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Exposição "Hélio Melo "
Exposição

Exposição "Hélio Melo "

Exposição

  • Nome: Exposição "Hélio Melo "
  • Abertura: 24 de março 2023
  • Visitação: até 20 de maio 2023

Local

  • Local: Almeida & Dale Galeria de Arte
  • Evento Online: Não
  • Endereço: Rua Caconde, 152 - Jd. Paulista

Almeida & Dale Galeria de Arte abre mostra de Hélio Melo dia 23 de março 

 

Entre pinturas e desenhos, a obra do artista denuncia ao mesmo tempo que propõe alianças e consegue retratar a floresta em sua completude, da destruição à beleza 

 

"A trajetória de vida e o tema de sua produção fazem de Hélio Melo um artista único no panorama brasileiro do século 20", é o que diz o curador Jacopo Crivelli Visconti em trecho do texto de parede que estará na exposição Hélio Melo, que a Almeida & Dale Galeria de Arte abre dia 24 de março.  

 

As características que o diferenciam de outros artistas vão da sua obra não ser autobiográfica, mesmo que com uma precisão para trazer suas próprias experiências; o trabalho que transcende a denúncia explicita e cria imagens e alegorias para sintetizar a violenta transformação social e da paisagem; a denúncia e defesa estarem intrínsecas em seus desenhos e pinturas aparentemente despretensiosos; e uma forma de expressão que "consegue ser um retrato da violência, da beleza, da destruição e da imensidão sublime da floresta, de sua existência silenciosa, profunda, insubstituível", diz Jacopo. 

 

Nascido e criado num seringal, Hélio Melo (1926-2001) foi seringueiro, catraieiro, barbeiro, vigia, escritor, poeta, músico e artista. A partir do final dos anos 1970, depois de ter se mudado para Rio Branco e ter passado a pintar a floresta de memória, participou das primeiras exposições da região, chamando a atenção de importantes artistas e críticos, como Sergio Camargo e Frederico Morais, que se tornaram grandes admiradores de seu trabalho.  

 

"Na grande maioria de suas obras, a cena é estruturada de maneira bastante convencional, com um primeiro plano rente ao chão, formado por plantas baixas ou grama alta, elementos verticais (basicamente árvores) que fecham a cena dos dois lados e, no espaço delimitado por esses eixos, os personagens. Trata-se de uma construção teatral ou cinematográfica do espaço que sugere, portanto, uma encenação e uma mise en scéne, não uma reprodução plana, direta e ingênua da realidade", diz Jacopo. 

 

A exposição traz a floresta retratada por Melo e segue atual mesmo depois de pouco mais de 20 anos de sua morte, ancestral, mítica e fabulosa. "Um organismo que alimenta e é alimentado, que somatiza as violências e a destruição, que chora junto com os animais, que se emociona, sofre e, à sua maneira, fala (...) Direta ou indiretamente, vários desenhos e pinturas de Melo sugerem que é a partir da floresta que as coisas se organizam e se estruturam, e explicitam a equivalência entre os personagens que aparecem em cena", escreve Jacopo para o livro que está sendo preparado sobre o artista.  

 

De alguns anos para cá, a obra de Hélio Melo tem sido colocada em diálogo com a de outros artistas. Também em contribuição para o livro, Lisette Lagnado analisa as razões por ter incluído Melo na 27ª Bienal de São Paulo, por ela curada em 2006, e aponta sutilmente para a necessidade de se traçar outras genealogias e identificar outros parentescos, na arte contemporânea, para a sua obra e a sua poética. Lagnado sublinha, por exemplo, afinidades com a obra de Hélio Oiticica, cuja intimidade com as franjas marginalizadas da sociedade brasileira justifica plenamente a aproximação com a empática representação da tragédia dos ciclos da borracha feita por Melo.  

 

Serviço

Hélio Melo 

Curadoria: Jacopo Crivelli Visconti 

 Abertura para convidados:  

Dia 23 de março 

Visitação: de 24/03 a 20/05 

2ª a 6ª feira, das 10h às 18h. Sábado, das 11h às 16h 

 

Lançamento do livro: Dia 15 de abril 

 

Almeida & Dale Galeria de Arte 

Rua Caconde, 152 - Jd. Paulista | Tel: 11 3882-7120 

 

Sobre a Almeida & Dale Galeria de Arte  


Fundada em 1998, a Almeida & Dale Galeria de Arte tornou-se, em mais de duas décadas de existência, uma das mais relevantes no Brasil, inserindo o trabalho e o legado de artistas brasileiros em importantes acervos, coleções e arquivos nacionais e internacionais. Entre eles: Willys de Castro, Di Cavalcanti, Flávio de Carvalho, Mestre Didi, Alberto da Veiga Guignard, Alfredo Volpi, Jandira Waters e Roberto Burle Marx. Nos últimos anos, com Antônio Almeida e Carlos Dale como diretores, a programação da galeria revisitou o trabalho de diversos expoentes de nossa arte, promovendo exposições retrospectivas, elaboradas por curadores convidados e produzidas com rigor museológico. Publicações amplamente reconhecidas pelo ineditismo e notoriedade dos ensaios acadêmicos e resgate de textos históricos acompanham as exposições. Recentemente, a Almeida & Dale realizou mostras individuais de artistas fundamentais no panorama histórico e crítico da arte brasileira, como Agnaldo Manuel dos Santos, Miriam Inez da Silva, Luiz Sacilotto e Sidney Amaral, contando com empréstimos de colecionadores e instituições, e estimulando o interesse da crítica no Brasil e no exterior. Junto com a promoção constante de exposições e publicações, a Almeida & Dale apoia projetos de preservação de obras de artistas brasileiros. Exemplo disso, está a representação do espólio de Luiz Sacilotto, destacado artista do movimento da arte concreta brasileira. 




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