Exposição individual "A Nova Complexidade do Mundo", de Thomas Schönauer
Exposição

Exposição individual "A Nova Complexidade do Mundo", de Thomas Schönauer

Exposição

  • Nome: Exposição individual "A Nova Complexidade do Mundo", de Thomas Schönauer
  • Abertura: 27 de setembro 2025
  • Visitação: até 19 de dezembro 2025

Local

  • Local: DAN Galeria Contemporânea
  • Evento Online: Não
  • Endereço: Rua Amauri, 73 – São Paulo

A NOVA COMPLEXIDADE DO MUNDO


THOMAS SCHÖNAUER



Na oficina de Thomas Schönauer em Dusserdorf há intensa energia criativa. O artista molda chapas de aço, que chegam a pesar toneladas para transformá-las em expressão escultórica e fazê-las flutuar como plumas no espaço – Ou seja, não é tarefa fácil! Além de força criativa é necessário planejamento estrutural e pleno domínio técnico. Thomas é um construtor incansável de formas, capaz de fazer o aço cantar em equilíbrio e diálogo com a natureza.


O trabalho com chapas de aço

Os módulos que compõem suas esculturas atuais são sempre de uma mesma família formal e operam no mesmo diapasão. As superfícies modulares se sucedem e se relacionam entre si de modo encadeado para formar conjuntos abobadados, harmônicos e coreográficos. A dinâmica visual de suas esculturas é construída pelas articulações sequenciais e pelos inúmeros desdobramentos formais dos módulos no espaço.


O artista domina com extraordinária sensibilidade as expressões de luz e da sombra. Vale dizer que a escultura se revela como uma arquitetura de formas que impulsiona expressões de luz e movimento no espaço. Thomas Schönauer desenvolve na sua poética espacial questões de tempo, situações diacrônicas, espécie de anatomia do movimento que se dá nas decorrências formais e, sincrônicas de conjuntos convergentes que se atraem e interagem entre si.


Os módulos se conectam e se expressam nas suas diversas angulações, ou seja, não se apresentam isoladamente apesar de possuírem, do ponto de vista formal, protagonismo próprio. Cada unidade se manifesta de modo articulado com as demais, como notas musicais que constroem melodias. O artista estabelece inúmeros vínculos entre os módulos e provoca múltiplas sensações de mobilidade.


Nos últimos anos, Thomas Schönauer trabalha, sobretudo, com superfícies abobadadas e angulosas à procura de expressão de luz e movimento. Thomas é um mestre na construção de sinfonias tonais de luz e de sombra. Suas obras desenvolvem variações controladas de projeção e captação de luz, explora diferentes luminosidades através de reflexos, espelhamentos e obtém múltiplas intensidades de projeção ou de absorção de luz nas superfícies de aço.

As formas abobadadas e as inclinações dos módulos provocam uma sequência de tons contínuos, de variações luminosas sutis que atenuam contrastes entre zonas de luz e de sombra. Thomas trabalha, também, com superfícies opacas nas esculturas realizadas com chapas de aço corten. Nestas, a luz é absorvida, sem espelhamentos, pela camada de óxido de cor avermelhada (chamada de pátina anticorrosiva) que se forma na superfície. Espécie de pele escultórica, que torna as formas mais compactas, vigorosas e dramáticas.


Esculturas de vidro

Recentemente Thomas nos surpreendeu com esculturas realizadas em vidro. Alguns anos atrás o artista ficou encantado ao contemplar algumas peças de vidro, criadas na antiguidade romana e pertencentes ao acervo do Museu Römisch Germanisches de Colônia, próximo a Dusseldorf, sua cidade natal. Segundo ele, os objetos eram dotados de uma força incrível. Impressionado com o que viu, resolveu pesquisar e incluir o vidro como elemento expressivo de sua plástica.


Para dominar essa técnica de origem milenar Thomas saiu a procura de um mestre capaz de engajar-se a seu projeto e, depois de 4 anos, encontrou em Viena o mestre soprador Robert Comploj, especialista no antigo ofício do vidro soprado veneziano e mundialmente reconhecido pela sua maestria.


