. Através deles, estabeleço a relação das coisas que quero pensar e dizer sobre pintura”, revela. A partir dessa conexão figurativa, o artista propõe que o espectador vá além do tema e se detenha no fazer: nas pinceladas, na incidência da luz, nas cores e texturas.


Com trajetória artística de quase cinco décadas, reconhecida por diversas premiações no campo das artes plásticas, Fernando mergulha nesse gesto técnico e reflexivo a partir do estudo de diferentes períodos da história da arte, da filosofia e das formas de ver o mundo de cada época. Pesquisa materiais, pigmentos, vernizes e investiga como a tinta se comporta sobre a tela. A floresta, nesse contexto, torna-se metáfora e método: “uma grande pinacoteca”, como ele define poeticamente, em que inúmeras possibilidades de pintura estão guardadas.


Ao conceber as obras reunidas em “Quimera”, o artista pensou não apenas nas imagens, mas na forma como o público se relacionaria com elas no espaço da galeria. “Pensei essa relação do espectador com a distância dos trabalhos”, comenta. A mostra apresenta tanto telas que exigem distância para a percepção de suas camadas quanto obras menores, de leitura mais intimista. Essa variedade de escalas e intensidades cria um percurso visual dinâmico que exige presença, reforçando o entendimento do artista de que sua pintura “não se esgota na imagem e precisa ser vivida”.


Outro eixo central da exposição é a crítica ao modelo clássico de composição que coloca o sujeito no centro da cena. As obras reunidas em “Quimera” propõem uma reorganização da estrutura pictórica ao explorar o embate entre figura e fundo. Aqui, todos os elementos visuais disputam o olhar do visitante, num jogo de planos e protagonismos que remete a nomes como Henri Matisse. A referência ao conceito de mundanidade, proposto pelo pensador palestino-estadunidense Edward Said, aproxima a exposição dos debates contemporâneos sobre representação, história e política na arte.


Obras como O Jardim do pintor (2025), Crânio e flor (2025) e O guardião da orbe (2025) apresentam o universo visual multifacetado de Lindote, marcado por outras imagens recorrentes – o gato, o crânio, o macaco, as carnívoras antropofágicas. Em sintonia com o pensamento do historiador da arte alemão, Aby Warburg, sobre a recorrência simbólica, estes elementos são revisitados por Fernando sob novas camadas de sentido. Há também referências explícitas e sutis a artistas como Delacroix, Goya, Joseph Beuys, Lygia Clark, Maria Martins, Max Bill e Raymundo Colares, bem como símbolos da história e da cultura brasileira, que vão do Pão de Açúcar à Esplanada dos Ministérios.


Segundo Cecília Fortes, que assina o texto curatorial da mostra, “com tantos elementos presentes, o jardim do pintor se transforma numa quimera, uma combinação incongruente de elementos diversos que, quando reunidos, ganham ares fantasiosos que aludem à mitologia e a seres fantásticos, cujo âmago é próprio exercício da pintura”.   


“Quimera” fica em cartaz até 23 de agosto de 2025.



Sobre Fernando Lindote


Fernando Lindote é um artista multimídia cuja prática transita por diversas linguagens como pintura, desenho, escultura, instalação e vídeo. 


Dentre as exposições individuais, destacam-se: Quanto pior, pior, no Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, 2023; Fernando Lindote: trair Macunaima e avacalhar o Papagaio, no Museu de Arte do Rio/MAR, Rio de Janeiro, 2015; DCI – Dispositivo de Circulação de Imagem, na Galeria Flávio de Carvalho, FUNARTE, São Paulo, 2014; 1971 – a cisão da superfície, no CCBB, Rio de Janeiro, 2012; 3D3M, no Centro Universitário Maria Antônia, São Paulo, 2008; Experiências com o Corpo, no Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, 2002; EDAX; na XII Mostra da Gravura Museu da Gravura, Curitiba, 2000; Teatro Privado, no MAM Rio, 1999.


