Exposição individual "Pista livre", de Raymundo Colares
Exposição

Exposição individual "Pista livre", de Raymundo Colares

Exposição

  • Nome: Exposição individual "Pista livre", de Raymundo Colares
  • Abertura: 09 de agosto 2025
  • Visitação: até 04 de outubro 2025

Local

  • Local: Almeida & Dale
  • Evento Online: Não
  • Endereço: Rua Caconde, 152

Após 15 anos, Raymundo Colares tem nova exposição em São Paulo 

 

Com curadoria de Ligia Canongia, mostra panorâmica do artista mineiro ocupa o espaço da Almeida & Dale no Jardim Paulista e apresenta cerca de 40 obras, incluindo seus livros-objetos  

 

 

São Paulo, SP — A Almeida & Dale inaugura no dia 9 de agosto, sábado, a exposição Raymundo Colares: Pista livre, panorâmica dedicada à obra do artista mineiro Raymundo Colares (1944-1986), sob curadoria de Ligia Canongia. Reunindo mais de 40 obras, entre pinturas, guaches e os emblemáticos Gibis, livros-objetos que convidam o público a se envolver com os trabalhos tridimensionais a partir do manuseio de suas folhas coloridas que se desdobram, a mostra marca o retorno do artista à capital paulista após um hiato de 15 anos sem exposições individuais na cidade.   

 

Figura singular da arte brasileira dos anos 1970, Colares criou uma linguagem própria, marcada pela fusão entre referências construtivistas e elementos da cultura urbana e popular. O ônibus, ícone recorrente em sua produção, sintetiza esse cruzamento. Nas telas, a carroceria se desdobra em formas geométricas e cortes abruptos que evocam velocidade, fragmentação e fluxo, temas centrais em seus trabalhos. Suas telas apresentam fragmentos de espaço que parecem se colidir, pedaços de carrocerias captados ao acaso e em movimento. A ideia da multiplicação e da deformação das coisas em movimento traz à luz uma das questõeschave de sua produção, que é a ideia de tempo e velocidade.   

 

“Raymundo Colares compreendeu que a questão do movimento, em última instância, a questão do tempo, havia arremetido a experiência da pintura para além da estabilidade que conhecera no passado histórico, respondendo aos avanços da ciência e ao viver moderno. Pressentiu que essa atualização se prolongaria na era contemporânea, e que os efeitos da máquina seriam intensos e irreversíveis, mesmo não tendo vivenciado o mundo digital de nossos dias”, explica a curadora. 

 

Duas réplicas dos originais Gibis, livros de artista compostos por folhas de papel colorido recortado que se transformam a cada virada de página e revelam novas configurações visuais, são disponibilizadas na exposição para interação do público. A mostra inclui ainda um vídeo do artista carioca Marcos Chaves, que realiza uma homenagem a Colares e edifica, por meio de imagens em movimento, o universo visual dos ônibus que tanto o inspiraram. Concomitantemente à exposição, será lançado o primeiro livro integral sobre a obra de Raymundo Colares, em uma publicação bilíngue que conta com textos de Ligia Canongia e de Felipe Scovino, além de artigos históricos, cronologia ilustrada e documentos inéditos, como cartas e poemas visuais do próprio artista. 

 


Sobre Raymundo Colares 

 

Raymundo Colares nasceu na cidade de Grão-Mogol, em Minas Gerais, em 1944, e faleceu jovem e tragicamente, em Montes Claros, Minas Gerais, no ano de 1986. No curto período de sua carreira artística, legou ao país uma das mais importantes obras de nossa história da arte. Sua trajetória se inicia no final da década de 1960, momento em que os sintomas da Pop Art começam a atuar no Brasil. Colares, porém, ainda mantinha laços estreitos com o construtivismo anterior, mesclando certa influência pop com as vanguardas geométricas. Sua obra situa-se justamente nesse embate, ou nessa fusão, mesmo que, nele, os princípios construtivos prevaleçam sobre os sinais pop. Os trabalhos de Mondrian, Duchamp e dos futuristas italianos foram cruciais em sua formação, mas o trabalho já anunciava a presença da iconografia urbana e da exuberância cromática da Pop Art. Participou de mostras importantes como Do Corpo à Terra (1970) e da XI Bienal de São Paulo (1971), consolidando sua presença no circuito nacional. 

