

Exposição individual "Até de repente", de Maria Lídia Magliani
Exposição
- Nome: Exposição individual "Até de repente", de Maria Lídia Magliani
- Abertura: 23 de agosto 2025
- Visitação: até 27 de setembro 2025
- Galeria: Bolsa De Arte
Local
- Local: Galeria Bolsa de Arte
- Evento Online: Não
- Endereço: Rua Mourato Coelho, 790, Pinheiros – São Paulo
Galeria Bolsa de Arte apresenta individual de Magliani em São Paulo após quase quatro décadas
A exposição Até de repente reúne trabalhos de diferentes linguagens e fases de Maria Lídia Magliani, forte voz no cenário artístico gaúcho
São Paulo, SP – A partir de 23 de agosto, sábado, a Galeria Bolsa de Arte, em São Paulo, recebe a exposição Até de repente, dedicada à multiartista Maria Lídia Magliani (1946–2012), pintora, desenhista, gravadora, ilustradora, figurinista e cenógrafa gaúcha, referência no meio artístico do Rio Grande do Sul nas décadas de 1960 e 1970. O trabalho de Magliani, pontuado em gestos vigorosos da artista, traz raízes associadas ao neoexpressionismo, com constante reflexão sobre corpo, identidade e condição feminina, em diálogo com um olhar engajado e crítico.
Até de repente é a primeira exposição dedicada a Magliani na cidade de São Paulo em quase 40 anos, que não recebia uma individual da artista desde 1987. A mostra conta com texto crítico da curadora e pesquisadora Lorraine Mendes e apoio do Estúdio Dezenove (RJ), e propõe uma interlocução entre diferentes momentos da carreira de Maria Lídia Magliani, reunindo pinturas, gravuras e recortes que evidenciam a força expressiva e a urgência de sua linguagem plástica, herdeira da intensidade do expressionismo.
Apresentando cerca de 70 obras, a mostra transita por diversas linguagens em períodos distintos da trajetória da artista, em especial nas obras em óleo sobre tela dos anos 1980 e 1990, além de pinturas sobre papel e recortes de cartão dos anos 2000. Maria Lídia Magliani: Até de repente também conta com gravuras em metal e um destaque para xilogravuras.
Em Porto Alegre, Magliani se formou no Instituto de Artes, tendo sido uma das primeiras mulheres negras a se graduar pela instituição. Fez sua primeira exposição em 1966, com grande impacto no meio das artes visuais. Ao longo dos anos, tornou-se uma das artistas gaúchas de maior alcance, com sua estética neoexpressionista e forte engajamento feminista. Ela também atuou no teatro, como atriz, e como ilustradora nos jornais Folha da Manhã e Zero Hora. Chegou a morar em São Paulo, Minas Gerais e no Rio de Janeiro, onde faleceu em 2012, aos 66 anos de idade, vítima de uma parada cardíaca.
Sobre a Galeria Bolsa de Arte
Inaugurada em 1980, em Porto Alegre, a Galeria Bolsa de Arte acompanhou e impulsionou a consolidação da arte contemporânea no Sul do Brasil. Ao longo de mais de quatro décadas, realizou mais de 250 exposições em seus espaços — inicialmente na capital gaúcha e, desde 2014, também na filial de São Paulo — além de marcar presença constante em feiras de arte nacionais e internacionais.
A galeria representa nomes centrais da arte contemporânea brasileira, como Nelson Leirner, Carlos Vergara, Regina Silveira, Hugo França, Carlos Pasquetti, José Bechara e Saint Clair Cemin, destacando uma trajetória construída em torno de parcerias duradouras. Também passaram pela Bolsa de Arte importantes artistas como Wesley Duke Lee, Rubens Gerchmann, Bruno Giorgi, Antonio Dias, Tomie Ohtake, Mario Cravo Neto, Gilvan Samico, Antônio Henrique Amaral, Daniel Senise, Angelo Venosa, Karin Lambrecht e Alex Flemming, que participaram de exposições individuais e coletivas ao longo de sua história.
Sobre Maria Lídia Magliani
Maria Lídia Magliani (Pelotas-RS, 1946 – Rio de Janeiro-RJ, 2012). Formada pelo Instituto de Artes da UFRGS em 1967, com pós-graduação em pintura sob orientação de Ado Malagoli e formação pedagógica pela Faculdade de Filosofia, Maria Lídia Magliani passou a expor regularmente a partir dos anos 1970. Entre suas principais participações coletivas estão: Projeto Co-Nexus – Museum of Contemporary Hispanic Art, Nova York (EUA); Bienal Latino-Americana de Arte sobre Papel, Buenos Aires (Argentina); Panorama da Arte Brasileira Atual – MAM/SP, em 1979, 1980 e 1983; XVIII Bienal Internacional de São Paulo – Expressionismo: Heranças e Afinidades; VII Salão Nacional de Artes Plásticas – FUNARTE/RJ; V Salão Nacional de Artes Plásticas de Goiás; Arte na Rua – Projeto Zero Hora, Porto Alegre; Projeto Arte na Rua / Outdoors – MAC/USP; e Projeto Arco-Íris – FUNARTE, RS.
No campo individual, realizou exposições nas principais capitais brasileiras, com destaque para a retrospectiva no Museu de Arte do Rio Grande do Sul, em 1987. Na década de 1980, mudou-se para São Paulo e, posteriormente, para Tiradentes (MG). A partir de 1998, estabeleceu-se no Rio de Janeiro, onde integrou as atividades do Estudio Dezenove, em parceria com Julio Castro e outros artistas. Permaneceu ativa nesse espaço até 2012, ano de seu falecimento.
Em 2013, Julio Castro criou, em parceria com os herdeiros, o Núcleo Magliani, sediado no Estudio Dezenove, com o objetivo de preservar e difundir a obra da artista. Desde então, foram promovidas diversas iniciativas, como exposições, doações de trabalhos a museus e instituições públicas, mapeamento da produção, seminários e abertura do acervo a pesquisadores, assegurando a continuidade e a valorização de seu legado.
SERVIÇO
Maria Lídia Magliani: Até de repente
Texto crítico de Lorraine Mendes
De 23 de agosto a 27 de setembro de 2025
Classificação livre | Entrada gratuita | Acessível para cadeirantes
Galeria Bolsa de Arte
Rua Mourato Coelho, 790- Pinheiros, São Paulo, SP
(11) 99974-7137 | (11) 3097-9673 | saopaulo@bolsadearte.com.br |
@galeriabolsadearte
Abertura: 23 de agosto, sábado, das 11h às 15h