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Exposição "Gianguido Bonfanti: massas de energia no espaço"
Exposição

Exposição "Gianguido Bonfanti: massas de energia no espaço"

Exposição

  • Nome: Exposição "Gianguido Bonfanti: massas de energia no espaço"
  • Abertura: 05 de outubro 2023
  • Visitação: até 07 de janeiro 2024

Local

  • Local: Cavalariças e Capelinha
  • Evento Online: Não
  • Endereço: Escola de Artes Visuais do Parque Lage Endereço: Rua Jardim Botânico, 414 Rio de Janeiro

Gianguido Bonfanti: massas de energia no espaço


Cerca de 70 obras inéditas do mais longevo professor da Escola de Artes Visuais ocuparão as Cavalariças do Parque Lage, a partir do dia 5 de outubro

Exposição celebra os 55 anos de carreira do artista



A Escola de Artes Visuais do Parque Lage anuncia a exposição Gianguido Bonfanti: massas de energia no espaço, que celebra os 55 anos de carreira do mais longevo professor da instituição. A ser inaugurada no dia 5 de outubro de 2023, às 19h, nas Cavalariças e na Capelinha, a mostra apresenta a produção recente do artista sob a curadoria de Daniele Machado e Alberto Saraiva, diretor da EAV. São cerca de 70 trabalhos inéditos – entre desenhos, pinturas e uma grande instalação com cerâmicas – criados a partir de uma paleta seleta de cores.


Alberto Saraiva, que foi aluno de Bonfanti há cerca de 40 anos, acompanha o trabalho do mestre desde então: “Gianguido opera dentro de uma tradição expressionista que abarca pintores como Lasar Segall e Iberê Camargo. Contudo, ele fez passagens do desenho para a pintura e da pintura para o espaço físico, através das cerâmicas que são seus ‘planos de energia no espaço’. É necessário prestar atenção nestas passagens que nos mobilizaram a selecionar as obras apresentadas na nova exposição”, comenta o diretor.


O artista revela que, nos últimos anos, investiu na redução do número de informações na pintura e no desenho, concentrando a potência em poucos elementos e gerando uma nova economia estética em seu trabalho: “Alcançar essa simplicidade não é fácil. Chegar a uma síntese, sem perder densidade, exige um caminho longo”, afirma Gianguido. 


Ele conta que, em julho deste ano, Saraiva sugeriu que criasse uma série de cerâmicas para dialogar com suas pinturas e desenhos: “Foi a partir dessa provocação do Alberto que passei a pensar em soluções para uma produção inédita com argila. Desta experimentação, surgiram peças que passam por um processo de cozimento a 1.240ºC. Há sempre uma placa de cerâmica que funciona como base para uma gama de formas avulsas que podem ser apresentadas em diversas composições”.


Para Daniele Machado, a linha compõe com o sujeito um duo perene na obra de Bonfanti: “O duo sujeito-linha é o tema que une as obras que existem de forma independente, sem hierarquia de valor entre as técnicas. A novidade é que são estes dois elementos o único conteúdo das obras, resultado de uma retirada progressiva de todos os outros concorrentes formais e temáticos realizada nas últimas décadas. Saíram todas as outras figuras, os corpos inteiros, os cenários, os tempos, as narrativas, as cores, as formas e os planos. Em Massas de energia no espaço, as obras se dividem entre a figuração e a abstração”, analisa. 


De acordo com a curadora, na obra de Gianguido o rosto lírico é tudo que restou do sujeito: “Ele escapa entre as linhas sem perder a carga dramática, quando é a abstração que está em evidência. Na ambiguidade plástica da nova poética de Bonfanti há ainda um movimento intenso, cujo ritmo concilia a tradição expressiva com leveza e ludicidade”.


Sobre Gianguido Bonfanti


Gianguido Bonfanti nasceu em 1948, em São Paulo. É o primeiro membro da família a nascer fora da Itália, tendo mantido laços estreitos com a cultura daquele país. Foi discípulo de Poty Lazzarotto de 1962 a 1966, companheiro de seu pai, o pintor italiano Gianfranco Bonfanti, na Escola de Belas Artes do Rio de Janeiro, nos anos 1940.


