

Exposição individual “La Sociedad Subatômica”, de Marco Maggi
Exposição
- Nome: Exposição individual “La Sociedad Subatômica”, de Marco Maggi
- Abertura: 29 de março 2025
- Visitação: até 24 de maio 2025
Local
- Local: Nara Roesler
- Evento Online: Não
- Endereço: Avenida Europa, 655
Nara Roesler São Paulo apresenta a exposição
Marco Maggi – La Sociedad Subatômica
A Nara Roesler São Paulo tem o prazer de apresentar, a partir do dia 29 de março de 2025, às 11h, a exposição “Marco Maggi – La Sociedad Subatômica”, com 21 trabalhos do artista nascido em 1967 em Montevidéu, e que divide seu tempo entre Nova York e sua cidade natal. Na mostra, estarão majoritariamente trabalhos feitos em 2025 e 2024, em pequenos fragmentos de papéis das mais diversas cores, materialidades e recortes de papel, colados sobre um suporte de papel dibond. A escala em que são realizados, extremamente miniaturizada, demanda um olhar atento do espectador.
A princípio, os trabalhos de Maggi parecem silenciosos, e, em alguns casos, quase imperceptíveis. Sua escala miniaturizadaconvida o público a um olhar ativo, para perceber o que a princípio pode escapar: eles formam complexos, intrincados e minúsculos padrões geométricos, tracejados, linhas e até mesmo estruturas com certa vocação arquitetônica, que emergem do suporte e revelam uma inesperada e imbricada trama.
Outra importante característica da escala do trabalho de Maggi é a dificuldade de registrá-lo, dado que seus detalhes minuciosos raramente podem ser retidos em uma única fotografia. Da mesma forma que a percepção para sua poética necessita ser pausada e pormenorizada, o mesmo se dá no âmbito do registro, no qual a câmera necessita estabelecer uma outra relação com o trabalho, muito mais próxima, para então captar seus mínimos detalhes, contrária à ideia de panorama.
Com trajetória iniciada na década de 1990, Marco Maggi tem como ponto de partida de seu trabalho a crítica ao olhar contemporâneo, pautado pelo excesso de velocidade, imediatismo e voracidade. Temos muitas vezes, como consequência disso, uma mirada descomprometida e apressada sobre o mundo que nos rodeia, algo que é rechaçado pelas proposições do artista, que seguem pelo caminho oposto, instigando o espectador a exercitar uma presença ativa, contrária à lógica atual em que estamos inseridos, apesar da obsessão dos nossos tempos com práticas como o mindfulness.
A exposição também reúne alguns trabalhos em que os suportes são objetos cotidianos, como placas de acrílico, mesas de bilhar, bolas de pingue-pongue, esferas de cristal, além da própria parede da galeria. Em todos esses meios, Maggi pontua e constrói suas elaboradas tramas geométricas e algo cartográficas, nas quais os elementos diminutos reluzem e trazem pequenas pontuações.
INCERTEZAS E INSTABILIDADES
Para Maggi, sua exposição tem uma ligação direta com o universo das ciências naturais, em especial na virada da Física Clássica para a Física Quântica, ocorrida na primeira metade do século 20, daí o título da mostra. A Física Clássica, produzida até o final do século 19, se ocupa das forças que agem em corpos geralmente maiores que um átomo. A Física Quântica explora o universo das estruturas menores do que um átomo, onde “aumentam as instabilidades, as incertezas e as imprecisões. Essas características são definidoras do mundo subatômico por excelência, e em muito se relacionam com a maneira com que vemos e nos comunicamos na sociedade atual”, explica Marco Maggi.
O filósofo francês François Cusset (1969) – em texto sobre Maggi na ocasião de sua participação como representante do Uruguai na 56ª Bienal de Veneza, em 2015, com o trabalho “Global Myopia II” – afirmou acerca do método do artista: “Traços lidam com o significado; eles qualificam o que merece ser inscrito: por outro lado, o insignificante não deixa rastros, o banal não tem memória, tudo desaparece com o instante de sua relevância. Marco Maggi vira essa ordem estabelecida de cabeça para baixo; esculpindo e cortando, ele transforma o insignificante em traço, o vácuo em arquivo, a sombra em alfabeto, o detalhe em cosmos e as mais ínfimas variações naquela famosa revolução que havíamos desistido de esperar”.
