Exposição individual “Corte Circuito”, de Antonio Manuel
Exposição
- Nome: Exposição individual “Corte Circuito”, de Antonio Manuel
- Abertura: 30 de outubro 2025
- Visitação: até 30 de janeiro 2026
- Galeria: Galeria Raquel Arnaud
Local
- Local: Galeria Raquel Arnaud
- Evento Online: Não
- Endereço: R. Fidalga, 125 - Vila Madalena (SP)
Exposição “Corte Circuito”, do artista Antonio Manuel, na Galeria Raquel Arnaud, apresenta 33 obras inéditas e marca a reinvenção da sua carreira
A mostra reúne obras e instalações inéditas que exploram a tensão entre corpo, imagem e espaço, reafirmando o compromisso político e experimental de sua linguagem
Após quase quinze anos sem realizar exposições individuais em São Paulo, o artista Antonio Manuel retorna em 30 de outubro à Galeria Raquel Arnaud, com curadoria de Tiago Mesquita, para apresentar a mostra “Corte Circuito”, que reúne 33 obras inéditas, entre elas, uma série feita com grades e novos trabalhos Incontornáveis. O conjunto marca uma nova fase em sua produção, de intensa experimentação poética, e reafirma a vitalidade de uma trajetória que atravessa mais de cinco décadas de arte contemporânea brasileira.
Além das grades e de trabalhos da série “Incontornáveis”, haverá a instalação “Até que a imagem desapareça”, que será exibida pela primeira vez em São Paulo. As obras propõem reflexões sobre liberdade, resistência e transformação, conceitos recorrentes na trajetória do artista, agora revisitados sob novas perspectivas materiais e simbólicas.
Na exposição “Corte Circuito”, o artista utiliza estruturas metálicas vazadas, vindas da Alemanha, sobre as quais realiza cortes e aberturas, revelando espaços e incorporando apliques de juta e camadas de cor. Essas composições, em tons de vermelho, amarelo e cinza, comunicam-se como gestos de rompimento e expansão. “São aberturas que se realizam e se revelam na ação das mãos, como linhas contínuas de luz e energia. Um exercício de liberdade que se move em acontecimentos e revelações”, afirma o Antonio Manuel.
A instalação “Até que a imagem desapareça” apresenta três peças em fibra de vidro, dispostas próximas entre si, em forma orgânica que remete às vitórias-régias. Nelas, imagens sociais e políticas, cenas de violência, fome e guerra, se dissolvem lentamente, questionando a resistência e a efemeridade das imagens na contemporaneidade. O processo, que faz com que as figuras se desfaçam diante do olhar, tensiona o limite entre visibilidade e esquecimento.
Essas novas produções dialogam com o histórico de Antonio Manuel de unir rigor técnico, invenção conceitual e engajamento crítico com o contexto social e político. Desde os anos 1960, sua obra desafia fronteiras entre corpo, objeto e imagem, afirmando-se como uma investigação contínua sobre o espaço, a matéria e a liberdade.
Embora a exposição foque nas produções recentes, o artista mantém o diálogo com suas investigações anteriores, como as apresentadas no livro “Incontornáveis”, lançado pela BEĨ Editora durante a SP-Arte 2025. A publicação funciona como um elo entre fases distintas de sua trajetória, ampliando a compreensão de sua prática e reafirmando sua relevância no panorama da arte contemporânea.
Com cerca de 33 obras, incluindo 12 estruturas de metal, a mostra evidencia a força plástica e simbólica dessa nova etapa de Antonio Manuel, uma “visualização brasileira”, como define o artista, onde luz, matéria e pensamento se entrelaçam em aberturas que convidam o olhar a ultrapassar limites.
Sobre Raquel Arnaud
Fundada em 1973, a Galeria Raquel Arnaud é referência no cenário da arte contemporânea brasileira e internacional. Com foco em arte construtiva, cinética e contemporânea, a galeria destaca-se por promover artistas cuja produção explora a relação entre espaço, forma e luz. Localizada em São Paulo, tornou-se um espaço de vanguarda no cenário das artes, além de fomentar a reflexão sobre questões estéticas e conceituais. Sob a liderança visionária de Raquel Arnaud, a galeria consolidou seu papel como um dos principais pontos de encontro para colecionadores, críticos e amantes da arte. Atualmente, sob direção de Raquel Arnaud e Myra Arnaud Babenco, o espaço entra em um novo momento, estando sempre em conexão com o mercado e com a arte contemporânea.
Sobre Antonio Manuel
Antonio Manuel é um dos mais relevantes nomes vinculados à arte experimental brasileira. Sua obra, que compreende pintura, performance, instalação e filmes, entre outros suportes, tem como tema central o contexto social e político brasileiro e o sistema das artes. Dessa perspectiva, executou, desde os anos 1960, as "Urnas quentes", trabalhos com jornais e flans, "O corpo é a obra" “Fantasma” e “Ocupações/descobrimentos” , entre outros. Dentre suas principais exposições individuais estão Bienal de Veneza (2015); panorâmica no MAM Rio (2014); "I want to act, not represent", na Americas Society, em Nova York (2011); "Fatos", no Centro Cultural Banco do Brasil, em São Paulo ( 2007); mostra no Pharos Centre of Contemporary Art, em Chipre (2005); no Museu da Chácara do Céu (2002); na Fundação Serralves, em Portugal ( 2000); no Jeu de Paume, em Paris (1999); no Museu de Arte Contemporânea de Niterói, em (1998); no Centro de Arte Hélio Oiticica (1997). Tem obras em importantes coleções públicas do Brasil e do exterior, como Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Museu de Arte Moderna de São Paulo, Museu de Arte Contemporânea de Niterói, Fundação Serralves, em Portugal, MoMA, em Nova York e Tate Modern, em Londres.
Serviço
“Corte Circuito”, de Antonio Manuel
Galeria Raquel Arnaud: R. Fidalga, 125 - Vila Madalena (SP)
Abertura: 30 de outubro, das 18h às 21h
Exposição: 30 de outubro à janeiro de 2026
Funcionamento: De segunda à sexta, das 11h às 19h
Sábados, das 11h às 15h Entrada gratuita www.raquelarnaud.com