 


Sobre Ligia Canongia  

 

Ligia Canongia é crítica de arte e curadora independente, e reside no Rio de Janeiro. Graduada em Letras e pós-graduada em História da Arte e da Arquitetura pela PUC-RJ, é autora e/ou organizadora de diversos livros e catálogos. Realiza trabalhos de curadoria desde a década de 1980, no Brasil e no exterior. Foi titular da coluna de arte do jornal O Globo e assessora da Fundação Nacional de Arte (Funarte), assim como integrou a equipe de curadoria do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Nos últimos anos, assinou, dentre outras, as retrospectivas dos artistas Waltercio Caldas (CCBB – RJ e Brasília), Raymundo Colares (Centro Cultural Light – RJ), Jac Leirner (CCBB - RJ e Brasília) e Angelo Venosa (MAM- RJ, Palácio das Artes- BH e Pinacoteca do Estado de S.Paulo). Fez também outras curadorias de grande porte, dentre elas as de Miguel Rio Branco (MAMRJ), Mario Cravo Neto (CCBB-RJ), José Damasceno (Espace Topographie de l’Art, Paris, Casa França- Brasil e Santander Cultural) e Marcos Chaves (MAR – RJ). Foi curadora da primeira exposição de grande escala dedicada à relação entre Arte e Fotografia no Brasil (CCBB – RJ), com a publicação de um livro sobre o assunto. Entre 2006 e 2007, viveu em Paris com o Prêmio Icatu de Arte, dedicado a profissionais da área de cultura. De 2009 e 2010, foi curadora da Casa de Cultura Laura Alvim, a convite da Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro. Foi curadora, em parceria com o historiador suiço-brasileiro Adon Peres, das exposições internacionais “Nan Goldin” (MAM-RJ), “Meias-verdades” (Oi Futuro – RJ) e “Imaterialidade” (Sesc – SP). “Meias verdades” apresentou no Brasil os artistas Sophie Calle, Pierrick Sorin e Valerie Belin, junto ao Ano da França no Brasil/2009. Também integrada a essa comemoração, fez a curadoria da exposição “Reflexio”, com 6 artistasfotógrafos franceses, no Santander Cultural, em Porto Alegre. Em 2020, foi indicada ao Prêmio Mário de Andrade, concedido pela Associação Brasileira de Críticos de Arte, pelo conjunto da trajetória. É autora dos livros: “Quase Cinema”, col. Caderno de Textos, ed. Funarte, Rio de Janeiro,1981; “Ivens Machado: O Engenheiro de Fábulas”, ed. Petrobras, Rio de Janeiro, 2001; “Waltercio Caldas”, ed. CCBB, Rio de Janeiro, 2001; “ArteFoto”, ed. CCBB, Rio de Janeiro, 2002; “Artur Barrio”, ed. Modo Edições, Rio de Janeiro, 2002; “Eduardo Sued”, ed. CosacNaify, São Paulo, 2005; “O Legado dos Anos 60 e 70”, ed. Zahar, Rio de Janeiro, 2005; “ Os Anos 80”, ed. Francisco Alves, Rio de Janeiro, 2010; “Angelo Venosa”, ed. CosacNaify, São Paulo, 2013.  

 


Sobre Almeida & Dale 


Fundada em São Paulo, em 1998, a Almeida & Dale promove o legado de artistas emblemáticos e impulsiona a produção contemporânea nos cenários nacional e internacional. Com três endereços em São Paulo, a galeria realiza um programa expositivo e editorial de excelência, estabelece parcerias com instituições e coleções de renome e está presente nas principais feiras de arte mundiais, o que a posiciona como uma das mais influentes galerias brasileiras. A Almeida & Dale representa mais de 50 artistas e espólios, reunindo nomes fundamentais dos modernismos brasileiros, figuras-chave para a formação da arte contemporânea e a sua projeção internacional, além de artistas em plena atuação que continuam a redefinir o horizonte artístico. 


Em 2025, ao finalizar sua fusão com a prestigiada galeria Millan, estabelecida em 1986, também em São Paulo, a Almeida & Dale abraça um histórico de comprometimento profundo com o experimentalismo artístico, de colaboração estreita com artistas para os posicionar nas principais exposições e instituições do mundo e de impulsionamento internacional de carreiras. De maneira ativa, a Almeida & Dale assume o desafio de difundir múltiplas perspectivas e novas aproximações, centrada em ser uma plataforma para os artistas em projetos ambiciosos. Ao unir expertise artística e um olhar estratégico para as dinâmicas globais do setor, a galeria fomenta a expansão e a capilarização da arte latino-americana por meio de uma atuação que segue amplificando e potencializando o mercado. 

 


SERVIÇO 


Raymundo Colares: Pista livre 

Curadoria de Ligia Canongia  

 

De 9 de agosto a 4 de outubro de 2025 

 

Rua Caconde, 152, São Paulo, SP, 01425-010  

Segunda a sexta-feira: 10h às 19h 

Sábado: 11h às 16h Entrada gratuita  


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