Frequentou a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFRJ (1968 a 1971), período dos anos de chumbo do regime militar. No final de 1971, tomou uma decisão radical: transferiu-se para Roma e entrou para a Academia de Belas Artes. Segue as aulas até 1973, quando retorna ao Brasil. Frequentou o curso de gravura em metal administrado por Marília Rodrigues na Escolinha de Arte do Brasil de 1974 a 1977. Em 1978, iniciou sua atividade docente na EAV Parque Lage, onde dá aulas até hoje.


Lecionou também na PUC Rio, na Faculdade da Cidade e na Casa de Cultura Laura Alvim. Entre muitas exposições individuais das quais participou destacam-se: Museu de Arte Contemporânea do Paraná, 1974; Galeria GB Arte, Rio de Janeiro, 1981; Petite Galerie, Rio de Janeiro, 1985; Thomas Cohn, Rio de Janeiro, 1988; Paulo Figueiredo, São Paulo, 1991; MAM-Rio de Janeiro, 1996; Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro, 2000 e 2002; Museu Metropolitano de Curitiba, Paraná, 2004; Galerie le Troisième Oeil, Paris, França, 2005; Galerie le Troisième Oeil, Bordeaux, França, 2006; Paço Imperial, Rio de Janeiro, 2009; Gustavo Rebello Arte, Rio de Janeiro, 2010; Paço Imperial, Rio de Janeiro, 2017; Galeria Wozen, Lisboa, Portugal, 2017; Galerie le Troisième Oeil, Paris, França, 2017.


Sobre a EAV Parque Lage


A Escola de Artes Visuais foi criada em 1975, pelo artista Rubens Gerchman, para substituir o Instituto de Belas Artes (IBA). Seu surgimento acontece em plena Guerra Fria na América Latina, durante o período de forte censura e repressão militar no Brasil. A EAV afirma-se historicamente por seu caráter de vanguarda, como marco da não conformidade às fronteiras e categorias, e propõe regularmente perguntas à sociedade por meio da valorização do pensamento artístico.


Alguns exemplos marcantes da história do Parque Lage são a utilização do palacete como sede do governo da cidade de Alecrim em Terra em Transe, dirigido por Glauber Rocha em 1967; e a exposição “Como Vai Você, Geração 80?”, que reuniu 123 jovens artistas de diferentes tendências numa mostra que celebrava a liberdade e o fim do regime militar. O palacete em estilo eclético foi também palco de “Sonhos de uma noite de verão”, clássico shakespeariano, e serviu como locação para Macunaíma, de Joaquim Pedro de Andrade.


A Escola de Artes Visuais do Parque Lage está voltada prioritariamente para o campo das artes visuais contemporâneas, com ênfase em seus aspectos interdisciplinares e transversais. Abrange também outros campos de expressão artística (música, dança, cinema, teatro), assim como a literária, vistos em suas relações com a visualidade. As atividades da EAV contemplam tanto as práticas artísticas como seus fundamentos conceituais.


A EAV Parque Lage configura-se como centro educacional aberto de formação de artistas e profissionais do campo da arte contemporânea. Como referência nacional, com uma consistente imagem no meio da arte, a EAV busca criar mecanismos internos e linhas de atuação externa que permitam um diálogo produtivo com a cidade e com o circuito de arte nacional e internacional. A instituição integra a Secretaria de Cultura e Economia Criativa do estado do Rio de Janeiro.


Serviço:

GIANGUIDO BONFANTI: MASSAS DE ENERGIA NO ESPAÇO

Curadoria: Daniele Machado e Alberto Saraiva

Inauguração: 05 de outubro de 2023, às 19h

Temporada pública: de 06 de outubro a 07 de janeiro de 2024


Local: Cavalariças e Capelinha | Escola de Artes Visuais do Parque Lage

Endereço: Rua Jardim Botânico, 414

Rio de Janeiro | RJ

Tel: (21) 2216-8505

Visitação: de quinta a terça, das 10h às 17h (a exposição não abre às quartas)

Gratuito | Aberto ao público | Classificação livre


Website: http://eavparquelage.rj.gov.br/ 

Instagram: @parquelage



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