O fato de Robert Comploj transitar nos campos da arte e do design facilitou o diálogo entre ambos. Segundo Thomas, “ele logo entendeu a força da minha ideia e decidiu executar meus projetos, Robert sabe que o artesanato de soprador de vidro está morrendo e abraçou com entusiasmo a oportunidade de adentrar no mundo artístico.”


Schönauer enviou várias maquetes para a oficina de Comploj e realizou viagens constantes a Viena com a intensão de encontrar caminhos que propiciassem a execução em vidro de seus projetos escultóricos. Inicialmente encontraram problemas para ligar os volumes na montagem dos conjuntos, mas as dificuldades e os obstáculos que surgiram foram rapidamente resolvidos e superados.


Optaram por soprar os volumes dentro de fôrmas de madeira e depois espelhá-los por dentro através de um processo químico sofisticado para que atendesse as intenções cromáticas de Thomas, dentre as 82 cores do vidro (areia) possíveis que suportam o processo de espelhamento por dentro. Apesar do extraordinário resultado de suas obras em vidro e do pleno domínio cromático já alcançado, o artista segue pesquisando e almeja expandir horizontes: “estamos ainda no início de nossa parceria e tenho certeza de que iremos percorrer novos caminhos para inovar ainda mais a expressão escultórica em vidro.”


A pintura

Apesar de atualmente priorizar a atividade de escultor, Thomas segue ativo como pintor e produz pinturas circulares de dois metros de diâmetro, de expressão vigorosa, gestual e de cromatismo intenso.


Schönauer trabalha despejando tinta industrial sobre uma placa de metal em pleno movimento de rotação, e desse modo controla, através de gestos rápidos, a dosagem de cor. As formas surgem no movimento e definem campos cromáticos. O gesto de lançar a tinta e a velocidade de rotação da placa determinam os percursos de cor e suas fusões. Assim sendo, sua pintura é resultado de uma vigorosa tensão entre o aleatório e o pretendido.


A pintura de Thomas Schönauer se apresenta como contraponto à sua expressão escultórica, melhor dizendo, como pulsão antagônica – nota-se na sua pintura o predomínio de uma força incontida, de enfrentamentos formais e cromáticos, já na sua escultura há predomínio da harmonia, das suaves alterações de luz e movimento.


Nas esculturas contrastes são atenuados através de um jogo articulado de formas, contudo, na pintura os contrastes e as rupturas cromáticas representam o cerne de sua linguagem.


Sempre atento aos temas da contemporaneidade a escultura de Thomas Schönauer, intitulada, “A Nova Complexidade do Mundo” reúne vigor e beleza. O artista cria uma grande massa compacta de aço (2x2metros) e tensiona forças antagônicas de estabilidade e de instabilidade, articula formas de expansão e de contensão, num jogo de vida e morte entre a harmonia e conflito.


Thomas Schönauer é um escultor que se destaca no cenário artístico alemão. Vive atualmente em Dusseldorf, sua cidade natal, importante centro artístico e cultural europeu. Suas obras se encontram em espaços públicos de diversas cidades da Alemanha. Também, como pintor, apresenta uma linguagem de intenso cromatismo, de técnica gestual e renovadora, A obra de Thomas tem sido prestigiada pela crítica internacional, pelas instituições culturais e pelo mercado.


Apesar de viver na Alemanha, o artista tem sólidos vínculos com o Brasil. Participou da delegação alemã na Eco-92, também conhecida como Rio-92 Cúpula da Terra que reuniu 180 chefes de Estado e de governo no Rio de Janeiro para a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento. No Rio conheceu Teresinha, sua mulher, e viveu por um longo período em Minas Gerais, nesses anos produziu esculturas de madeira policromadas, com grande repercussão no ambiente artístico brasileiro e sul-americano.


Fabio Magalhães


Serviço

27/09/2025 - 19/12/2025


DAN Galeria Contemporânea

Rua Amauri, 73


01448-000 São Paulo/ SP, Brasil

Tel: +55 11 3063-0315

e-mail: info@dangaleria.com.br


Qual a forma que gostaria de assinar
nosso conteúdo?

Artsoul Comunicação Digital LTDA | CNPJ: 29.752.781/0001-52

Escritório: Rua Quatá, 845 - Sala 2, Vila Olímpia, São Paulo, SP, 04546-044