

Exposição individual “Nunca é para sempre”, de Flavia Fabbriziani
Exposição
- Nome: Exposição individual “Nunca é para sempre”, de Flavia Fabbriziani
- Abertura: 06 de maio 2025
- Visitação: até 26 de junho 2025
Local
- Local: Casa de Cultura Laura Alvim
- Evento Online: Não
- Endereço: Av. Vieira Souto, 176 - Ipanema
Artista Flavia Fabbriziani abre individual no Rio, “Nunca é para sempre”, na Casa de Cultura Laura Alvim
Em um diálogo com a natureza e o tempo, suas pinturas abstratas, “quase miragens”, nos lembram que nada permanece eterno
A artista visual Flavia Fabbriziani apresenta a exposição individual “Nunca é para sempre”, no Rio de Janeiro, composta por diversas pinturas inéditas e uma instalação, na qual incorpora linguagens visual e sonora. Com curadoria de Shannon Botelho, a abertura acontece no dia 6 de maio, às 19h, na Casa de Cultura Laura Alvim (CCLA), em Ipanema, espaço da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa/FUNARJ. A mostra fica em cartaz até o dia 26 de junho, com visitação de terça a domingo, das 13h às 19h e entrada franca. A artista é representada pela galeria de arte paulista Galeria 18.
Em sua fase atual, a artista propõe nova reflexão em seu trabalho, que surge da observação da paisagem vista da janela de seu ateliê. Questionando se aquela paisagem sempre esteve ali, em uma carta endereçada ao seu curador, a artista escreve: “Este período de produção tem sido muito diferente de todos os outros. Não sei o que aconteceu, se meu entorno sempre foi verde assim, se as plantas cresceram, se a natureza era tão exuberante, mas algo aconteceu por detrás dessas janelas” e continua: “Aquela planta amarela sempre esteve ali ou nasceu de repente?”
Tomando essa observação como ponto de partida, Flavia explora o que se vê e o que realmente se é capaz de enxergar, propondo que um olhar atento revela a forma como nos relacionamos com o tempo, em suas palavras: “enxergar vai além do olhar, é um ato de presença”.
Este diálogo com a natureza permitiu que a artista, antes voltada para um trabalho abstrato ligado ao gestual, pela primeira vez, apresente elementos reconhecíveis. Chamadas de “quase miragens” pelo curador da mostra, Shannon Botelho pontua: “A sua abstração profundamente marcada pelo ritmo gestual, onde cores e formas se entremeiam, cede lugar ao que chamaremos de quase miragens. Uma construção imagética na fricção da abstração e da citação figural, um lampejo de memória que se esvaece na superfície da tela”.
A abstração, seu lugar de elaboração de sentidos para o mundo, ganha agora um novo contorno numa paleta extensa de verdes com a presença de amarelos e terrosos, incorporando a citação de elementos naturais.
Na instalação apresentada na exposição, diversas obras em tons semelhantes, composta por algumas mais densas e outras que deixam escapar certa luz, por meio de costuras irregulares, quase suturas, são dispostas na parede, sugerindo ritmo, convidando o espectador a seguir em frente. A obra sonora propõe um percurso, uma tentativa de estar no tempo, dentro do compasso da própria vida.
A mostra nos remete à ideia de que nada é fixo, que tudo está em constante transformação, nos convidando a refletir no que nos resta e no que realmente importa, nos lembrando de que, na vida, nunca é para sempre.
Sobre Flavia Fabbriziani
Flavia Fabbriziani, natural de São Paulo, mora há mais de dez anos no Rio de Janeiro. Formada em administração de empresas e pós-graduada em negócios digitais, com MBA em gestão de museus pela Associação Brasileira de Gestão Cultural – trabalhou com gestão de projetos nas áreas editoriais e educacionais e no núcleo de memória da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.
Vinda de uma família que valorizava as manifestações artísticas, com um tio pintor e escultor e uma mãe pianista, Flavia teve seu primeiro contato com as artes por meio da dança. No núcleo de memória da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, trabalhou sob a coordenação de Margarida Souza Neves e, em paralelo, realizou aulas de Arte Contemporânea com o professor Ronaldo Brito, além da residência artística em Roma com a artista Primarosa Cesarini Sforza e das aulas “Encontros e Reflexões”, no Parque Lage, coordenado pela artista Iole de Freitas.
No coletivo UaiArt, criou o projeto “Mulheres Iluminadas – Laura Laurinda Gabriella”, projeto de memória que, por meio de pesquisas biográficas, transformava histórias de mulheres de vanguarda por meio de instalações e obras sonoras.
Para realizar suas obras, Flavia utiliza grandes paineis para fixar suas telas, necessita de superfícies que sustentem o impacto do seu gestual que utiliza o dorso, os braços, os punhos e as mãos. É possível ver em seu trabalho pinceladas vigorosas e espatuladas curtas ou longas, uma mistura de cores, formas e tonalidades luminosas.
A cidade, a natureza a sua volta, as memórias e as vivências servem de inspiração para que, por meio de um gestual cadenciado e intenso, construa e desvenda camadas em sua obra.
Sobre a 18:
A 18 é uma galeria de arte contemporânea com uma seleção de artistas renomados e em ascensão, de diferentes vertentes, estilos e suportes.
Desde seu início, preocupa-se em criar e expandir relações dentro do mundo da arte, seja com os artistas, clientes ou espectadores, que encontram na 18 um ambiente receptivo, diferente da hostilidade hermética vista em outras galerias.
Seu time, com diversos artistas representados, oferece vários tipos de experimentações resultando em uma pluralidade visual e cultural que poucos locais possuem.
Serviço
“Nunca é para sempre”, de Flavia Fabbriziani
Curadoria: Shannon Botelho
Imprensa e PR: Toni Oliveira
Apoio: Galeria 18
Data de abertura: 06/05/2025
Data de encerramento: 26/06/2025
Horário de funcionamento: de terça a domingo, das 13h às 19h
Entrada Franca | Classificação etária livre
Vernissage: dia 06/05/2025 - das 19h às 22h
Casa de Cultura Laura Alvim (CCLA), em Ipanema
Espaço da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa/FUNARJ.
Av. Vieira Souto, 176 - Ipanema, Rio de Janeiro - RJ, 22420-004
Telefone: (21) 2332-2016