

Exposição individual "Amazônia Vida", de José Roberto Aguilar
Exposição
- Nome: Exposição individual "Amazônia Vida", de José Roberto Aguilar
- Abertura: 29 de março 2025
- Visitação: até 29 de maio 2025
Local
- Local: DAN Galeria Contemporânea
- Evento Online: Não
- Endereço: Rua Amauri 73, Jardim Europa
“Amazonia Vida”: DAN Contemporânea anuncia individual de José Roberto Aguilar
Mostra reúne 15 obras de grande formato que ilustram, através da pintura, a entidade amazônica e discutem a relação entre natureza e humanidade. Mostra inaugura 29 de março e integra o tradicional Circuito SP-Arte
A DAN Contemporânea apresenta Amazônia Vida, uma exposição de José Roberto Aguilar que explora as dimensões físicas e simbólicas da floresta por meio da pintura. Com um conjunto de 15 obras de grande formato, o artista retrata a Amazônia como uma entidade viva, vibrante e repleta de cor e movimento. Com curadoria de Fabio Magalhães, a mostra convida o público a refletir sobre a relação entre natureza e humanidade, os ciclos da vida, a fluidez do tempo e a transitoriedade da existência. A abertura está marcada para 29 de março e integra o tradicional Circuito SP-Arte, evento gratuito que antecede a feira e movimenta o complexo de galerias de arte e design da capital paulistana.
“Tentar categorizar a arte de Aguilar é correr atrás do vento”, descreve a jornalista Leonor Amarante. José Roberto Aguilar entrou na cena artística brasileira no início dosanos 1960, quando foi selecionado para participar com três pinturas na VII Bienal São Paulo. A partir daí integra as mais importantes manifestações artísticas do país.
Posteriormente, Aguilar participou de várias edições da Bienal de Arte de São Paulo e realizou inúmeras exposições individuais e coletivas, no Brasil e no exterior – Japão, Paris, Londres, Estados Unidos e Alemanha. Suas pinturas estão presentes no acervo de museus no Brasil e no exterior (Museu de Arte Moderna – Rio de Janeiro, Museu de Arte Contemporânea – São Paulo, Pinacoteca do Estado de São Paulo, Museu de Arte Contemporânea – Niterói, Museu de Arte Brasileira -SP, Hara Museum-Japan, Austin Museum of Art-US) e também integram importantes coleções particulares (Gilberto Chateaubriand, João Sattamini, Haron Cohen, Greg Ryan, Joaquim Esteves, Jovelino Mineiro, Miguel Chaia, Roger Wright, Ricardo Akagawa, João Carlos Ferraz entre outros). Em meados nos anos 1990 tornou-se diretor da Casa das Rosas, dinamizando aquele espaço cultural com grandes exposições sobre cultura brasileira (1996-2002) e iniciativas pioneiras com arte e tecnologia. O seu trabalho como gestor cultural fez com que fosse convidado pelo então Ministro da Cultura, Gilberto Gil, para ser o representante do Ministério da Cultura em São Paulo (2004-2007). Atualmente, Aguilar concentra em seu acervo importantes obras e documentos da história da arte e da cultura no Brasil. Compreende quadros, instalações, fotografias, documentos, livros, entre outros.
Sua obra transborda ritmo e dinamismo, como se cada pincelada acompanhasse uma melodia invisível. Sua pintura não se limita à imagem; incorpora palavras, símbolos e trechos textuais que expandem sua linguagem visual com composições evocam uma aura épica, carregada de força e intensidade.
Fabio Magalhães curador da mostra acrescenta que “Aguilar sempre pintou como um lutador. O embate entre tintas e tela e a coreografia gestual, são atores importantes na construção da sua poética visual. Isto é, o artista desenvolve um verdadeiro corpo a corpo com a tela, numa relação veloz entre pensamento e ação. Basta visitar seu ateliê para perceber que nesses embates pictóricos seus golpes de tinta extravasam, em muito, os limites da tela.”
Desde 2004, o artista se divide entre São Paulo e Alter do Chão, no Pará, onde mantém casa ateliê e uma forte relação com a Floresta Amazônica e a comunidade ribeirinha local.
"O bioma amazônico acende uma nova poética no meu trabalho, onde as forças indomáveis da floresta tropical confrontam a sensibilidade urbana. Em Alter do Chão, mergulho na vastidão do ecossistema amazônico, onde a luz de cada manhã e o matiz de cada pôr do sol revelam a vida oculta da floresta. Aqui, entre as vinhas, os pássaros e a sabedoria dos xamãs, encontro um mundo onde tudo está conectado, onde a vida e a morte dançam em um ciclo contínuo de renovação.", diz José Roberto Aguilar.
Sobre o artista
José Roberto Aguilar (São Paulo SP 1941)
Pintor, videomaker, performer, escultor, escritor, músico e curador.