SOBRE MARCO MAGGI
Marco Maggi (1957, Montevidéu) vive e trabalha em Nova York e Montevidéu. Expõe individualmente desde 1998. Exposições individuais recentes incluem: “O papel é inocente”, no Museu Brasileiro de Escultura e Ecologia (MuBE), em 2018, em São Paulo; “Putin'sPencils”, na Sicardi Gallery, em 2017, em Houston, Estados Unidos; “Piano Piano”, no Espacio Monitor (2016), em Caracas; “DrawingAttention”, no KemperMuseumofContemporaryArt (2015), em Kansas, Estados Unidos. Participou também da 25ª Bienal de São Paulo, em 2002; da 8ª Bienal de Havana, em 2003; da 29ª Bienal de Pontevedra, Espanha, em 2006. Algumas das mostras coletivas em que apresentou seu trabalho recentemente são: “Art_Latin_America: AgainsttheSurvey”, no Davis Museum at Wellesley College (2019), em Wellesley, Estados Unidos; “Latinoamérica: volver al futuro”, no Museo de Arte Contemporáneo de Buenos Aires (2018), em Buenos Aires; “TensionandDynamism”, no AtchugarryArt Center (2018), em Miami, Estados Unidos; “PaperintoSculpture”, no NasherSculpture Center (2017), em Dallas, Estados Unidos.
Na Nara Roesler, Marco Maggi fez as individuais “O ouro e o mouro”, em 2017, no Rio de Janeiro, e, em São Paulo, “Uma Frase com Três Cantos”, em 2015, e “Hipo Real”, em 2008, além das coletivas, também em São Paulo, “Reflectionson Time and Space”, em 2019, e “Prática portátil”, em 2014.
Tem obras em importantes acervos, como: ArtInstituteof Chicago, Estados Unidos; DarosCollection, Zurique, Suíça; Cisneros-Fontanals Foundation, Miami, Estados Unidos; Solomon R. Guggenheim Museum, Drawing Center, e MuseumofModernArt (MoMA), em Nova York, Estados Unidos.
SOBRE NARA ROESLER
Nara Roesler é uma das principais galerias de arte contemporânea do Brasil, representa artistas brasileiros e latino-americanos influentes da década de 1950, além de importantes artistas estabelecidos e em início de carreira que dialogam com as tendências inauguradas por essas figuras históricas. Fundada em 1989 por Nara Roesler, a galeria fomenta a inovação curatorial consistentemente, sempre mantendo os mais altos padrões de qualidade em suas produções artísticas. Para tanto, desenvolveu um programa de exposições seleto e rigoroso, em estreita colaboração com seus artistas; implantou e manteve o programa Roesler Hotel, uma plataforma de projetos curatoriais; e apoiou seus artistas continuamente, para além do espaço da galeria, trabalhando em parceria com instituições e curadores em exposições externas. A galeria duplicou seu espaço expositivo em São Paulo em 2012 e inaugurou novos espaços no Rio de Janeiro, em 2014, e em Nova York, em 2015, dando continuidade à sua missão de proporcionar a melhor plataforma possível para que seus artistas possam expor seus trabalhos.
Serviço
Exposição “Marco Maggi – La Sociedad Subatômica”
Abertura: 29 de março de 2025, às 11h
Até: 24 de maio de 2025
Entrada gratuita
Nara Roesler, São Paulo
Avenida Europa, 655
Segunda a sexta, das 10h às 19h
Sábado, das 11h às 15h
Telefone : 55 (11) 2039 5454
info@nararoesler.art
Comunicação: Paula Plee – com.sp@nararoesler.com
Canais digitais:
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Instagram – @galerianararoesler
Facebook – @GaleriaNaraRoesler
YouTube – https://www.youtube.com/user/galerianararoesler
Mais informações: CWeA Comunicação
Claudia Noronha – +5521.99360.2330
Lilian Diniz –+5521.99372.6395
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