Exposição individual "Las fases lunáticas" de Jorge Macchi
Exposição

Exposição individual "Las fases lunáticas" de Jorge Macchi

Exposição

  • Nome: Exposição individual "Las fases lunáticas" de Jorge Macchi
  • Abertura: 10 de julho 2025
  • Visitação: até 09 de agosto 2025
  • Galeria: Galeria Luisa Strina

Local

  • Local: Galeria Luisa Strina
  • Evento Online: Não
  • Endereço: Rua Padre João Manuel, 755, loja 2

Jorge Macchi apresenta Las fases lunáticas na Luisa Strina 


O conjunto de obras relaciona objetos encontrados com a materialidade da pintura e a imaterialidade da luz   

 

  

A máscara—e o que se vê através dela—é o ponto de partida para a nova exposição de Jorge Macchi, com abertura em 10 de julho, quinta-feira, das 18h às 21h, na Luisa Strina.   

 

Para Las fases lunáticas, Jorge Macchi criou um conjunto de obras que relaciona objetos encontrados com a materialidade da pintura e a imaterialidade da luz. O título da exposição deriva de uma pintura que representa a sobreposição de sombras projetadas por diferentes focos de luz ao atravessar os furos de um papelão. A expressão fases lunáticas é uma alteração sutil de fases lunares, aludindo às diferentes situações de luz e sombra nos seis círculos que compõem a obra.   

 

Em geral, a exposição está estruturada em dípticos que colocam em diálogo peças de papelão encontradas na rua com pinturas sobre papel. Os papelões exibem uma constelação de orifícios que correspondem à função que cumpriam antes de serem descartados. As pinturas, por sua vez, repetem em espelho a estrutura desses orifícios. Cada uma das formas resultantes, pintadas com óleo sobre papel branco, representa fragmentos de uma paisagem atmosférica com sutis gradientes de cor. A auréola criada pelo óleo ao redor das formas, ao ser absorvido pelo papel, aprofunda a fragmentação dessa paisagem, supostamente percebida através dos orifícios. O papelão funciona ao mesmo tempo como máscara e como dispositivo para olhar.   

 


Sobre as obras 

 

Interior e Exterior (ambas de 2024) são duas pinturas que abordam um mesmo efeito luminoso a partir de duas perspectivas diferentes. Enquanto Interior representa, à maneira impressionista, os efeitos da luz no interior de um quarto ao passar através de uma persiana semiaberta, Exterior representa apenas o que se poderia ver do espaço exterior através dos pequenos buracos dessa mesma persiana.   

 

Outras peças fazem referência à câmara escura, dispositivo óptico que antecedeu a fotografia. Aqui se relacionam caixas de papelão encontradas e pinturas que resultam da projeção sobre o papel dos orifícios presentes nessas caixas.   

 

Luz mala (2025) é uma peça de papelão amassado com orifícios dispostos em fileiras, que pende da parede. Somente a ação do espectador permite descobrir os efeitos da luz que atravessa os furos sobre a parede que lhe serve de suporte.   

 

Test (2024) propõe outro tipo de máscara: as duas letras simétricas Y e O foram obtidas à maneira do teste de Rorschach, dobrando um papel ao meio e carimbando uma imagem simétrica. Se o famoso teste propicia uma interpretação do espectador, aqui não há interpretação possível: o texto diz YO (“EU”, em espanhol), ainda que esse “eu” seja absolutamente opaco.   

 

O artista decidiu incorporar à mostra uma obra de 1996, Peep show. No contexto da exposição, esta acaba sendo uma inversão do mecanismo presente em quase todas as obras. É uma colagem com recortes de jornais de fotografias dos olhos de diferentes pessoas, como se estivessem olhando através de um buraco retangular para o espaço de exposição ou para o espectador, a partir de seu próprio espaço particular.   