A partir dos anos 1950, José Roberto Aguilar realiza obras que possuem um caráter mágico-expressionista, em diálogo com a abstração, caracterizadas pela espontaneidade na pintura, obtida pela aplicação rápida da tinta. Autodidata, integra o movimento performático-literário Kaos, em 1956, com Jorge Mautner (1941) e José Agripino de Paula. Em 1963, expõe pinturas na 7a Bienal Internacional de São Paulo. Considerado um dos pioneiros da nova figuração no Brasil, participa da mostra Opinião 65, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM/RJ, em 1965. Na Série Futebol 1 (1966), emprega manchas de cor e tintas escorridas, em cores contrastantes, causando grande impacto pelo caráter fantástico das figuras disformes. Por volta de 1963, sua obra passa a revelar preocupações político-sociais. O artista realiza experiências com pinturas a spray e pistola sobre grandes superfícies de tela. Por meio dessas técnicas, obtém efeitos originais, captando a atmosfera dos luminosos em néon, típica das metrópoles atuais.
Nessa época, passa a pintar com spray e pistola de ar comprimido. Vive em Londres, entre 1969 e 1972, e em Nova York, entre 1974 e 1975, época em que inicia suas experimentações com vídeo. Volta a morar em São Paulo em 1976. No ano seguinte, participa da 14a Bienal Internacional de São Paulo com a instalação Circo Antropofágico Ambulante Cósmico e Latino-Americano Apresenta Esta Noite: A Transformação Permanente do Tabu em Totem, em que expõe 12 monitores de TV no palco do Teatro Ruth Escobar. Em 1981, além da Banda Performática, lança o livro A Divina Comédia Brasileira. Em 1989, realiza a performance Tomada da Bastilha, com a participação de 300 artistas, assistida por cerca de 10 mil pessoas em São Paulo. Nos anos 1990, faz pinturas em telas gigantes e esculturas em vidro e cerâmica.
Em 2002, na exposição Rio de Poemas, Aguilar realiza uma série de telas inspiradas em textos literários, como o conto A Terceira Margem do Rio, de Guimarães Rosa (1908 - 1967). A atração pela literatura e pela mitologia são constantes na produção do artista. Ele apropria-se da escrita e dos signos gráficos, tornando-os elementos integrantes de suas telas. Em suas pinturas, apresenta uma dinâmica multidirecional e revela a articulação de emoções. Nas telas da série Rio de Poemas, o artista diminiu a gestualidade, produzindo pinturas quase diáfanas.
Sobre a galeria
A Dan Contemporânea surgiu como um departamento de Arte Contemporânea da Dan Galeria. Em 1985, Flávio Cohn, filho do casal fundador, juntou-se à Dan criando o Departamento de Arte Contemporânea, que ele dirige desde então. Assim, foi abertoespaço para muitos artistas contemporâneos tanto brasileiros, como internacionais, fortemente representativos de suas respectivas escolas. Posteriormente, Ulisses Cohn também se associa à galeria completando o quadro de direção dela.
Nos últimos vinte anos, a galeria exibiu: Macaparana, Sérgio Fingermann, Amélia Toledo, Ascânio MMM, Laura Miranda e artistas internacionais: Sol Lewitt, Antoni Tapies, Jesus Soto, César Paternosto, José Manuel Ballester, Adolfo Estrada, Juan Asensio, Knopp Ferro e Ian Davenport. Mestres de concreto internacionais também fizeram parte da história da Dan, tais como: Max Bill, Joseph Albers e os britânicos Norman Dilworth, Anthony Hill, Kenneth Martin e Mary Martin.
A Dan Galeria incluiu mais recentemente em sua seleção, importantes artistas concretos: Francisco Sobrino e François Morellet. O fotógrafo brasileiro Cristiano Mascaro; os artistas José Spaniol, Teodoro Dias, Denise Milan e Gabriel Villas Boas (Brasil); os internacionais, Bob Nugent (EUA), Pascal Dombis (França), Tony Cragg (G. Bretanha), Lab [AU] (Bélgica) e Jong Oh (Coréia), se juntaram ao departamento de Arte Contemporânea da galeria. A Dan Galeria sempre teve por propósito destacar artistas e movimentos brasileiros desde o início da década de 1920 até hoje. Ao mesmo tempo, mantém uma relação próxima com artistas internacionais, uma vez que os movimentos artísticos historicamente se entrelaçam e dialogam entre si sem fronteiras.
Serviço
DAN Galeria Contemporânea
Amazônia Vida - José Roberto Aguilar
Curadoria: Fabio Magalhães
Abertura: dia 29 de março das 10h às 16h
Período expositivo: de 29 de março a 29 de maio de 2025
Local: DAN Galeria Contemporânea – Rua Amauri 73, Jardim Europa, SP Horário: das 10h às 19h, de segunda a sexta; das 10h às 13h, aos sábados. Entrada gratuita
Classificação indicativa: livre
Acesso para pessoas com mobilidade reduzida
E-mail: info@dangaleria.com.br