

Exposição individual “Eco e lugar”, de Yamandú Canosa
Exposição
- Nome: Exposição individual “Eco e lugar”, de Yamandú Canosa
- Abertura: 10 de maio 2025
- Visitação: até 07 de junho 2025
Local
- Local: Galeria Zielinsky
- Evento Online: Não
- Endereço: Travessa Dona Paula, 33 – Higienópolis
Artista uruguaio Yamandú Canosa explora o som e o espaço em mostra na Galeria Zielinsky São Paulo
Em sua primeira solo no Brasil, ele já expôs na Europa (Espanha, França, Itália, Holanda e Rússia), América do Norte (Estados Unidos) e do Sul (Uruguai)
A Zielinsky São Paulo tem o prazer de apresentar, de 10 de maio a 07 de junho de 2025, “Eco e lugar”, a primeira exposição individual em São Paulo do artista uruguaio Yamandú Canosa. Nascido em 1954 em Montevidéu e radicado em Barcelona desde os anos 1970, Canosa é um dos artistas mais destacados de seu país, com uma trajetória amplamente reconhecida na Espanha e internacionalmente. Em 2019, representou o Uruguai na 58ª Bienal de Veneza com o projeto A casa empática.
Sua obra — formalmente eclética — estabelece um diálogo entre a modernidade e a contemporaneidade. Há mais de vinte anos, suas instalações constroem paisagens imersivas onde habitam iconografias figurativas, abstratas e textuais do cenário de sua experiência. Yamandú Canosa entende a paisagem como “paisagem de linguagem”. Nas palavras de Christian Alonso: “A prolífica obra de Yamandú Canosa tem se concentrado na elaboração e desenvolvimento de uma noção expandida do desenho e da pintura, fortemente vinculada à linguagem, entendida como uma estrutura dinâmica decisiva para a constituição subjetiva do ser humano. Após um processo de revisionismo nos anos 80, que o leva a romper com a lógica dos estilos históricos, ele assume a experiência como sujeito e articula conceitos sobre estratégias de construção de sentido. A partir dessa experiência, cria narrativas complexas relacionadas ao plano como cartografia, o plano como pele, o plano como espaço côncavo ou o tempo do olhar, bem como questões relacionadas à identidade cultural, paisagem, memória e afetos. Suas instalações, enquanto composições, orientam-se à ampliação dos limites do sentido, à análise do olhar, à percepção e à formação do sujeito com e através da linguagem. Suas cartografias subjetivas se desdobram em fragmentos, rastros e vistas parciais, distribuídas em relação à linha do horizonte como plano diagramático, o que permite a Canosa refletir sobre a arte e seu entorno, redefinindo ao mesmo tempo a noção de experiência estética.”(1)
Em Eco e lugar, um horizonte atravessa todas as salas da galeria, transformando o espaço em uma grande paisagem transparente, que se replica em eco em um grande espelho.
Eco e lugar é uma instalação site-specific que coloca em diálogo esses dois temas recorrentes na obra de Yamandú Canosa há mais de vinte anos.
O eco e o lugar são dois conceitos que o artista tem explorado em diversas abordagens formais e que agora apresenta em duas séries de obras recentes, nas quais a abstração é utilizada como ferramenta de síntese.
A série de polípticos Lugar é uma síntese dos conceitos transversais que constroem a ideia de “lugar” em sua obra: complexidade, diversidade e pertencimento — fruto de sua experiência como migrante. Em Lugar, um círculo explora cinco facetas diferentes do mesmo espaço, revelando sua heterogeneidade. A qualidade de um espaço é percebida de forma diferente dependendo de onde se experiencia. Lugar é uma série de teses, de síntese, que cartografa a qualidade impura do pertencimento. Lugar fala desde um espaço ideológico que está no centro do debate contemporâneo, onde ressoam as palavras de Hélio Oiticica: “A pureza é um mito.”
Na série Eco, a “sonoridade” de um círculo rebate em um espaço fechado, repete-se e se propaga. Eco fala da persistência da imagem, de seu reflexo, da qualidade sonora do espaço de representação e da memória. O eco acontece em um espaço e explora o lugar. A pintura Passeio em eco nomeia os isomorfismos do universo, revelando o caráter recorrente das formas e suas repetições no macro e no micro.
Sobre o artista
Yamandú Canosa iniciou seus estudos de Arquitetura em Montevidéu na década de 1970 e realizou suas primeiras exposições em Montevidéu e Buenos Aires. Em 1975, mudou-se para Barcelona. Desde então, expôs individual e coletivamente em galerias e museus de Barcelona, Valência, Madrid, Sevilha, Salamanca, Santander, Figueres, Paris, Roterdã, Veneza, Montevidéu, Buenos Aires, Rio de Janeiro, Los Angeles, Miami e St. Petersburg, entre outras cidades. Em 2011, apresentou, na Fundació Suñol de Barcelona, “A árvore dos frutos diferentes", uma retrospectiva de vinte anos de trabalhos. Em 2012, participou da 1ª Bienal de Montevidéu.
Em 2019, apresentou o projeto A casa empática no Pavilhão do Uruguai na 58ª Bienal de Veneza. Em 2022, expôs no The Salvador Dalí Museum, em St. Petersburg, Flórida (EUA), o projeto The Visit, um diálogo entre a contemporaneidade e o legado do surrealismo.
Suas obras fazem parte das coleções permanentes de diversos museus, centros de arte e fundações, públicas e privadas. Em Barcelona: Col·lecció d'Art Contemporani "la Caixa", MACBA, Fundació Banc Sabadell, Fundació Suñol, Centre d'Art Contemporani Piramidón e Colección Rafael Tous. Em outras cidades, destacam-se: Domus Artium 2002 (DA2), em Salamanca; Museu de Teruel; Museu de l'Empordà, em Figueres, e The Salvador Dalí Museum, em St. Petersburg (Flórida).
Sobre a Zielinsky
Fundada em 2015, em Barcelona (Espanha), a Zielinsky é uma galeria de arte contemporânea dedicada à representação de artistas ibero-americanos. Em 2024, inaugurou sua segunda sede em São Paulo, localizada na Travessa Dona Paula, um dos polos mais ativos do circuito artístico da cidade. À frente da galeria, os sócio-diretores Carla e Ricardo Zielinsky têm promovido, nas recentes exposições paulistanas, mostras de artistas internacionais amplamente reconhecidos no exterior, mas ainda pouco exibidos no Brasil. O elenco da galeria inclui também nomes brasileiros como Almandrade, Dedé Lins, Leonardo Finotti, Marina Camargo, Romy Pocztaruk, Shirley Paes Leme, Vera Chaves Barcellos e, mais recentemente, o artista guarani Xadalu Tupã Jekupé. https://www.zielinskyart.com
Serviço
exposição “Eco e lugar” de Yamandú Canosa
abertura: 10 de maio de 2025 (sábado), das 15h às 18h
visitação: até 07 de junho de 2025
terça a sexta, das 11h às 19h
sábado, das 11h às 17h
entrada gratuita
local: Galeria Zielinsky
Travessa Dona Paula, 33
Higienópolis, São Paulo, SP, Brazil - 01239-050
redes sociais
Zielinsky @galeriazielinsky
Yamandú Canosa @yamanducanosa
créditos
Cortesia Galeria Zielinsky