 


Sobre o artista 

 

Jorge Macchi nasceu em Buenos Aires, Argentina, em 1963. Estudou arte na Escuela Nacional de Bellas Artes de Buenos Aires. Em 2001 recebeu a bolsa da John Simon Guggenheim Memorial Foundation. Representou a Argentina na Bienal de Veneza 2005.   


Realizou quatro mostras monográficas: Perspectiva, Malba, Buenos Aires (2016), CA2M, Madrid, Espanha; Espectrum, CRAC Montbeliard, França (2015); Music Stands Still no Museu de Arte Contemporânea SMAK em Gante, Bélgica (2011); e Anatomía de la melancolía no Santander Cultural em Porto Alegre, Museu Blanton em Austin (2007) e CGAC (Centro Galego de Arte Contemporânea em Santiago de Compostela, 2008). Outras mostras individuais: La Cathédrale engloutie, Musée Cantonal de Beaux Arts, Lausanne, (2020), Lampo, NC Arte, Bogotá (2015); Prestidigitador no MUAC, Cidade do México (2014); Container no MAMBA, Buenos Aires (2013); Container no Kunstmuseum Luzern, (2013); Last minute, em colaboração com Edgardo Rudnitzky, Pinacoteca do Estado de São Paulo (2009).  Participou das mostras coletivas La fabrique du temps, Musée de la Poste, Paris, França, 2025; Argentina. What the night tells the day, PAC, Padiglione d´Arte Contemporanea, Milão, 2023; El Doble: Identidad y Diferencia en el Arte, desde 1900; National Gallery of Art, Washington DC, 2022; Seeing and perceiving, King Abdul Aziz Center for World Culture (Ithra) Dhahran, Arábia Saudita, 2021.  Participou da Trienal de Beaufort 24 na Bélgica em 2024, das Bienais de Liverpool 2012, Sydney 2012, Lyon 2011, Istambul 2011, Auckland 2010, Nova Orleans 2008, Yokohama 2008, Porto Alegre 2007, São Paulo 2006, Veneza 2005, Praga 2005, São Paulo 2004, Istambul 2003, Porto Alegre 2003, Fortaleza 2002 e Havana 2000. 


Vive e trabalha em Buenos Aires.  


www.jorgemacchi.com    

 


Sobre a Luisa Strina 

 

Fundada em 1974, a Luisa Strina é uma das galerias mais influentes do Brasil, desempenhando um papel fundamental na consolidação do mercado de arte contemporânea no país. Foi pioneira na formação de uma geração de artistas conceituais brasileiros, incluindo Antonio Dias, Cildo Meireles, Tunga e Waltercio Caldas. Nos anos 1990, a galeria ampliou sua atuação ao representar artistas emergentes como Alexandre da Cunha, Fernanda Gomes e Marepe. Em 1992, tornou-se a primeira galeria latino-americana a participar da prestigiada feira Art Basel, abrindo caminho para a internacionalização da arte brasileira. Desde então, consolidou sua presença em algumas das mais importantes feiras de arte do mundo, incluindo Art Basel Paris e Miami Beach, Arco Madrid, Frieze e SP-Arte. Ao longo dos anos 2000, seu elenco foi expandido para incluir grandes nomes da arte latino-americana, como Jorge Macchi, Juan Araujo e Pedro Reyes, além de artistas mulheres já estabelecidas, como Laura Lima, Leonor Antunes e Renata Lucas. Na última década, a galeria reafirmou seu papel como referência internacional, representando artistas influentes como Alfredo Jaar e Anna Maria Maiolino, ao mesmo tempo em que segue investindo em novas gerações, com nomes como Bruno Baptistelli e Panmela Castro. 


 

Serviço 

 

Jorge Macchi: Las fases lunáticas 

Abertura: Quinta-feira, 10 de julho, das 18h às 21h 

Visitação até 09 de agosto 

Luisa Strina 

Rua Padre João Manuel, 755, loja 2 

Segunda a sexta, das 10h às 19h Sábado, das 10h às 17h 

www.luisastrina.com.br  

 

 

 


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