Dentre as exposições coletivas, destacam-se: Oito décadas de abstração informal no MAM, São Paulo, 2018; Modos de ver o Brasil: Itaú Cultural 30 anos na OCA, São Paulo, 2017; How to Read El Pato Pascual: Disney’s Latin America and Latin America’s Disney na Luckman Fine Arts Complex e Schindler House, Los Angeles, 2017; MAC no Século 21 – A Era dos Artistas no MAC São Paulo, 2017; 10ª Bienal do Mercosul, Porto Alegre, 2015; A Cor do Brasil no Museu de Arte do Rio/MAR, Rio de Janeiro, 2015; 29º Bienal Internacional de São Paulo, 2010; 5º Bienal do Mercosul, Porto Alegre, 2005; Panorama de Arte Brasileira no MAM São Paulo, 2005 e 1998, entre outras. Premiado na 6ª edição do Prêmio Marcantonio Vilaça CNI SESI SENAI para as Artes Plásticas (2017-2018). 


Recebeu o Prêmio de Artes Plásticas FUNARTE/Marcantonio Vilaça em 2013, 2012, 2010 e 2009. Foi bolsista da Fundação Vitae em 2000, com o projeto Outro porco empalhado. Recebeu o prêmio Aquisição no 10º Salão Nacional de Artes Plásticas/FUNARTE, Rio de Janeiro, 1987; recebeu o Prêmio Aquisição no 2º Prêmio Pirelli Pintura Jovem, MASP, São Paulo, 1985; recebeu o Prêmio 4º Jovem Arte Sul América, MAC Curitiba, 1984.


Contemplado em 2022 com o Prêmio Mário Pedrosa - destinado a artista contemporâneo, da Associação Brasileira de Críticos de Arte - ABCA, na 6ª edição do Prêmio Marcantonio Vilaça CNI SESI SENAI para as Artes Plásticas (2017-2018). Recebeu o Prêmio de Artes Plásticas FUNARTE/Marcantonio Vilaça em 2013, 2012, 2010 e 2009. Foi bolsista da Fundação Vitae em 2000, com o projeto Outro porco empalhado. Recebeu o prêmio Aquisição no 10º Salão Nacional de Artes Plásticas/FUNARTE, Rio de Janeiro, 1987; recebeu o Prêmio Aquisição no 2º Prêmio Pirelli Pintura Jovem, MASP, São Paulo, 1985; recebeu o Prêmio 4º Jovem Arte Sul América, MAC Curitiba, 1984. 


Possui obras em importantes coleções como: Museu de Arte Contemporânea de São Paulo, Museu de Arte do Rio de Janeiro, Casa das Onze Janelas, Museu da Universidade Federal do Pará, Coleção Amazoniana de Arte da UFPA, Museu de Arte Contemporânea do Paraná, Museu de Arte de Santa Catarina, Museu de Arte de Joinville, Museu de Arte do Rio Grande do Sul, Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul, Instituto Figueiredo Ferraz e Coleção Itaú Cultural, entre outros.



Sobre a Anita Schwartz Galeria de Arte


Desde meados dos anos 80, Anita Schwartz participa ativamente na construção e consolidação da carreira de artistas com produções atemporais, apoiando no desenvolvimento profissional e na projeção e reconhecimento de suas poéticas, através de parcerias com galerias, museus e instituições culturais internacionais e da participação nas principais feiras de arte contemporânea.


Em 1998 Anita Schwartz inaugura a galeria de arte contemporânea que levará seu nome. No ano de 2008, é transferida para novo espaço com projeto assinado pelo escritório Cadas Arquitetura, tornando-se a galeria pioneira no Brasil com edifício sede especialmente planejado. Com aproximadamente 700 metros quadrados de área distribuídos em três andares, oferece salão principal de 110 metros quadrados e pé direito de 7,2 m para receber grandes mostras, instalações e projetos especiais. No segundo andar, uma sala de exposições de 60 metros quadrados e terraço com um container destinado a videoinstalações, que comporta até 20 espectadores.



SERVIÇO


“QUIMERA”, de Fernando Lindote


Abertura: 16 de julho de 2025, às 19h

Encerramento: 23 de agosto de 2025


Anita Schwartz Galeria de Arte

R. José Roberto Macedo Soares, 30 – Gávea

Rio de Janeiro | RJ

Tel: (21) 2540-6446 | (21) 99603-0435


Website: www.anitaschwartz.com.br

Instagram: @galeria_anitaschwartz


Visitação: segunda a sexta, das 10h às 19h; sábado, das 12h às 18h


Mais informações para a imprensa:

Mônica Villela Companhia de Imprensa

(21) 97339-9898 | monica@monicavillela.com.br


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