Exposição individual "Bicho solto", de Luciana Maas
Exposição

Exposição individual "Bicho solto", de Luciana Maas

Exposição

  • Nome: Exposição individual "Bicho solto", de Luciana Maas
  • Abertura: 16 de agosto 2025
  • Visitação: até 20 de setembro 2025

Local

  • Local: SARDENBERG
  • Evento Online: Não
  • Endereço: Travessa Dona Paula, 134, Higienópolis – São Paulo

Luciana Maas estreia nova individual na Sardenberg com a exposição Bicho solto



A artista Luciana Maas apresenta sua nova individual a partir de 16 de agosto na galeria Sardenberg, na Travessa Dona Paula, em São Paulo. Intitulada Bicho solto, a exposição reúne pinturas inéditas que aprofundam sua pesquisa em torno da construção e dissolução da imagem. Resultado de quase dois anos de trabalho, a mostra propõe um embate direto com a pintura como linguagem e como matéria em telas que exibem um processo contínuo de apagar, raspar, refazer, deixar aparecer. A curadoria é de Ricardo Sardenberg.


Em sua trajetória, Maas investiga a tensão entre gesto, corpo e superfície. Se antes, essa tensão era experimentada a partir de tênis e balanços, em Bicho solto ela ganha novos desdobramentos: bichos, vultos, cabos de guarda-chuva e silhuetas de figuras humanas, que emergem como sobreviventes de uma batalha pictórica. A imagem nunca se afirma completamente, mas resiste —como rastro ou fantasmagoria. Meio como encontrar figuras em nuvens, como diz a artista.


“Os bichos apareciam e eu apagava. Agora, deixei eles ficarem.” Esses seres imprecisos, —dragões, peixes-boi, beija-flores, burricos— não foram planejados, mas surgiram do processo de pintura. Elementos recorrentes do trabalho de Maas —como fios, guarda-chuvas, mãos, balanços — também se metamorfoseiam: “o guarda-chuva virou asa de dragão, virou mão, virou casco”. Nas mãos de Maas, as imagens se desfazem enquanto se formam.


Para além da figuração, o que pulsa ali é a experiência do próprio ato de pintar; um processo errático, lento, tátil. Suas obras nascem da convivência prolongada com a tela, da construção paciente de camadas, de interrupções e hesitações. “Se depender de mim, a pintura nunca está pronta”, diz.


A paleta, agora mais sóbria, marca mais um deslocamento em relação aos trabalhos anteriores. Saem sprays e tons fluorescentes, entram os azuis e rosas construídos manualmente, as transparências, as raspagens. A tinta serve tanto como cobertura quanto como revelação, em uma espécia de arqueologia do gesto.


“Na contramão da nitidez e da eficiência que regem o regime visual contemporâneo, a pintura de Luciana Maas insiste no opaco, no precário, no irresoluto”, escreve o curador Ricardo Sardenberg. A imagem, aqui, não ilustra: age. “Cada superfície é campo de tensão, onde a imagem não se afirma —sobrevive. Em vez de representar o mundo, a pintura de Maas o enfrenta: como quem tenta formar algo no escuro, entre camadas de tempo, corpo e matéria."


SOBRE A ARTISTA

Luciana Maas é artista visual há mais de 20 anos. Seu trabalho artístico tem como tema o encontro visual com o inesperado, no próprio movimento de pintar, em tentativas de capturar a metamorfose do plano pictórico nele mesmo. Cada obra demanda um longo processo para lograr seu resultado: que pareça inacabado, ainda em transformação. 


Participou de diversas exposições coletivas, entre elas No Body Yet, na Galeria Simone Subal, Nova York, EUA (2023); Obra em Processo. Olhar Impertinente, no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo - MAC USP (2004) e Diante do desconhecido: o Outro, na Galeria de Arte Solar, Rio de Janeiro (2017). Em 2022apresentou a individual Palafitas, no Projeto Vênus (atualmente, Sardenberg), em São Paulo.  Em abril de 2024, inaugurou Balanço, na Fundação Iberê Camargo, sua primeira individual em uma instituição. Bicho Solto (2025) é sua segunda individual na Sardenberg.


SOBRE SARDENBERG  E TRAVESSA DONA PAULA

Estabelecida no mercado de arte contemporânea do país, a Sardenberg —antigo Projeto Vênus— fomenta a cena artística de São Paulo por meio de colaborações e de um programa de exposição de artistas em plena atividade, muitos dos quais são representados pela galeria. 


O time atual conta com artistas que trabalham com mídias variadas como pintura, desenho, performance, escultura e instalações, como Allan Gandhi, Adriana Coppio, Adriane Gallinari, Camile Sproesser, Daniel Barreto, Darks Miranda, Felipe Barsuglia, Flora Rebollo, Fraus, Giulia Puntel, Janaina Wagner, Luciana Maas, Luiz Queiroz, Mirela Cabral, Pinky Wainer, Rafa Bqueer e Yan Copelli. 


A galeria foi fundada por Ricardo Sardenberg em 2020, às vésperas da pandemia de Covid-19. Em 2021, chegou à Travessa Dona Paula, em 2021, marcando o início da nova fase do local. Escondida entre a rua da Consolação e a avenida Angélica, na região central de São Paulo, a Travessa Dona Paula é uma antiga vila operária que Ricardo ajudou a transformar em polo de arte contemporânea ao convidar outras instituições para integrar a vizinhança. 


Hoje, a Travessa Dona Paula abriga espaços de arte como galerias comerciais, coleções particulares, espaços de artistas, editoras, residências artísticas e ateliês. Estão lá galerias como A Gentil Carioca, Zielinsky, Sardenberg, além da coleção moraes-barbosa (coleção particular), Ybytu (programa de residência artística), Ateliê397 (espaço independente de arte), Desapê (projeto dedicado a livros de artista e espaço expositivo), o selo Celeste (revista, selo de livros de arte e crítica e residência artístico-editorial) e a editora Piscina Pública Edições e o novo programa de residência artística casa onze.


SERVIÇO

Luciana Maas: Bicho solto

Abertura: 16 de agosto, sábado, das 15h às 18h

Visitação: 16 de agosto a 20 de setembro 

Terça a sexta, das 10h às 19h; sábados, das 11h às 17h


SARDENBERG

Travessa Dona Paula, 134, Higienópolis

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